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O quarto estava banhado pela luz suave da lua que atravessava as cortinas semi fechadas. O som da chuva fina batendo na janela parecia sincronizado com os batimentos do coração de Laura. Ela estava nervosa, mas ao mesmo tempo, havia uma certeza tranquila dentro de si. Hikaru estava ali, sentado na beira da cama, com aquele olhar que sempre a fazia se sentir segura, protegida... amada.
- Hikaru... - sussurrou ela, segurando as mãos dele, trêmula, mas decidida. - Eu... eu pensei muito sobre isso. E... eu quero. Quero que seja com você.
Ele apertou suavemente seus dedos, olhando dentro de seus olhos, procurando qualquer sinal de dúvida.
- Tem certeza, Laura? - perguntou, com a voz baixa, quase rouca, carregada de cuidado. - Eu não quero que se sinta pressionada. Só se for o que você realmente deseja.
Ela sorriu, sentindo-se aquecida por tamanha gentileza. Passou os dedos pelo rosto dele, traçando os contornos que aprendera a amar.
- Nunca estive tão certa de algo na minha vida - respondeu. - Eu quero me entregar a você. Não porque sinto que preciso... mas porque te amo, Hikaru. E... eu confio em você.
Hikaru respirou fundo, emocionado. Levou a mão até a nuca dela, puxando-a delicadamente para um beijo que começou terno, quase reverente, mas que foi se aprofundando à medida que os corpos falavam mais do que as palavras poderiam expressar.
Os dedos dele deslizaram pela pele dela com cuidado, como se memorizasse cada detalhe. A roupa foi se desfazendo lentamente, não como algo urgente, mas como um ritual sagrado entre duas almas que se escolhiam.
Deitada sob ele, Laura sentiu o peso daquela escolha, não como um fardo, mas como uma libertação. Ele a olhou mais uma vez, os olhos cintilando, buscando nela a permissão final. Ela respondeu apenas com um aceno, segurando firme a mão dele.
- Eu te amo, Laura - sussurrou Hikaru, antes de guiá-la com delicadeza, respeitando seus limites, atento a cada gesto, cada suspiro.
A primeira vez deles foi um misto de descoberta, entrega e amor. Não havia espaço para pressa, apenas para a conexão, para os olhares que falavam, para as carícias que desenhavam promessas silenciosas.
Quando tudo terminou, e eles ficaram abraçados, ouvindo o som da chuva, Laura sabia, com toda a certeza, que aquela noite viveria para sempre em sua memória. Não como um fim de algo, mas como o início de tudo.