Seu Primeiro Amor, Meu Último Adeus
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7
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Capítulo 7

Acordei em uma cama de hospital novamente. A primeira coisa que vi foi Adriano, parado perto da janela. Ele me olhava com uma expressão estranha e complicada.

"Você subiu uma montanha de joelhos", disse ele, sua voz plana. "Tudo por um par de abotoaduras. Você deve realmente me amar."

Sua arrogância era de tirar o fôlego. Eu estava prestes a dizer a ele para quem eram as abotoaduras quando a porta se abriu com um estrondo.

Cássia entrou correndo, seu rosto uma máscara de preocupação. "Oh, Helena! Ouvi o que aconteceu! Sinto muito, eu estava apenas brincando! Nunca pensei que você realmente faria isso!"

Ela se virou para Adriano. "A culpa é toda minha. Vou ficar e cuidar dela."

Adriano assentiu, sua expressão suavizando ao olhar para ela. "Isso é gentil da sua parte, Cássia."

Ele saiu. Deixando-me sozinha com minha algoz.

Os dias seguintes foram um inferno. Cássia "cuidou" de mim derramando sopa quente em meus curativos, "acidentalmente" derrubando minha água quando eu estava com sede e lendo para mim comentários negativos sobre mim mesma da internet, tudo com um sorriso doce no rosto.

Eu finalmente quebrei. Liguei para Adriano e implorei para que ele a fizesse ir embora.

"Pare de ser tão dramática, Helena", ele disse, sua voz cheia de aborrecimento. "Cássia está sendo gentil com você. Você deveria ser grata."

Eu desisti. Apenas aguentei, contando as horas até poder sair.

No dia em que recebi alta, Cássia insistiu em empurrar minha cadeira de rodas. Quando estávamos saindo do hospital, uma van preta parou com um rangido na nossa frente.

Homens mascarados pularam para fora. Eles nos agarraram, enfiando mordaças em nossas bocas. Um deles bateu na nuca de Cássia, e ela ficou mole.

Acordei na beira de um penhasco. O vento açoitava meu cabelo em volta do meu rosto. Cássia estava inconsciente ao meu lado.

O líder dos homens tirou a máscara. Era Flávio Medeiros, um rival de negócios que Adriano havia levado à falência impiedosamente anos atrás.

"A vingança é uma vadia, não é?", ele zombou.

Nesse momento, um carro subiu a estrada sinuosa. Era Adriano.

Flávio riu. "Bem na hora."

"O que você quer, Flávio?", Adriano perguntou, saindo do carro.

"O que você acha que eu quero? Quero que você sofra como eu sofri", disse Flávio. Ele arrastou a mim e a Cássia inconsciente para a beira do penhasco. "Você tem que escolher, Adriano. Seu precioso primeiro amor, ou sua patética namoradinha. Você só pode salvar uma. A outra vai para o abismo."

O rosto de Adriano estava pálido. "Não seja ridículo. Eu te pago o que você quiser. Apenas deixe as duas irem."

"Sem dinheiro", disse Flávio, seus olhos selvagens. "Apenas uma escolha. Vou até te dar uma contagem regressiva. Dez... nove..."

Meu coração batia forte no peito. Olhei para Adriano. Seu rosto era uma tela de agonia. Ele estava dividido.

"...três... dois..."

"Cássia!", Adriano gritou. "Eu escolho a Cássia!"

Flávio sorriu, um sorriso terrível e triunfante. Ele me empurrou para trás.

O mundo virou de cabeça para baixo. Eu estava caindo.

A última coisa que vi antes de atingir as rochas abaixo foi Adriano, correndo para o lado de Cássia, acolhendo-a em seus braços, segura.

A última coisa que ouvi foi o estalo doentio de meus próprios ossos quebrando.

Então, escuridão.

            
            

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