Minha Esposa De Luxo
img img Minha Esposa De Luxo img Capítulo 2 Contrato
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Capítulo 6 Ataque de Víbora img
Capítulo 7 Assinatura img
Capítulo 8 Intuição img
Capítulo 9 Nova Vida img
Capítulo 10 O Começo img
Capítulo 11 Provocações img
Capítulo 12 Recusada pelo Marido img
Capítulo 13 Quarto Invadido img
Capítulo 14 Madame Bittencourt img
Capítulo 15 Esposa Troféu img
Capítulo 16 A Víbora do Jantar img
Capítulo 17 Vida de Aparências img
Capítulo 18 Massagem Quase Erótica img
Capítulo 19 Ressentimento Secreto img
Capítulo 20 Beijo Roubado img
Capítulo 21 Carinho Controverso img
Capítulo 22 Propriedades img
Capítulo 23 Familiares Desagradáveis img
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Capítulo 2 Contrato

Como resposta àquela afirmação maluca, eu dei uma risada baixa, observando o homem estranho e sedutor ao meu lado no banco de trás do carro.

Então, quando nem ele e nem o homem ao volante deram risada, fiquei tensa, e acabei engolindo o chiclete sem querer.

Havia poucas coisas que provocavam medo numa garota de programa. Homens que se demonstravam ser possessivos logo num primeiro momento era uma delas.

Porque tudo o que podíamos dar era algumas horas de prazer; não uma vida. Não um nome. E o que ele estava me propondo, era mais indecente do que pedir por um Ménage em público.

As piores tragédias já tinham acontecido com minhas colegas de profissão ao se envolver com homens daquele tipo, que pensavam poder comprar mais do que apenas o que havia entre nossas pernas. Um homem possessivo e rico era ainda pior. Nem mesmo cavar um buraco até o inferno nos protegia deles.

- Eu não estou entendendo - falei num tom submisso, embora já estivesse procurando por uma rota de fuga. Será que Suzie seria esperta o bastante para entender que o carro só não havia seguido caminho até o motel mais próximo por que eu estava enrascada? - Por que precisa se casar com tanta pressa?

- Isso não é da sua conta, infelizmente - disse o homem, abrindo um sorriso gelado, logo antes de apoiar um braço contra a própria porta e me deixar ver o relógio dourado que usava. Tudo o que ele tinha de bonito e rico, tinha de arrogante e assustador. - Apenas preciso que você se prepare para ir embora comigo. Você não vai continuar trabalhando essa noite, nem nunca mais. Não como prostituta.

Eu pisquei, aturdida.

- Ir embora? Para onde?

O homem deu de ombros, como se questionar suas ordens fosse o tipo de coisa que ele não estivesse muito acostumado.

- Não pode se casar comigo e continuar se prostituindo.

- Sim, mas, quem disse que vou me casar com você? - indaguei com um leve franzir de cenho.

- Eu disse - ele falou simplesmente.

Lentamente, uma das minhas mãos se colocou à procura da porta, buscando um meio de fugir dali antes que ele pudesse mesmo acelerar o maldito carro. Talvez se eu abrisse a porta e gritasse, Suzie pelo menos teria tempo para correr atrás de Ruan.

Era impossível que meu cafetão permitisse aquele tipo de coisa. Ele jamais abriria mão de alguma de suas garotas. Aquele homem rico se meteria em sérios problemas.

Quando alcancei a maçaneta com as pontas dos dedos, um estalo soou, e eu soube que com um único aperto de botão, o motorista tinha me selado dentro do carro.

O homem ao meu lado apenas inclinou a cabeça, parecendo se divertir com o pânico que certamente estaria visível em meus olhos.

Eu era uma mulher expressiva demais. E, naquele momento, era esperado que meu medo estivesse exposto demais.

- Por favor - pedi baixinho, já que não teria nem coragem e nem força o suficiente para encarar os dois homens. - Eu sou apenas uma garota comum. Estou apenas trabalhando dignamente como qualquer outra. Por favor, me deixe ir embora se não quiser o que tenho a oferecer.

- Meu amor, eu acabei de dizer o que quero de você - disse o homem, sorrindo com diversão maldosa. - E você não vai sair desse carro até que possamos acertar como é que tudo isso irá funcionar.

- Pelo amor de Deus - implorei, agora me virando para o motorista. Era culpa dele, afinal, já que tinha parado ao meu lado na calçada. Ele tinha me escolhido para qualquer que fosse o plano perverso daquele homem bonito. - Eu não quero me envolver em algo perigoso.

- Não há nada mais perigoso do que a sua profissão, Dayane - disse o homem ao meu lado, num tom de voz menos irritado do que antes. - Além do mais, você não tem motivos para se preocupar. Só preciso da sua assinatura, então sua vida terá mudado completamente do dia para a noite.

Eu o observei com olhos arregalados.

- Como você sabe meu nome?

O homem deu uma risada genuína. Aquele som me arrepiou mais do que receber um beijo naquele lugar. O motorista sequer me observou novamente, ainda ocupado demais observando a rua escura ou o painel do carro. Ele não iria me ajudar em nada.

Era apenas eu e o homem misterioso. Apenas nós e sua proposta sem cabimento.

- Eu sei tudo sobre você, meu amor - disse ele, entoando uma certa malícia naquele apelido besta. - Não costumo comprar nada antes de saber todos os detalhes que podem me ser favoráveis.

Novamente, aquela onda de medo passou por cima de mim, deixando minha boca seca.

- Comprar? Você me comprou? Como assim?

- Seu cafetão ofereceu um preço - ele disse, gesticulando com os ombros. - Então eu paguei. Agora você é minha.

Não pensei que meus olhos pudessem se arregalar ainda mais, no entanto, eles fizeram.

E me peguei realmente afundando naquele pânico. Ruan jamais venderia uma garota. Ele jamais perderia todos os lucros que ganhava conosco em cada noite.

Ainda mais uma garota como eu, que era relativamente nova naquela área, e sempre motivo de curiosidade dos novos clientes.

A menos que o valor fosse realmente bom o bastante para que ele nem mesmo pudesse reconsiderar. O carro daquele homem, o relógio de ouro em seu pulso, e o arrogante motorista que o servia, me dizia o bastante sobre ele ter tido notas o suficiente para pagar sem problemas por qualquer coisa que encontrasse de interessante em seu caminho.

- Não, eu não sou de ninguém - respondi com pânico total. Eu me virei para a porta, puxando a maçaneta e batendo na janela. Suzie estava encostada distraidamente contra a parede, ela nem se preocupava de que o carro ainda estivesse parado. Voltei a encarar o homem. - Eu quero sair daqui!

- Vamos sair - disse ele, então escutei o som de algo farfalhando, e voltei minha atenção para o motorista. Ele esticou um papel entre os bancos frontais, e o homem bonito pegou. - Depois que assinar nosso contrato de casamento, meu amor.

            
            

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