Capítulo 8 Acabar com ela

Parecia que Albert não tinha dúvidas de quem tinha feito aquilo.

"Já que você descobriu a verdade, seguirei jogando basquete. Esta é a partida de despedida." Depois de olhar para Nina, o garoto virou-se para ir, porém se deteve na metade do caminho. "Se você não é capaz de lidar com essa pessoa, eu posso ajudar."

Mal tinha terminado de pronunciar aquelas palavras, sorriu com uma picada de maldade nos olhos.

A garota apenas olhou para ele com uma expressão indecifrável, pois cada vez que via seu sorriso desdenhoso, ela ficava pasma.

Nina ainda se lembrava do que Albert tinha feito com o garçom, quando eles saíram para jantar juntos e aquele garçom acidentalmente deixou cair sopa na mão dela. Albert pediu uma outra sopa com um sorriso no rosto, para em seguida, derramá-la na mão do garçom, o que acabou queimando a pele dele.

Diante daquela memória, ela percebeu que não tinha como decifrar aquele garoto.

Foi então que ela viu o comentário de Isabella, que em nenhum momento negava os rumores sobre ela.

Aquilo fez com que seu coração fosse tomado pela raiva.

Por ser uma pessoa muito esperta, Isabella tinha feito duas contas para escrever no fórum, a primeira para difamar a amiga de maneira anônima e a sua de sempre para defender a amiga.

Porém, ela tinha subestimado Nina.

Isabella seguia enviando mensagens por WeChat para consolar amiga, porém, Nina somente pensava que ela estava fazendo jogo duplo.

A princípio, Nina tinha planejado denunciar a publicação para que a mesma fosse removida, porém, ela teve uma outra ideia. Ao mesmo tempo que deixava o assunto ganhar forças, ela convidou a amiga para jantar.

"Obrigada por defender-me. Gostaria de convidar você para jantar", Nina escreveu com um sorriso malicioso.

'Você gosta de fingir? Bem, eu também sou uma boa atriz.'

Sentindo-se muito esperta, Nina sacudiu o cabelo ao ar e tirou um pequeno espelho para ter certeza que estava linda.

Depois da aula, ela pegou a bolsa e disse a si mesma: "Vamos acabar com ela."

Seguindo as indicações que Nina tinha passado, Isabella caminhava com dificuldade por uma antiga rua no subúrbio da cidade com o seu salto alto, segurando uma pequena bolsa. Haviam apenas alguns prédios bem feios e o lugar era barulhento. As pessoas falavam uma espécie de idioma local em voz alta que fazia com que sua cabeça doesse.

"Por que ela escolheu um bairro tão horrível?" Enquanto caminhava, uma vez ou outra uma criança completamente suja passava correndo por ela, e ela ficava pálida com a cena que via.

E o cheiro era horrível!

Tentando não prestar atenção no que estava à sua volta, ela caminhava impaciente, tapando o nariz para não sentir aquele fedor.

Somente a gente do campo como Nina estava acostumada a comer num lugar tão miserável e tão barato para o gosto de Isabella.

Mal sabia ela que sua amiga estava escondida num canto com vários homens de aparência feroz e com braços tatuados.

"Meninos, cubram a cabeça dela com um saco e deem uma boa surra nela sem matá-la. Pagarei vocês uma vez tenham terminado o trabalho."

"Sem problemas!", eles concordaram.

Satisfeita com a resposta deles, Nina pegou o telefone para tirar fotos.

Um bom espetáculo estava prestes a começar e ela tinha que registrar cada momento.

Não muito longe, um Maybach parou e as pessoas que estavam dentro dele também estavam prestes a testemunhar tudo.

"Senhor John, esta é a parte antiga da cidade que o Grupo Li e o Grupo Fang escolheram. Possui uma história de mais de 800 anos. Se comprarmos esta área, podemos integrar a cultura antiga e moderna e convertê-la numa atração turística."

Com várias propostas de projeto em mãos, Henry escolheu a mais fatível.

"É uma boa localização. Não está longe da estação de trem e nem do aeroporto. Além disso, quatro linhas de metrô passam por aqui, o que faz com que a oferta de transporte seja muito favorável. Ao lado, há um campus universitário, que garante um grande número de clientes. O que você acha, senhor?" Ao não receber nenhuma resposta, o rapaz ajustou o óculos no rosto e virou-se para olhar para o chefe.

John estava distraído olhando para o celular com a testa franzida e em alguns momentos, sorrindo.

"Senhor John?"

"O quê? Você decide." Seus olhos estavam fixos na tela do celular e ele não tinha tempo para falar com o assistente.

O assistente somente olhou para ele em silêncio.

'Eu não sou o CEO. Como eu posso tomar a decisão?', pensou.

Já que seu chefe não queria falar com ele, ele decidiu não incomodá-lo naquele momento.

Por curiosidade, ele olhou para John e descobriu que o chefe estava gravando algo com o celular. Em seguida, seus olhos se depararam com Nina, que estava exultante.

'O que ela estava fazendo?

Estava observando os outros lutarem?'

Porém, John também fazia o mesmo, ele a observava.

Era claro que os dois eram o mesmo tipo de pessoa.

"Mmm... Mmm... Socorro... Socorro!", Isabella gemia com a cabeça coberta.

Aquelas pessoas a golpeavam e chutavam sem piedade, ela já não tinha forças para completar uma única frase. Em posição fetal, ela agitava as mãos e os pés tentando defender-se e proteger-se.

Porém, sendo ela uma jovem de vinte anos, como poderia ser forte o suficiente para lutar contra aqueles homens altos e fortes?

Sem dúvidas, ela não tinha nenhuma possibilidade de contra-atacar.

"Quem são vocês? Por favor, deixe-me ir."

Não importava o quanto ela suplicasse, nenhum dos homens respondia.

O que ela não sabia era que Nina estava vendo tudo e sentia-se muito feliz com o que via.

Embora ela tivesse diferentes métodos para resolver problemas com as pessoas, ela gostava do que considerava o mais direto: agredir fisicamente.

Já que Isabella a tinha caluniado pelas costas, em troca ela lhe daria uma lição.

Dessa forma estariam empatadas.

De repente, Nina escutou vários senhores discutindo, então ela deixou o telefone de lado, ficou em pé e informou ao grupo de homens. "O que vocês estão fazendo? Parem agora mesmo!"

Os homens imediatamente deixaram de bater na garota e deram uma olhada em direção à Nina, antes de fugir o mais rápido que puderam.

Poderiam dar para aquela garota um prêmio de melhor atriz.

"Ouçam! Vocês vão fugir logo depois de bater nela?" Com uma piscada, Nina indicou aos homens que tinham que abandonar o lugar o quanto antes e correu até Isabella, que seguia chorando. "Nina, me ajude!" Isabella sentiu-se aliviada ao ouvir a voz de Nina.

Com metade do corpo ainda no saco, ela parecia uma mendiga ou um porco a ponto de ser sacrificado.

Vendo aquela cena, Nina quase soltou uma risada, porém teve que se controlar.

"Você está bem? Vou tirar você daqui o mais rápido possível." Depois de pronunciar essas palavras, Nina agachou-se para desatar o nó da corda que atava os braços e as pernas da sua "amiga", e agarrando a parte superior do saco usando as duas mãos, puxou o cabelo dela de propósito.

Como era de se esperar, Isabella gritou pela dor que sentiu. "Está doendo!" Doeu tanto que ela ficou pálida. "Você me machucou. Você poderia ter mais cuidado?"

"Claro, terei mais cuidado", respondeu Nina, embora não tivesse cumprido.

Ela não removeu o saco até escutar Isabella uivar de dor novamente. Ofegando em busca de ar, Isabella se deitou no chão. Apesar de que a metade do seu rosto estava coberto por seu cabelo bagunçado, era evidente que ela estava muito pálida.

Depois de pentear o cabelo, ela parecia uma pessoa completamente diferente.

Nina ficou em silêncio ao ver o rosto dela porque estava muito inchado.

Ela quase riu, pensando que os homens tinham feito um ótimo trabalho e por isso, daria a eles mais dinheiro do que o combinado.