Capítulo 8 Cap. 8: Instintos nunca mentem.

Samuel Kan.

Antes de seguir para o grande salão pedi para meu pai deixar tudo preparado e fui rapidamente ate a cobertura onde estava metade da guarda de lobos, sei que todo aquele jardim é observado, então penso que poderiam ter visto algo.

Mas não conseguir obter nada. Como eles poderiam ter perdido alguém tão peculiar, se bem... que ela não tinha cheiro de lobo, mas não acredito que tenha sido uma humana, eu também não sentir nada que disse que ela é uma humana, era algo família, mas peculiar, infelizmente a poção que eles me deram causa um bloqueio agressivo para que lobos como eu que só conseguem ficar com suas parceiras tenham contato com outras lobas, ou seja, ele me torna alguém que não consegue identificar minha parceira então por consequência acabei conseguindo ficar com alguém como aquela desconhecida.

- Quero que vocês averiguem a lista de convidados e todas as mulheres que estiveram nesse lugar, sele os portões e não deixe ninguém sair até que eu esteja na saída averiguando a todos com os anciões. - avisei enquanto concordavam mantendo a cabeça baixa.

Durou pouco tempo minha estadia ali em cima, esperei até que os anciões, desci rapidamente e fui ao encontro de todos que estavam no salão e sigo para o altar para esperar a noiva.

Todos estavam ansiosos, mas não mais que eu, eles não tinha ideia de com quem eu estava prestes me casa e porque eu aceitei finalmente me casar com alguém depois de relutar após mais de cem anos esperando que um dos renascimento de Maya desse certo.

Me posicionei em frente ao altar, todos estavam ansiosos no grande salão.

Finalmente ela aparece na grande porta e acompanhada de seu pai, eu solto um suspiro demonstrando um pouco de frustração, afinal... ela estava com um vestido diferente, mas eu tinha certeza que era a mesma menina de anos atrás, ainda assim... é tão estranho não sentir a nossa ligação como naquele dia, mas estávamos tão perto, e Maya estava tão fraca que eu mal conseguia sentir que ela poderia ser um lobo, mas sei que é aquela adaga que drena seu poder, aquilo tem uma energia de séculos que vem absorvendo cada gota de poder de seu portador, por isso Maya demorou tanto para renascer, não sei quantas vezes ela tentou e a gestação de quem ia a carregar no ventre não conseguiu prosseguir.

O preço de Maya por me salvar foi ter seu nascimento interrompido todas as vezes possíveis pela a adaga que lhe matava por dentro, mas ali está ela, caminhando até mim, o único homem que vai consegui libertar ela de seu martírio e torna-la imortal ao meu lado.

Mantendo meu foco nela enquanto caminha pausadamente até mim, mas Sorrio de forma amarga tentando aceitar enquanto recebo olhares críticos dos outros líderes, esse vestido não chega nem aos pés do que eu tinha lhe dado, e não foi só eu que escolhi esse vestido, ele tinha sido feito por um alfaiate monarca influente na minha família justamente o homem que abriga as deusas do destino isso estava sendo extremamente ofensivo para ele, não era uma peça que deveria ser ignorada e ele estava entre as pessoas que estava esperando ansioso para ver a noiva vestida com aquele vestido, o justo vestido que era tão belo quanto uma jóia celestial.

Tento não me preocupar com isso, afinal... existem coisas mais críticas que um simples vestido me incomodando agora, mas como eu diria isso para o alfaiate monarca,

Se Maya queria causar alguma impressão, ela acabou de causar a pior possível e para as pessoas mais importantes nesse salão, mas não é nada que eu não possa lidar mais tarde.

Ela caminha pausadamente até mim enquanto a marcha nupcial toca, meu coração acelera a cada passo que ela dá em minha direção, eu me lembro vagamente de seu rosto, lembro de suas feições, mesmo que ela ainda fosse muito menina e muito fraca naquela época, e agora posso confirmar sem erro que ela está ali, sua aparência confirma, mas isso não é o suficiente para mim, eu preciso que ela segure a minha mão para que eu possa ter certeza que é realmente ela.

Finalmente estávamos frente a frente após mais de um milênio eu esperei por ela, finalmente posso tirar seu véu e está ali a mesma menina que vi a alguns anos atrás cresceu lindamente, os olhos dela encaravam o meu com confusão, demonstrando um extremo nervosismo, ainda assim... é como se fosse outra pessoa, talvez a adaga esteja a drenando de forma que esteja deixando isso imperceptível.

- Está tudo bem. - sussurrei gentilmente para ela e então ela suspirou aliviada como se tivesse tido a confirmação de algo.

O casamento foi breve a cerimônia estava feita e naquele momento tudo que eu queria era livrar Maya do que lhe aprisionava.

Após a dança no centro do salão e as apresentações, pude finalmente a levar até uma mesa um pouco distante dos convidados.

Mas como nem tudo é perfeito, os trigêmeos se atreveram a entrar para atrapalhar a festa.

O salão da cerimônia ainda vibrava com a celebração do casamento quando vi os trigêmeos se erguerem no meio da multidão. O silêncio foi imediato, era obvio que nada de bom viria deles como sempre.