A Acompanhante e o Mafioso
img img A Acompanhante e o Mafioso img Capítulo 4 Entre negócios Parte I
4
Capítulo 6 Uma conversa img
Capítulo 7 Só mais uma dose img
Capítulo 8 Mais um dia de negócios img
Capítulo 9 É só um shopping img
Capítulo 10 Acabou o passeio Parte I img
Capítulo 11 Acabou o passeio Parte II img
Capítulo 12 Mudança de planos Parte I img
Capítulo 13 Mudança de planos Parte II img
Capítulo 14 Abandonada img
Capítulo 15 Surpresa img
Capítulo 16 Um dia agradável img
Capítulo 17 Um jantar img
Capítulo 18 Então beija img
Capítulo 19 Noite quente img
Capítulo 20 Despedida Parte 1 img
Capítulo 21 Despedida Parte II img
Capítulo 22 Distantes Parte I img
Capítulo 23 Distantes Parte II img
Capítulo 24 Ligações na madrugada img
Capítulo 25 Descobrindo o passado img
Capítulo 26 Saudades img
Capítulo 27 Sonhos impossíveis img
Capítulo 28 Visitando o passado Parte I img
Capítulo 29 Visitando o passado parte II img
Capítulo 30 Visitando o passado Parte III img
Capítulo 31 Para a Rússia img
Capítulo 32 Hora do almoço img
Capítulo 33 Um novo começo img
Capítulo 34 Revelando segredos img
Capítulo 35 Investigando o passado img
Capítulo 36 Grávida img
Capítulo 37 Descobertas img
img
  /  1
img

Capítulo 4 Entre negócios Parte I

Maia

Eu simplesmente não sei como reagir. O que está acontecendo aqui? Eu fui contratada para ser acompanhante, é o que eu sei ser. Charmosa, provocadora, sensual e boa de cama. Mas pagar de executiva? Essa foi nova para mim, e não sei ser assim. Resultado: desastre total.

Quando ele me perguntou se quero novamente fazer o papel de executiva, foi estranho o sentimento que me tomou, e acabei dando a resposta errada. Ele estava sendo gentil comigo novamente, queria tanto que ele voltasse a ser gentil e quando ele fez isso eu não soube cultivar e agora foi ainda pior, ele jogou na minha cara o que eu sou: uma mera prostituta. Isso me deixou triste.

Então eu entendi que ele me ofereceu um meio de não parecer para os outros o que realmente sou para não ser humilhada, o que já aconteceu comigo incontáveis vezes, e então eu tive raiva... raiva de mim por ser tão burra.

Durmo a viagem toda. Alguém me chacoalha e quando abro os olhos era ele. Novamente não sei como agir. O que eu sou afinal? Uma prostituta contratada para fazer papel de assistente executiva... confuso pra caramba. Fiz o papel que sei fazer.

- Chegamos, querido? – pergunto com voz melosa e ele levanta uma sobrancelha, me encarando.

- Sim, querida – respondeu entrando no jogo.

- Vamos para o nosso quarto antes de outra reunião?

Sinto que ele está tenso. O homem se coloca de pé, pois ele havia sentado a meu lado para me chamar, e começa a andar em direção a porta do avião.

- Apenas para trocar de roupa e almoçar, Maia. – responde antes de começar a descer as escadas.

- O que tem com esse homem? – resmungo comigo mesma enquanto retiro os fones do ouvido.

Desço e ele está no celular, falando em russo. Que gostoso aquele sotaque, pena que eu não entendo o que ele fala. Até que sei o básico, bem básico, mas falando rápido daquele jeito, eu não entendo nada.

Ele estende a mão assim que encerra a ligação. Eu a aceito, é claro, e ando a seu lado como a bela acompanhante que sou. Um carro luxuoso nos espera, entro e logo após ele entra, sentando-se ao meu lado. Continuando meu papel, coloco a mão sobre a coxa dele. Novamente o sinto ficar tenso. Sinceramente, se ele não queria isso, por que me contratou?

Chegamos ao hotel de luxo, ele desce do carro e segura minha mão para que eu saia do veículo. Subimos em silêncio novamente, aquela situação é a mais estranha que já vivi.

Ao chegarmos no quarto luxuoso, ainda mais que o que ficamos no Rio, viro-me de costas para ele e começo a descer o zíper da minha saia, expondo aos poucos a pele. Quando estou de calcinha, bem pequena, com a saia aos meu pés, virei-me de frente para ele, saindo de dentro da peça, e caminho em sua direção enquanto abro botão por botão da minha blusa. O vejo engolir em seco.

- O que você está fazendo? – Me pergunta com um fiapo de voz.

- O que exatamente sou paga para fazer – respondo, fazendo-o entender que não sou executiva, sou acompanhante de luxo.

Abro o sutiã expondo meus seios a ele, seus olhos se tornam vorazes, pude ver o desejo brilhando ali, acho que finalmente consegui provocar o Ice Berg Russo. Ele me segurou pelos braços e me puxou com força para ele. Olhando em meus olhos ele disse:

- Não me provoque.

- Não estou provocando.

- Está.

- Não, estou trabalhando.

Ele olha para cima e suspira, fechando os olhos. Com suas mãos ainda me segurando, ele disse:

- Desculpa. Fui grosso. Não quis te humilhar, nem te ofender.

Ele ainda respirava fundo e fechava os olhos, suas mãos começam a acariciar meu braço em vez de apertar como estava fazendo antes, e eu queria que ele voltasse a me apertar, me ameaçar, com isso eu sei lidar. Com um homem tentando me respeitar, me pedindo desculpas... isso eu não sei.

- Eu fui grossa primeiro, você só se defendeu. Pode me soltar, se quiser.

Ele afrouxou o aperto e eu me afasto e viro-me de costas para me vestir. Pela primeira vez estou me sentindo envergonhada na frente de um homem.

Visto um roupão que estava sobre a cômoda. Ele foi até a janela. Nossa situação estava esquisita demais, tínhamos que conversar, não dava para ficar assim.

- Dmitry. – Falo ao me aproximar dele. – Precisamos conversar.

Ele acena em concordância, abre a porta de vidro e caminha para a varanda. O homem senta-se em uma cadeira e aponta a que está seu lado para que me sentasse.

Me sento a seu lado, mas quem começaria? Ele me deve uma explicação, então deixo que ele comece a falar.

            
            

COPYRIGHT(©) 2022