25 Um Número Muito Louco - Romance Harém Reverso
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Capítulo 6 6

CYRUS

A tensão é palpável, sufocante a ponto de eu precisar me desculpar e sair por alguns minutos para respirar um pouco. O time está um caos desde que Gemma inalmente se livrou daquele namorado idiota.

Todos estão reunidos na minha casa para um almoço de equipe para comemorar o Dia de Ação de Graças, mas a maioria está sentada nervosamente tentando evitar contato visual com Gemma.

Ela também percebe que algo está errado.

Toda vez que ela vai falar com alguém, essa pessoa de repente tem uma desculpa para falar com outra pessoa. Estamos todos um bando de gatos nervosos, à beira de um ataque de nervos, esperando que alguém ceda e seja o primeiro a correr atrás da mulher por quem todos estamos apaixonados há anos.

Eu não sou fraco.

Mas nesse ritmo, eu vou acabar icando.

Estou pronto para explodir de vez.

Esperei dois longos anos por uma chance de cravar meus dentes naquela bunda deliciosa dela. Mais um dia parece uma tortura que não estou preparado para enfrentar.

Atrás de mim, a porta de vidro deslizante se abre e o barulho invade a casa. Em meio a tudo isso, ouço o som fraco da risada de Gemma, e meu estômago se revira dolorosamente. Faz muito tempo que não a ouço rir tão livremente.

Declan se aproxima de mim junto ao parapeito da varanda. Seus músculos se tensionam enquanto ele observa o quintal, com as mãos entrelaçadas, como se estivesse reunindo coragem para dizer algo.

"Desembucha", digo a ele com um suspiro.

Ele ainda leva seu tempo antes de falar. "Este time é como uma famı́lia. Construı́mos um programa do zero juntos. Quantos caras podem dizer isso? Me sinto sortudo todos os dias por ter assinado com os Storms."

"Você é um jogador polivalente excelente, Dec."

Disposto a jogar tanto no ataque quanto na defesa, Declan é o tipo de jogador que qualquer um mataria para ter no time. Nada exigente e confortável em qualquer posição no campo. Ele quase foi para um time do Meio-Oeste, então tivemos muita sorte de convencê-lo a desistir dessa ideia.

"Mas não é o su iciente, é?" Viro a cabeça para observá-lo. Se ele estiver prestes a desistir de nós, vou expulsá-lo para o quintal. "E difı́cil se sentir realmente realizado quando você volta para casa sozinho todas as noites."

Bem, porra. Certamente não esperava que Declan fosse o primeiro a ceder.

"Aquela regra que izemos..." Aquela em que concordamos em não ir atrás da Gemma porque ela era perfeita demais, importante demais, comprometida demais. "As coisas mudaram, não é?" "Inferno, com certeza", concordo sem hesitar.

Ela pode até continuar sendo a pessoa mais importante da equipe, mas já não está comprometida. E até mesmo perder apenas um item do trio de 'não tocar' parece ter desequilibrado tudo. Desencadeou sentimentos há muito enterrados em todos os caras.

Precisamos de uma nova regra.

Algo que, de alguma forma, pudesse fazer com que todos saı́ssem ganhando.

Tive uma ideia, mas não sei se todos vão gostar. A questão é que, neste momento, é tudo ou nada. Se não izermos alguma coisa, e rápido, as chances são muito grandes de que algum outro cara apareça e roube nossa única oportunidade.

Eu vou comandar essa merda com maestria.

"Preciso ir falar com o Ryan", digo a Dec, me retirando.

Entro novamente na casa, deixando uma distância considerável entre mim e Gemma para não me distrair com a espera. Ela deixa a cabeça cair para trás com outra risada, expondo a pele macia do pescoço, implorando para que meus olhos continuem a percorrer seu corpo, descendo, descendo... Porra.

Por que ela tem que ser tão incrivelmente linda? E isso é péssimo, porque ela realmente não faz ideia. Ela prende o cabelo todo desarrumado e aparece para trabalhar sem maquiagem, e mesmo assim eu ico constantemente excitado por ela.

Forço minha mente a voltar à minha missão e encontro Ryan na cozinha, servindo-se de uma bebida.

"E aı́?" Pergunta ele sem se dar ao trabalho de levantar os olhos.

"Deixe-me perguntar uma coisa."

Ryan pousa a taça de uı́sque que estava servindo e me dá toda a sua atenção, com uma expressão séria no rosto. "E sobre a Gemma?"

"Não é sempre assim?"

Ele solta uma risada incomum. "Parece que sim. Estamos enrolando há uma eternidade, não é?"

"Estou pronto para parar de dançar."

A risada se dissipa num silêncio constrangedor. Seus olhos se estreitam ligeiramente, o su iciente para me avisar que eu disse algo que ele realmente não gostou. Leva apenas uma fração de segundo para eu perceber que ele acha que estou dizendo que vou atrás da Gemma por conta própria.

"Você não está?" Pergunto, sem querer dizer essas palavras, mas ainda assim querendo que ele soubesse que não acho que isso se trata apenas de mim.

Ryan pondera sobre a minha pergunta.

Foi por isso que o escolhi para conversar. Ele não toma decisões precipitadas, é o tipo de pessoa que pensa bem antes de agir. E embora eu tenha certeza de que ele re letiu sobre isso tanto quanto qualquer um de nós, ele ainda vai levar o tempo que precisar para me responder, porque não vai se arriscar até ter certeza de que o resultado valerá a pena.

Reconheço o olhar vago que seus olhos assumem. Limpo a garganta para impedi-lo de se perder em um maldito devaneio.

"Sim", ele me responde, com a voz embargada. "Eu quero muito..." ele se interrompe para me dizer. "Eu jamais gostaria de prejudicar o time."

"Nem eu."

E o único motivo pelo qual eu não agarrei a Gemma e a beijei loucamente assim que ela icou solteira.

Ryan me dá um aceno encorajador, con iando em mim como seu capitão para fazer a coisa certa. Só espero, com todas as minhas forças, que o que tenho em mente não acabe dando errado. A ideia que venho desenvolvendo não é exatamente fácil de vender.

Mas é a única opção que qualquer um de nós tem.

"Cyrus?" Uma voz suave interrompe meus pensamentos.

Me viro e vejo Gemma parada na porta. Ela sorri com naturalidade, sem a menor ideia do estrondo que estou prestes a causar em sua vida relativamente tranquila.

"Você já tem que ir?" Pergunto, sem me dar ao trabalho de esconder minha decepção. Ela também foi a primeira a ir embora no ano passado, desesperada para não deixar o pai sozinho durante as festas de im de ano. Ela tem um bom coração, querendo fazer companhia a ele, mesmo sabendo que ele sempre insiste para que ela passe o tempo com os amigos e o time.

"E, você sabe que se eu me atrasar um minuto que seja, papai começa a comer sem mim." Ela faz uma careta, mas eu sei que ela só está brincando.

O pai dela é um cara ótimo. Na primeira vez que o conheci, eu disse que gostei da camisa do New York Giants dele, e três dias depois ele mandou a Gemma trabalhar com a mesma camisa, só que do meu tamanho. Além disso, ele criou a Gemma, então isso já é um puta motivo para respeitar o cara.

"Eu te acompanharei até a saı́da."

Suas sobrancelhas se franzem enquanto ela me encara. Se ela se pergunta por que estou sendo tão cavalheiro de repente, não questiona. Não tenho certeza se quero que ela pergunte também. Não sei se já encontrei as palavras certas.

Coloquei a mão na sua lombar enquanto passávamos pelos rapazes em direção à porta da frente. Logo todos eles também iriam embora, alguns para casa jantar com suas famı́lias. Outros simplesmente satisfeitos em voltar para suas casas e aproveitar a tranquilidade deste dia de folga.

Gemma para na porta, olhando para mim novamente como se estivesse esperando que eu dissesse alguma coisa.

Ela vai ter que esperar um pouco mais.

Eu a soltei para poder abrir a porta. Quando perdi o toque do seu calor, meu corpo inteiro pareceu gelar.

"Obrigada por me receber", ela me diz com uma formalidade que quase me faz rir alto. Eu já a deixei bem desconfortável.

E eu estou apenas começando.

"Quer se encontrar no centro da cidade hoje à noite?"

Seus olhos se voltam para trás de mim, onde o resto da equipe provavelmente está se perguntando o que diabos está acontecendo. Estou perto o su iciente de Gemma para ver o movimento do seu peito enquanto ela torce as mãos nervosamente.

"E Dia de Ação de Graças", ela diz, como se eu de alguma forma tivesse esquecido.

"Você vai jantar com seu pai, certo? Mas você pode sair depois disso."

Não quero deixar margem para que ela discorde. Este convite, para mim, não é opcional, e espero que isso esteja claro, porque se ela disser não, posso simplesmente jogá-la por cima do ombro e mantê-la aqui para sempre, só para garantir que ela nunca mais possa me negar nada. Após uma longa pausa, ela responde: "Ok, sim. Vejo vocês lá." Eu não a corrijo.

Com um último aceno, ela sai correndo pela porta. Não levo para o lado pessoal o fato de ela não conseguir sair rápido o su iciente. Eu apenas a peguei de surpresa, e, quer ela saiba ou não, tenho certeza de que está sentindo a tensão no ar.

O aviso de que as coisas estão prestes a mudar.

Estou incrivelmente, incrivelmente pronto.

Observo para garantir que ela entre no carro em segurança e saia para a estrada antes de fechar a porta para protegê-la do ar fresco do outono. Ainda me resta uma coisa a fazer... conversar com o time.

"Reúnam-se, pessoal. Precisamos conversar um pouco."

A conversa silencia quando todos se voltam para mim. Lentamente, eles se reúnem ao meu redor, seus rostos demonstrando claramente sua incerteza.

Estou prestes a mudar tudo.

            
            

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