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Isabella Narrando
Eu sou Isabella, tenho 21 anos e, se pudesse descrever meus olhos, diria que são verdes, como a folhagem fresca das árvores. Meus cabelos são castanhos, caindo até a altura dos meus ombros, com um toque suave e natural. Meu rosto, dizem, é angelical, com um formato de diamante que atrai olhares. Minhas boca é carnuda, sempre um convite a um sorriso. Tenho um corpo magro, mas com curvas marcantes, com seios fartos e uma bunda que, também, chama a atenção. Eu sempre gostei de me sentir bem comigo mesma, e acredite, não é só aparência. Claro, as pessoas olham, às vezes, de forma mais intensa do que eu gostaria, mas aprendi a lidar com isso. Cada curva, cada detalhe do meu corpo me faz quem eu sou, e não vou negar que me sinto confiante por isso. No fundo, acho que o que realmente me define não é o que os outros veem, mas como me sinto quando olho no espelho, quando me sinto confortável na minha própria pele.
Adoro estar em movimento, seja para trabalhar ou para aproveitar a vida. Mas não se engane, apesar de toda essa confiança, eu sou mais reservada do que aparento. Gosto de observar mais do que de ser observada. Isso, talvez, seja o que me faz ainda mais intrigante para quem me conhece.
Tenho 21 anos, e por mais que as pessoas sempre esperem que eu tenha algo a mais, algo que prove que estou crescendo, ainda sou uma menina virgem. Nunca encontrei um homem que merecesse realmente a minha virgindade, e isso não é por falta de interesse. A verdade é que, para mim, esse tipo de coisa precisa ser algo profundo, algo que vá além da atração física. Preciso sentir que ele merece essa parte de mim, e até agora, ninguém conseguiu me convencer disso. Sou muito feliz com meus pais, eles são tudo para mim. Meu pai é meu herói, ele faria qualquer coisa por mim, sempre me apoiou em todas as escolhas, mesmo nas mais difíceis. Ele tem um jeito que, por mais que tente esconder, sempre me dá a sensação de que sou a coisa mais importante da vida dele. Isso me faz sentir segura, protegida. Sinto que posso esperar o tempo que for para encontrar alguém que realmente se encaixe no meu mundo. Até lá, tenho tudo o que preciso para ser feliz: o amor da minha família, e a confiança em mim mesma.
Estava sentada na área da minha casa, aproveitando a brisa leve que vinha do jardim, quando algo me fez levantar os olhos. Um homem estava se aproximando, e eu não sei explicar exatamente o que aconteceu, mas algo nele me causou um frio na espinha. Ele era forte, com o corpo todo tatuado, e sua presença parecia dominar o espaço ao redor dele. Meus olhos o seguiram enquanto ele se aproximava, e sem saber o que pensar, um arrepio percorreu minha pele.
Ele parou na minha frente, o olhar intenso e algo misterioso nos olhos dele. E então, sem mais nem menos, ele perguntou:
- Tu é filha do seu pai? - A voz dele era grave, carregada de uma autoridade silenciosa, e aquilo me deixou um pouco desconcertada. Não esperava uma pergunta assim, de alguém que parecia ser tão... diferente do que eu conhecia. Não sou de me assustar fácil, mas algo naquele homem parecia vir de um lugar mais profundo, talvez até perigoso. Eu, por um momento, não soube o que responder.
Eu fiquei ali, sem saber exatamente o que pensar. O homem à minha frente, com aquele olhar firme, me fazia sentir uma mistura de curiosidade e um certo receio. Eu, tentando recuperar o controle da situação, respirei fundo e perguntei, mais para quebrar o silêncio tenso do que qualquer outra coisa:
- Qual o seu nome?
Ele me olhou por um instante, quase como se estivesse avaliando a pergunta. Depois, com um sorriso que não chegava a ser amigável, ele respondeu:
- Pode me chamar de Diabo.
Eu congelei por um momento. O que ele acabara de dizer? O nome... Diabo? Eu não sabia se ria ou se ficava mais assustada com a forma como ele se apresentava. Mas, sem querer demonstrar o quanto estava desconcertada, recuperei a postura e, com a voz mais firme que consegui, perguntei:
- O que você quer com o meu pai?
Ele não pareceu se apressar para responder. Apenas deu um passo à frente, se aproximando ainda mais, e, com uma expressão séria, disse:
- Isso é assunto de homem pra homem.
Fiquei em silêncio por um segundo, processando as palavras dele. O que queria dizer com isso? A sensação de inquietação só aumentava, mas ao mesmo tempo havia algo intrigante na maneira como ele falava, como se eu estivesse prestes a entrar em um mundo completamente diferente, algo que eu não estava preparada para entender.
Aquelas palavras dele me martelavam na cabeça, e eu tentei disfarçar o medo que estava começando a se espalhar por mim. Ele era... intimidante, e algo me dizia que não era alguém com quem eu deveria brincar. Mas, ao mesmo tempo, minha curiosidade estava cada vez mais presente. O que ele queria? E, mais importante, quem era ele para falar daquela maneira?
Olhei para ele, tentando manter a calma, e disse, forçando a voz:
- Não acho que isso seja algo que eu deva ignorar. O que você está querendo com o meu pai?
Ele não se mexeu, apenas me observou com aquele olhar que parecia penetrar fundo. Depois de uma pausa que parecia eterna, ele finalmente falou, mas sua voz era mais suave, como se quisesse me testar.
- Eu não sou alguém para ficar explicando tudo. O que tu precisa saber é que, se ele souber que estou aqui, tudo vai se resolver. Mas, até lá, tu não precisa se preocupar.
Eu não entendia, mas, ao mesmo tempo, algo me dizia que eu deveria ser cautelosa. Não sabia se deveria ir atrás do meu pai ou se isso tudo não passava de um jogo que eu ainda não entendia. O que fosse, eu sabia que a partir daquele momento nada mais seria como antes.