Capítulo 2 O Encontro Anunciado

"E eu," ela respondeu, "te procurei nos sonhos que nunca lembrava." Quando ele estendeu a mão, ela a segurou e a marca em sua pele queimou com doçura. Foi como um beijo, mas com energia. E naquele instante, ela compreendeu: o que vinha a seguir não podia ser desfeito.

********************************************** Leonor acordou ofegante, o lençol grudado à pele. A luz do sol atravessava a janela, desenhando sombras suaves em seu quarto. Ela tocou a marca em sua clavícula ainda quente, ainda viva. O sonho parecia real demais para ser esquecido. E havia algo diferente em seu peito: *certeza*. Ela *estava ligada* a alguém. Não por acaso, não por desejo passageiro - mas por algo antigo, inevitável. Um amor escrito nas entrelinhas do tempo. A universidade parecia um detalhe diante da sensação que a preenchia. Ela tomou banho devagar, sentindo a água correr por sua pele como se limpasse os séculos entre ela e ele. Escolheu uma roupa leve, mas firme. Era como se cada gesto a preparasse para o encontro que o destino finalmente permitia. Ao chegar no campus, tudo parecia mais intenso. As vozes, os passos, os ventos. Como se o mundo inteiro estivesse esperando junto com ela. E então, quando atravessava o pátio central, *ela sentiu*. A mesma presença do sonho. Virou-se devagar. Ele estava lá.

            
            

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