Das Cinzas à Fênix: Um Amor Renascido
img img Das Cinzas à Fênix: Um Amor Renascido img Capítulo 7
7
Capítulo 9 img
Capítulo 10 img
Capítulo 11 img
Capítulo 12 img
Capítulo 13 img
Capítulo 14 img
Capítulo 15 img
Capítulo 16 img
Capítulo 17 img
Capítulo 18 img
Capítulo 19 img
img
  /  1
img

Capítulo 7

Janete os esperava no grande hall de entrada. Seus olhos, cheios de ódio indisfarçado, fixaram-se em Aurora. Ela ignorou Aurora completamente, entrelaçando seus braços nos de Júlio e Estela.

"Irmão! Tela! Que bom que vocês estão aqui!", ela exclamou, virando as costas deliberadamente para Aurora.

"Janete, seja legal", repreendeu Júlio fracamente, mas não fez nenhum movimento para incluir Aurora na reunião de família.

"Estela vai ficar no quarto ao lado do seu, Aurora", anunciou Júlio. "Só até o casamento."

"Tudo bem", disse Aurora, a voz distante. "Não tem nada a ver comigo."

Antes que o silêncio constrangedor pudesse crescer, um mordomo apareceu. "O Sr. Carlos Alencar gostaria de vê-la em seu escritório, Srta. Tucker."

Aurora seguiu o mordomo por um longo corredor com painéis de madeira. Carlos Alencar, o pai de Júlio, estava sentado atrás de uma enorme mesa de mogno. Ele era um homem frio e pragmático que valorizava o império Alencar acima de tudo.

"Aurora", disse ele, a voz desprovida de calor. "A família é grata pelo que você fez por Júlio. Você salvou nosso herdeiro."

Ele deslizou uma caixa de veludo preto pela mesa. "Este é um pequeno símbolo de nossa apreciação."

Aurora não a abriu. "Eu não quero, Sr. Alencar."

Ele ergueu uma sobrancelha.

"Mas há uma coisa que eu quero", continuou Aurora, sua voz ganhando força. "É um pedido."

Ela o olhou diretamente nos olhos. "Eu não vou me casar com Júlio. No dia do casamento, estarei deixando o país. Para sempre."

A compostura de Carlos finalmente rachou. Ele parecia genuinamente surpreso.

"Eu quero sua promessa", disse Aurora, pressionando sua vantagem. "Quero que prometa que não deixará Júlio me procurar. Deixe-o acreditar que eu desapareci. Deixe-o ter sua vida com Estela. É o que ele quer."

Seu coração era um tambor firme e resoluto em seu peito. Era isso. O corte final.

Carlos a estudou por um longo momento, sua mente de empresário astuto calculando os ângulos. Uma separação silenciosa e limpa era melhor do que um divórcio público e bagunçado mais tarde.

"Você tem certeza?", ele perguntou.

"Sim", disse Aurora, a voz inabalável.

Ela deixou o escritório sentindo-se mais leve do que em anos. Já passava da hora do almoço, e a casa estava silenciosa. Júlio já havia saído para o escritório.

Ela encontrou Estela e Janete no conservatório, rindo enquanto tomavam chá.

"Olha quem está aqui", zombou Janete quando Aurora se aproximou. "Finalmente decidiu mostrar seu rosto feio e com cicatrizes?"

Aurora a ignorou e passou.

Janete se levantou, bloqueando seu caminho. "Não se afaste de mim! Você é apenas uma vagabunda de classe baixa que teve sorte. Você não é ninguém. Uma aberração!" Ela gesticulou descontroladamente, derrubando um pesado vaso de cerâmica de seu pedestal. Ele se estilhaçou no chão, e um pedaço afiado de porcelana voou, cortando uma linha fina e sangrenta no braço de Aurora.

"Você é uma bastarda, sabia?", gritou Janete, o rosto contorcido de raiva. "Todo mundo sabe que sua mãe era uma destruidora de lares, e você é igualzinha! Uma inútil!"

A mão de Aurora voou para cima, o estalo de sua palma contra a bochecha de Janete ecoando no silêncio súbito.

"Eu sou a futura Sra. Alencar", disse Aurora, a voz baixa e fria, seus olhos queimando com um fogo que Janete nunca tinha visto antes. "E você vai me mostrar respeito."

Janete, atordoada, tentou revidar, mas Aurora a empurrou. Estela correu para a frente, fazendo o papel de pacificadora. "Por favor, parem! Não briguem!", ela chorou, posicionando-se perfeitamente entre elas.

Enfurecida, Janete avançou sobre Aurora novamente. Aurora se esquivou, e Janete colidiu com Estela. Ambas caíram em um emaranhado de membros.

"O QUE ESTÁ ACONTECENDO AQUI?", uma voz trovejou da porta.

Era Carlos. Ele viu a cena: Janete no chão, Estela chorando, e Aurora de pé sobre elas com um braço sangrando.

"Levem-na para a sala de disciplina", ordenou Carlos à equipe da casa, apontando um dedo severo para sua filha.

Janete empalideceu. Ela sabia o que isso significava. Foi arrastada, gritando e implorando.

Estela imediatamente se ajoelhou no chão, lágrimas escorrendo pelo rosto. "Sr. Alencar, por favor, foi minha culpa! Puna-me em vez disso! Janete estava apenas defendendo minha honra!"

Carlos olhou para ela, sua expressão indecifrável. "Muito bem", disse ele. "Você pode se juntar a ela."

Ele se virou e foi embora. Um momento depois, Estela, percebendo que seu estratagema havia falhado espetacularmente, soltou um pequeno grito e desmaiou.

            
            

COPYRIGHT(©) 2022