Era uma vez, a vida de Maria Antônia, uma renomada chef, parecia um prato perfeitamente executado por três anos de casamento.
Até que um ingrediente indesejado, Leo, um artista obcecado, começou a azedar tudo.
No nosso aniversário de casamento, Leo invadiu a festa de Ricardo, meu marido, e gritou ao microfone: "Você fala de amor, mas se prende a uma farsa. Essa mulher ao seu lado não te entende como eu."
Fiquei chocada, mas confiava em Ricardo, afinal, ele odiava mentiras.
Mas a confiança se despedaçou quando o encontrei no escritório, Leo de joelhos em seu colo, e Ricardo a acariciá-lo, gaguejando desculpas patéticas sobre uma "crise de ansiedade".
Ele, que prometeu nunca ser como o pai infiel, tinha Léo estampado no pescoço.
Uma noite, Ricardo me abandonou num barco afundando para salvar Leo, que havia nos atacado.
Ele me deixou sangrando, e me viu recusar ajuda para ir atrás de Leo.
A humilhação de vê-lo priorizar seu amante, aliás, a marca no pescoço dele, me fez sentir nojo de mim mesma.
O choque final veio quando Léo invadiu meu quarto de hospital, ameaçando se matar se Ricardo não o escolhesse.
E Ricardo o consolou, enquanto eu via as enfermeiras cochicharem: "Coitada da esposa. O marido se importa mais com o outro."
A verdade amarga me atingiu: eu era a esposa enganada.
Nenhuma dor foi maior do que a humilhação de ser a tola, a última a saber.
Então, peguei minha mala, meu chip, meu passado e joguei tudo para trás.
Liguei para Lucas, o maior rival de Ricardo nos negócios: "Lucas? É a Maria Antônia, esposa do Ricardo... Preciso acelerar um processo. Um processo de divórcio."