Destino Marcado
img img Destino Marcado img Capítulo 5 Reconstruindo Sua Vida
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Capítulo 6 Um Recomeço Solitário img
Capítulo 7 Forjando Seu Próprio Destino img
Capítulo 8 Ameaças Rondando img
Capítulo 9 Confrontos Iminentes img
Capítulo 10 Chance de Recomeço img
Capítulo 11 Decisões e Incertezas img
Capítulo 12 Desafio Inevitável img
Capítulo 13 Rastros do Passado img
Capítulo 14 Encontros Inesperados img
Capítulo 15 Pistas e Revelações img
Capítulo 16 Sonhos, Conexões e Promessas img
Capítulo 17 Brincadeira do Acaso img
Capítulo 18 Reflexões e Decisões img
Capítulo 19 Um Novo Começo img
Capítulo 20 Consequências e Oportunidades img
Capítulo 21 Um Plano Arriscado img
Capítulo 22 Uma Fachada de Mentira img
Capítulo 23 O Fardo do Legado img
Capítulo 24 A Rainha do Império img
Capítulo 25 O Jogo de Xadrez dos Stavros img
Capítulo 26 Momentos de Angústia e Esperança img
Capítulo 27 O Véu se Rompe img
Capítulo 28 Verdades Reveladas e Corações Partidos img
Capítulo 29 Uma Teia de Segredos e Lealdades img
Capítulo 30 Esperança e Incerteza no Hospital img
Capítulo 31 Reencontro Silencioso img
Capítulo 32 Renascimento e Resoluções img
Capítulo 33 Um Lar Grego para Recomeçar img
Capítulo 34 Desejos Contidos, Laços Fortalecidos img
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Capítulo 5 Reconstruindo Sua Vida

Enquanto isso, do outro lado da cidade, Cornellius Stavros continuava sua busca incansável por Asha. Ele não descansaria até encontrar e explicar tudo. Ela tinha que entender que suas intenções eram sinceras, que ele a queria de verdade, não apenas como uma peça em um jogo de poder.

Seus homens vasculhavam a cidade, rastreando cada pista, cada registro, na esperança de encontrar um sinal dela. Cornellius sabia que o tempo corria contra ele - afinal, ele tinha apenas seis meses para apresentar uma noiva ao conselho da família.

Mas Asha era a única mulher que ele queria. Não importava o que tivesse que fazer, ele a encontraria e a convenceria a ficar ao seu lado. Afinal, ela era seu destino, e ele não a deixaria escapar novamente.

No dia seguinte, Asha acordou no confortável sofá de Nadia, ainda vestindo o moletom folgado da amiga. Ela piscou os olhos, desorientada por um momento, até que as lembranças da noite anterior a atingiram como um trem desgovernado.

Thackery a abandona no altar. Ravenna rindo de sua humilhação. E então... Cornellius Stavros, com sua presença imponente e olhar cativante.

Asha estremeceu, lembrando-se da noite passada juntos. A maneira como ele a havia tocado, como seu corpo respondeu a cada carícia... Ela corou, sentindo-se culpada por fugir daquela forma.

Nadia entrou na sala, trazendo uma bandeja com um delicioso café da manhã. Seu rosto se iluminou ao ver a amiga acordada.

"Bom dia, dorminhoca!" Nadia sorriu, depositando a bandeja na mesinha de centro. "Como você está se sentindo?"

Asha sentou-se, esfregando os olhos. "Melhor, acho. Ainda um pouco atordoada com tudo o que aconteceu."

Nadia se sentou ao seu lado, apertando sua mão suavemente. "Eu imagino. Mas você está aqui agora, e não vai enfrentar isso sozinha."

Asha retribuiu o aperto, sentindo-se imensamente grata pela presença da amiga. "Nadia, eu... preciso ir até minha casa. Preciso pegar algumas coisas."

A expressão de Nadia ficou preocupada. "Você tem certeza, Asha? Não acha melhor esperar um pouco mais?"

"Eu sei, Nads. Mas não posso ficar aqui para sempre. E... preciso encarar a minha família." Asha suspirou, mordendo o lábio inferior.

Nadia assentiu, entendendo a necessidade da amiga. "Tudo bem, então. Vou com você. Não vou te deixar enfrentar isso sozinha."

Asha sorriu, sentindo-se mais forte com o apoio de Nadia. As duas amigas terminaram o café da manhã em silêncio, cada uma perdida em seus próprios pensamentos.

Asha respirou fundo antes de tocar a campainha da mansão Laurent. Ao seu lado, Nadia apertava sua mão em apoio silencioso. Ela sabia que encarar sua família adotiva não seria fácil, mas precisava buscar algumas de suas coisas pessoais.

Quando a porta se abriu, não foi Charles, o mordomo, quem os recebeu, mas sim a figura imponente de Madame Laurent, a madrasta de Asha.

"Ora, ora, se não é a noiva abandonada." A mulher os encarou com desdém, seus olhos estreitos. "E você trouxe sua amiguinha também, que surpresa."

Asha sentiu a tensão se acumular em seus ombros, mas se recusou a recuar. "Boa tarde, Madame Laurent. Vim buscar algumas de minhas coisas."

A mulher soltou uma risada aguda. "Suas coisas? Você não tem nada aqui que seja seu, menina. Tudo o que você tinha era um vestido de noiva que nem chegou a usar."

Nadia apertou o braço de Asha, sentindo a raiva da amiga começar a borbulhar. "Madame Laurent, por favor, não faça isso mais difícil do que já é. Asha só quer algumas de seus pertences pessoais e então irá embora."

Mas a madrasta de Asha não parecia disposta a ceder. "Pertences pessoais? Ela não tem nada aqui que lhe pertença de verdade. Essa menina foi adotada por caridade, e agora acha que pode voltar e reivindicar o que não é seu?"

Asha sentiu as lágrimas de raiva ameaçarem escorrer por seu rosto, mas se recusou a mostrar fraqueza. "Sou uma Laurent, Madame. Essa família me adotou e me criou. Tenho tanto direito quanto qualquer um a estar aqui."

Antes que a madrasta pudesse responder, uma voz aguda ecoou do topo da escada.

"Ora, ora, se não é a intrusa em pessoa." Ravenna desceu os degraus, um sorriso venenoso em seus lábios vermelhos. "Veio buscar suas coisas, querida?"

Asha cerrou os punhos, sentindo a raiva ferver em seu peito. "Sim, Ravenna. Vim buscar algumas de minhas roupas e pertences pessoais."

Ravenna soltou uma risada debochada. "Pertences pessoais? Você não tem nada aqui que seja seu. Tudo o que você tinha era aquele vestido de noiva ridículo, e até mesmo ele não chegou a ser usado."

Nadia segurou o braço de Asha, sentindo-a tremer de raiva contida. "Ravenna, por favor, não faça isso pior do que já está. Asha só quer algumas coisas e então irá embora."

Mas Ravenna parecia determinada a tornar a situação ainda mais difícil. "Embora? Mas é claro que não. Essa casa é minha agora, e eu não vou permitir que essa intrusa volte a pisar aqui."

Asha sentiu seu coração disparar, a humilhação e a dor ameaçando consumi-la. "Sua casa? Essa casa também é minha, Ravenna. Fui adotada por esta família e nada do que você diga vai mudar isso."

Madame Laurent se aproximou, seu rosto contorcido em uma careta de desprezo. "Adotada, sim. Mas você nunca pertenceu a essa família, menina. Você é apenas uma bastarda que nosso falecido marido recolheu por pena."

As palavras da madrasta foram como facas, atingindo Asha em cheio. Ela sentiu as lágrimas escorrerem por seu rosto, a dor e a humilhação a consumindo.

Nadia a puxou para um abraço apertado, lançando um olhar furioso para as duas mulheres. "Chega! Vocês não têm o direito de tratar Asha assim. Ela é uma Laurent tanto quanto vocês, e merece ser respeitada."

Mas Ravenna apenas soltou outra risada debochada. "Respeitada? Ela não passa de uma intrusa, Nadia. E agora que o noivo a abandonou, ela não tem mais nada aqui."

Asha se afastou do abraço de Nadia, enxugando as lágrimas com raiva. "Talvez eu não tenha nascido uma Laurent, mas me tornei uma. E nada do que vocês digam vai mudar isso."

Madame Laurent a encarou com desdém. "Então prove, menina. Mostre-nos que você merece esse nome. Até lá, não ouse voltar a essa casa."

Asha sentiu seu coração se partir, a humilhação a consumindo. Sem dizer mais nada, ela se virou e saiu da mansão, Nadia a seguindo de perto.

Quando chegaram ao apartamento de Nadia, Asha desabou em lágrimas, toda a dor e a frustração finalmente transbordaram. Sua amiga a abraçou, sussurrando palavras de conforto, mas Asha mal as ouvia.

Tudo o que ela conquistara parecia ter sido arrancado de suas mãos. Sua família adotiva a rejeitara, deixando-a sem nada. E agora, como iria sobreviver?

Foi então que seus olhos caíram sobre o anel de noivado que ainda usava. Uma ideia começou a se formar em sua mente, uma solução desesperada para sua situação.

"Eles não me deixaram pegar nada," Asha murmurou, a voz embargada pelas lágrimas. "Disseram que eu não tenho nada aqui que me pertença."

Nadia apertou sua mão, o rosto carregado de preocupação. "Aqueles monstros! Como ousam tratar você assim?"

Asha enxugou as lágrimas com as costas da mão, determinada a não se deixar abater. "Não importa, Nads. Preciso encontrar uma maneira de me sustentar agora."

Ela se afastou, os olhos brilhando com determinação. "Vou vender minhas joias. O vestido de noiva também, já que não servirá para nada mais."

Nadia a encarou, surpresa. "Asha, você tem certeza disso? Essas joias eram de sua família..."

Asha assentiu, a expressão séria. "Eu sei, Nads. Mas agora elas são a única coisa de valor que eu tenho. Preciso desse dinheiro para poder recomeçar."

As duas amigas se dirigiram à lavanderia onde o vestido de noiva de Asha estava sendo limpo e preservado. A proprietária, uma senhora simpática, ficou perplexa ao ouvir a história.

"Meu Deus, querida, que situação terrível!" Ela sacudiu a cabeça, seus olhos cheios de compaixão. "Não se preocupe, vou providenciar tudo para que você possa retirar o vestido o mais rápido possível."

Asha agradeceu, sentindo-se grata pela gentileza da mulher. Enquanto aguardavam, ela retirou o anel de noivado e a pulseira de safiras que pertenceram à sua mãe adotiva.

"Quanto você acha que pode me dar por essas joias?" Ela perguntou, a voz baixa.

A proprietária as examinou com cuidado, seus olhos arregalados. "Meu Deus, querida, essas são peças de valor inestimável! Posso lhe oferecer uma quantia considerável por elas."

                         

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