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Capítulo 03
Por Contrato
O Sentido do Amor
- Sinto muito, Giancarlo amigo, realmente eu não tive intenção, e sei que esse assunto ainda não está superado por você, e comigo você não precisa bancar o forte.
- Nada disso, Alexissuos. e, só para constar, eu superei totalmente a Celine ok.
- Tá ok, vou anotar isso.
- É sério, olha eu agora só quero sair com profissionais. Ah, elas são muito melhores, não dão trabalho, nem decepção, e fazem tudo como tem que ser. Aliás, estou com o número de uma maravilhosa. Se quiser, te presenteio com uma noite ardente, pois garanto que você vai esquecer seus problemas familiares.
Giancarlo sorriu malicioso, levantando o copo.
- Não, obrigado. Hoje não quero mulher, só bebida. e para ser honesto, prefiro casos rápidos com mulheres do nosso círculo do que garotas de programa.
- Ah mas é claro, você sendo um homem todo certinho, é eleito como o galã romântico do nosso hospital, não poderia ter outra opinião!
- Espera aí... como assim?
Alexissuos arqueou uma sobrancelha, curioso.
- É isso mesmo amigo, e eu não acredito que você ainda não sabia da sua fama.
- Não juro que não fazia ideia, mas antes, vou pedir outra rodada, e depois você vai me contar toda essa história que está rolando no hospital.
- Ah, claro, será um prazer te contar, mas, sinceramente, Alexissuos eu acho que você ia relaxar bem mais se tivesse um pouco de sexo com uma daquelas mulheres de tirar o fôlego. Ouça só minha descrição: Peitões, cinturinha.... E ah, a parte de trás, um delírio. Merda, só de falar já fiquei excitado.
- Uau, que descrição interessante.
Ironizou Alexissuos, rindo.
- É verdade, eu não estou exagerando, Alexissuos, a garota é brasileira, e você sabe que essas latinas são puro fogo.
- Eu acredito, e talvez outro dia... Mas, hoje, realmente não. Pois, acho que a bebida vai ser suficiente.
- Tem certeza? Olha que eu já até mandei mensagem pra ela e...
- Não, Giancarlo, é sério, hoje eu prefiro só encher a cara. Afinal faz tempo que não sou irresponsável com a bebida, e sinceramente sinto que hoje preciso muito disso.
- Então tá, doutor. Um brinde à irresponsabilidade.
Finalmente com Giancarlo concordando, brindaram, gargalhando, e seguiram a conversa descontraída que fez Alexissuos relaxar. Rindo das histórias, principalmente das que nem sabia que contavam sobre ele no hospital, pois, ele não fazia ideia de que era considerado o galã, o doutor dos sonhos, aquele por quem várias mulheres do hospital faziam questão de circular só para vê-lo, mesmo que fosse por alguns segundos durante o expediente.
Quando percebeu que tinha exagerado na bebida, decidiu pegar um táxi. Ao entrar no apartamento, sentiu uma pontada de culpa por ter bebido tanto, afinal fazia anos que não bebia assim, mas, ao mesmo tempo, um alívio.
Era bom, por um momento, agir como o irresponsável rebelde que sua avó tanto dizia que ele era. Mesmo que, na verdade, só na cabeça dela, ele tenha sido assim, afinal, para ser médico, estudou dias e noites sem parar. Pois, nenhum dinheiro compraria aquele diploma para ele.
- Merda... não vou ceder a esse arranjo ridículo. Mariza nunca será minha esposa, resmungou, jogando a chave sobre o móvel.
Cambaleando, foi até o quarto, tentando no caminho arrancar as próprias roupas. Conhecia tanto aquele apartamento que nem precisou acender a luz. No automático, seguiu até sua cama, e assim que se jogou sobre ela, caiu sobre alguém.
Seu corpo imediatamente reconheceu o toque macio, o cheiro doce, o calor feminino, e no mesmo instante, um sorriso malicioso brotou em seus lábios.
Giancarlo, seu desgraçado... mandou mesmo ela, pensou sorrindo já cheio de desejo.
Sem refletir muito, e tomado pelos efeitos do álcool e pela fome de prazer, puxou aquele corpo pequeno comparado ao seu, e contratou que ela cheia de curvas e muito macia, seu tato aguçado, fruto de anos lidando com corpos na medicina, identificou cada uma delas, e os detalhes o agradou de forma quase automática.
Com rosna então ele tomou os lábios dela em um beijo intenso, urgente, sem perceber qualquer resistência naquele momento.
Seu corpo, instintivamente, buscava calor, contato, alívio para o louco desejo que acendeu quase automaticamente nele.
O gemido fraco e as mãos que tentaram empurrá-lo passaram despercebidos pela sua mente turva, ofuscada pela embriaguez e pela falsa certeza de que ela estava ali para aquilo.
- Shhh... quieta, bela mia. Eu sei muito bem por que você está aqui!
Sussurrou, deslizando as mãos, absorvendo cada curva como quem decifra um mapa cheio de tesouros fascinantes.
Thaila, no entanto, estava perdida, presa em meio à névoa pesada do álcool, sem entender se aquilo era um pesadelo ou uma alucinação. Suas tentativas de reagir eram fracas, desconexas, e seu corpo parecia não responder à própria vontade.
- N-não... eu... - tentou balbuciar, sem sucesso.
- Já disse, sem conversa gata gostosa, só abra bem as pernas para mim!
Alexissuos sussurrou, dominado pela ilusão de que ela estava ali exatamente para aquilo.
Guiado pelo instinto, mas também pela precisão de quem conhece o corpo humano profundamente, Alexissuos não percebeu os sinais, que se estivesse sóbrio, jamais ignoraria. Thaila mexeu as pernas mas, tentando o empurrar, porém ele não chegou a essa percepção, e início o toque, no centro feminino, o cheiro era muito bom, e tão quente e apertada.
Seu membro duro pulsando, era mais forte do que qualquer senso de realidade.
Os limites se desfizeram, e, movido por aquele impulso irracional, ele consumou o que acreditava ser um encontro consentido.
O ato luxuriante foi incrível, e a garota realmente fez o trabalho dela muito bem, pois ela obedeceu, e ele transou muito gostoso e segurou muita vezes, para não finalizar, afinal ela mesmo sendo deliciosa, era só uma garota de programa, e ele nunca mais repetiria o sexo com ela. Mas mesmo se controlando muito, seu corpo não aguentou e gozou.
Com o corpo satisfeito entregue ao cansaço e ao efeito da bebida, tombou ao lado dela, adormecendo em questão de segundos.
Thaila permaneceu imóvel. O corpo doía, sua mente girava, tentando entender o que acabara de acontecer. Tudo parecia desconexo, surreal, e uma única pergunta martelava dentro dela: Foi real?
O sono veio, como um bálsamo que a fez apagar antes que pudesse reagir, ou pensar em fugir.
Quando os primeiros raios do tímido sol de outono invadiram o quarto, ela acordou.
E, no exato momento em que seus olhos encontraram o homem adormecido ao seu lado, o horror a invadiu de uma forma tão brutal que a respiração ficou presa nos pulmões.
Não era um sonho. Nunca foi. O sangue no lençol, a dor... tudo era cruelmente real.
Desesperada, com o coração disparado, levantou-se, procurando pelas roupas. Lutava contra as mãos trêmulas, enquanto sua mente parecia gritar, implorando para que aquilo não tivesse acontecido.
Tentava não olhar para o homem nu de costas para ela jogado na cama, completamente inconsciente do que havia feito... ou talvez soubesse. Ela nem sabia mais o que pensar, e sim talvez até tenha consentido.
Vestiu-se às pressas, com a respiração descompassada, com a ideia de ter feito sexo casual, algo que jamais pensou ser capaz, e antes mesmo de conseguir entender, ela optou por sair dali.
Autora: Graciliane Guimarães