Sentenciado - Trilogia destinos livros 2
img img Sentenciado - Trilogia destinos livros 2 img Capítulo 9 Não confio em você. 3.1
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Capítulo 21 Oi, Anjo! 7.4 img
Capítulo 22 O sonho. 8.1 img
Capítulo 23 Dona do próprio nariz. 8.2 img
Capítulo 24 A boate. 8.3 img
Capítulo 25 Peguei você. 8.4 img
Capítulo 26 Gravidez inesperada. 8.5 img
Capítulo 27 Depois da Balada. 9.1 img
Capítulo 28 Apenas umas noite. 9.2 img
Capítulo 29 O brinquedo é você. 9.3 img
Capítulo 30 Um descuido. 9.4 img
Capítulo 31 No dia seguinte. 10.1 img
Capítulo 32 Café da manhã com os amigos. 11.1 img
Capítulo 33 Fofoca com a amiga. 10.3 img
Capítulo 34 Passeio no Rio.10.4 img
Capítulo 35 Atração inevitável. 10.5 img
Capítulo 36 A volta para casa 11.1 img
Capítulo 37 Amigos que se pegam. 11.2 img
Capítulo 38 O jantar. 11.03 img
Capítulo 39 A ilha. 11.04 img
Capítulo 40 Vamos jogar! 11.05 img
Capítulo 41 Dois podem jogar este jogo! 12.1 img
Capítulo 42 Vamos à praia 12.02 img
Capítulo 43 Uma conversa na praia. 12.03 img
Capítulo 44 Por favor, não se apaixone por mim.12.04 img
Capítulo 45 Selando um acordo. 12.05 img
Capítulo 46 Insaciável. 12.06 img
Capítulo 47 Reflexão. 13.01 img
Capítulo 48 O Luau. 13.02 img
Capítulo 49 Muito bêbeda. 13.03 img
Capítulo 50 Sonho ou realidade 13.04 img
Capítulo 51 Uma manhã de ressaca. 14.1 img
Capítulo 52 Uma conversa mãe e filha. 14.02 img
Capítulo 53 Saudades. 14.03 img
Capítulo 54 Uma péssima ideia. 14.04 img
Capítulo 55 A aula acabou! 14.05 img
Capítulo 56 Ouvindo atrás da Porta. 15.01 img
Capítulo 57 Uma conversa dificil. 15.02 img
Capítulo 58 Estamos bem 15.03 img
Capítulo 59 Desejos. 16.01 img
Capítulo 60 Saudades. 16.02 img
Capítulo 61 Intimidade. 16.03 img
Capítulo 62 Ultimo dia na Ilha. 16.04 img
Capítulo 63 Lembranças. 17.1 img
Capítulo 64 Onde está a minha mãe ! 17.02 img
Capítulo 65 ACORDE!17.03 img
Capítulo 66 MEU PAI VOLTOU! 17.04 img
Capítulo 67 Apaixonada. 18.01 img
Capítulo 68 Perfeita pra mim. 18.02 img
Capítulo 69 Um pequeno acidente. 18.03 img
Capítulo 70 Volta para casa. 18.04 img
Capítulo 71 Decepção. 18.05 img
Capítulo 72 No caminho de volta. 19.01 img
Capítulo 73 Uma conversa difícil. 19.02 img
Capítulo 74 Não será fácil! 19.03 img
Capítulo 75 Acabou!19.04 img
Capítulo 76 De volta ao Trabalho! img
Capítulo 77 Uma boa motorista! 20.02 img
Capítulo 78 Depois de um tempo fora! 20.03 img
Capítulo 79 Uma ligação dificil! 20.04 img
Capítulo 80 Preciso ser forte! 21.01 img
Capítulo 81 Você está aqui. 21.02 img
Capítulo 82 Um momento de dor. 21.03 img
Capítulo 83 Pratos na mesa ( parte 1 ) 21.04 img
Capítulo 84 Pratos na mesa ( parte 2) 21.05 img
Capítulo 85 Impossível Esquecer. 22.01 img
Capítulo 86 Não consigo ficar sem você. 22.02 img
Capítulo 87 Nada é mais rápido quanto o tempo. 22.03 img
Capítulo 88 Preciso esquecer você. 22.04 img
Capítulo 89 Nós vamos embora! 22.05 img
Capítulo 90 Um Recomeço. 22.06 img
Capítulo 91 Tudo Mudou. 23.01 img
Capítulo 92 Faculdade. 23.02 img
Capítulo 93 Um homem atraente. 23.03 img
Capítulo 94 Um mico daqueles. 23.04 img
Capítulo 95 Pensamentos Traiçoeiros. 24.01 img
Capítulo 96 Ela Voltou! 24.02 img
Capítulo 97 Você vai me explicar o que aconteceu! 24.03 img
Capítulo 98 Um dia memorável. 23.04 img
Capítulo 99 Na boate. 23.05 img
Capítulo 100 Que saudades de você 23.04 img
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Capítulo 9 Não confio em você. 3.1

>>>>>FERNANDA<<<<<

São quase dez horas e eu não parei nem um segundo desde que cheguei no pub. Com o começo da Festa Feira tudo na cidade lota e aqui não seria diferente. É um entrar e sai de turistas e gente nova eu simplesmente amo isso. Conhecer gente nova, com um papo legal e com algo a acrescentar. Além de que beijar uns gatinhos não faz mal a ninguém.

- Daí Fer, cansada? - Meu melhor amigo Leonardo pergunta.

- Um pouco. Nossa está bem cheio hoje, né?!

- Espera abrir a Festa Feira para você ver! A única coisa boa são as horas extras que ganhamos. Dá pra fazer um bom pé de meia.

- Deus é mais! Estou precisando mesmo. - Pego minha bandeja e vou atender mais algumas mesas.

Anoto alguns pedidos sirvo algumas bebidas e vejo Felipe um amigo da minha irmã se aproximar até uma das mesas vazias, ele está acompanhado com alguns rapazes bem estranhos. Como a mesa na qual eles se sentaram sou eu que tenho que atender me dirijo até lá com meu bloquinho e caneta nas mãos.

- Olá, boa noite! Posso anotar o pedido de vocês?

- Olá, Fernanda. Não sabia que estava trabalhando aqui? - Sorri de um Jeito estranho.

- Pois é, comecei a poucos dias. Então o que irão pedir?

- E está gostando? Trabalhar em um bar me parece bem a sua praia. - Ri irônico. Felipe não é bobo ele já deve ter percebido que não gosto nem um pouquinho dele. Tudo nele grita falsidade.

- Na verdade estou adorando. E sim! Trabalhar é a minha praia. Não gosto e nem quero depender de ninguém.

- Você deveria ser menos arrisca comigo, Fer. Sou amigo da sua irmã. Pode trazer três cervejas. - Anoto o pedido. - Sorri.

- Vamos esclarecer uma coisa. Primeiro não te dei intimidade nenhuma para você me chamar por apelido. Segundo minha irmã pode até confiar em você, Felipe, mas a mim você não engana. Você cheira a encrenca a quilômetros de distância e o que eu puder fazer para minha irmã abrir os olhos com relação a você, acredite eu farei. - Saio deixando ele e seus amigos para trás. Assim que seu pedido chega peço para Léo ir entregar e não volto a ver Felipe novamente.

Sigo para casa cansada, mas feliz afinal hoje fiquei até um pouco mais tarde o que me rendeu uma boa grana extra. Estou juntando dinheiro para tirar a carteira de motorista quero dividir com Flora a responsabilidade de levar nosso pai nas consultas. Minha irmã tem apenas vinte e dois anos, precisa fazer algo além de ir para o trabalho, viver enfurnada no seu ateliê e levar meu pai ao médico.

Chego em casa e encontro minha irmã na cozinha. Apesar de sermos irmãs não poderíamos ser mais diferentes uma da outra, sou três anos mais nova que Flora mas as vezes parece que eu sou a mais velha. Eu nunca fui como minha irmã tímida, retraída, sensata...Racionalidade?! Este nunca foi meu forte. Eu sempre me arrisquei o máximo que podia, viver cada segundo sem arrependimentos sem lamentações, sempre foi meu lema.

Quando o meu pai teve o AVC que o deixou em uma cadeira de rodas, dificuldades de fala e outras várias sequelas, essa sede de vida veio com ainda mais força. Meu pai sempre foi nossa fortaleza e saber que ele se encontrava em uma situação totalmente a versa de tudo que estávamos imaginando, nos tirou o chão. Isso só me fez ter ainda mais vontade de viver. Ser como um dente de leão que quando assoprado segue a corrente do vento sem se apegar ao que ficou, só segue em frente se deixando ser levado pelo fluxo incontestável da vida.

As situações surgem para nos ensinar, nos mostrar o que será bom ou não no futuro. Ter sabedoria para enxergar o que nos causará uma dor desnecessária, que nos aprisionará em correntes invisíveis de sentimento até nobres, mas que nos farão sofrer e sangrar.

Foi assim entendi e aprendi a ser livre dessas amarras, antes, ser livre era um propósito, uma escolha, mas agora depois do que vi acontecer com meu pai, de como vejo minha mãe morrer em doses diárias a cada dia cuidando dele, isso se tornou minha necessidade.

Porque sei que não saberei amar pouco, não posso lidar com um sentimento dessa magnitude, talvez seja imatura ou talvez madura demais para saber que não sou capaz de me prender a um sentimento que tem poder de me levar do céu e ao inferno em segundos.

Dar seu coração a outra pessoa é confiar acima de tudo em você mesma no seu poder de reconstrução caso algo no caminho não dê certo como imaginou. Eu gosto de me arriscar, mas meu coração não faz parte desse jogo.

- Quer comer, Nanda? - Flora Questiona.

- Não, passarinho. Comi alguns petiscos no pub. Encontrei Felipe hoje lá.

- Sério?!

- Sim. Ele estava com alguns caras bem estranhos.

- Aí Nanda, não sei por que você implica tanto com ele. - Revira os olhos. - Ele foi o único amigo que fiz e até hoje sempre me tratou muito bem.

- Não sei, Flora. Ele tem algo estranho.

- Ai credo, Fernanda! Para de ficar vendo coisa onde não tem. - Se irrita então resolvo deixar pra lá.

- Ok, irmã! Vou tomar um banho e dormir, porque hoje eu estou só no pó. - Dou um beijo nela.

Passo pela sala vejo meu pai sentado em sua poltrona, ele está assistindo televisão. Flávia e Felícia minhas irmãs mais novas estão com ele, mas a impressão que dá é que pra ele não faz diferença assistir ou não, ele fica com um olhar melancólico vendo as duas rindo enquanto assistem um seriado na Tv.

Ultimamente ele anda triste e quieto demais. Fico de longe o observando e pego o momento que minha mãe chega na sala seus olhos viram em direção a ela e vejo um pequeno brilho diferente neles. Ela sorri pra ele que sorri de volta, minha mãe o trata com tanto carinho e amor, mas vejo quanto sofre por vê-lo debilitado. Ela simplesmente vive pra ele não se arruma, não se cuida. Meu coração dói toda vez que ouço seus choros escondidos depois que ela o coloca para dormir.

É difícil demais ver quem se ama padecer de algo que não se pode fazer nada. Nadar contra corrente é doloroso e cansativo. Percebo o quanto ela está se desgastando, o quanto está cansada, mas continua com o sorriso no rosto porque ela sabe que se ele a vir chorando ou qualquer sinal de cansaço ou sofrimento nela ele irá desistir. Então todos os dias depois que ele dorme, ela se senta em frente ao banco na frente de casa e chora. Coloca para fora tudo aquilo que a adoece por dentro dia após dia.

Eu desde que descobri isso, a observo de longe sem pode fazer nada.

As pessoas acreditam que o amor cura tudo e que ele é um sentimento que pode todas as coisas, mas infelizmente não é. As vezes o amor pode ser nocivo e destrutivo, mesmo quando se recebe amor de volta.

Fico alguns minutos observando minha família então sigo para o meu banho para depois finalmente ir descansar tentando deixar de lado esses pensamentos tristes porque amanhã é minha folga e dia de curtir o primeiro dia de festa feira.

            
            

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