Entre Lágrimas e Acordes: A Redenção de Sofia
img img Entre Lágrimas e Acordes: A Redenção de Sofia img Capítulo 4
5
Capítulo 5 img
Capítulo 6 img
Capítulo 7 img
Capítulo 8 img
Capítulo 9 img
Capítulo 10 img
Capítulo 11 img
Capítulo 12 img
Capítulo 13 img
Capítulo 14 img
Capítulo 15 img
Capítulo 16 img
Capítulo 17 img
Capítulo 18 img
img
  /  1
img

Capítulo 4

O caminho de volta para casa foi um pesadelo silencioso.

Diogo conduzia de forma imprudente, acelerando nas ruas molhadas, o carro a derrapar perigosamente nas curvas.

A minha cabeça latejava. O corte na minha testa tinha parado de sangrar, mas a dor era profunda. Sentia náuseas.

"Podes levar-me a um hospital?" pedi, a minha voz fraca. "Acho que preciso de pontos."

Diogo soltou uma gargalhada cruel.

"Um hospital? Por um arranhão? Não sejas ridícula, Sofia. Estás a tentar chamar a atenção?"

Calei-me. Não valia a pena discutir. Não havia nada que eu pudesse dizer que o fizesse ver a sua própria crueldade.

Ele continuou a conduzir, resmungando para si mesmo.

"Sempre a estragar tudo. Sempre a fazer um drama. Não admira que eu precise de escapar."

As suas palavras eram pequenas facas, cada uma a encontrar o seu alvo.

Olhei para o seu perfil no escuro. O maxilar tenso, os olhos focados na estrada. O homem que eu amava, ou que pensava amar, tinha desaparecido. No seu lugar estava este estranho, este monstro cheio de raiva e desprezo.

Não havia remorso. Nenhuma culpa. Apenas irritação por eu ser um inconveniente.

Fechei os olhos, tentando fugir da dor. Mas as imagens da festa voltavam. O riso deles, o seu beijo apaixonado com Isabella, a humilhação nos olhos dos estranhos.

As luzes de néon da cidade passavam como borrões coloridos através das minhas pálpebras fechadas, cada flash um lembrete da minha solidão.

                         

COPYRIGHT(©) 2022