- Vem quero te mostrar a minha parte favorita da casa. - Me Puxou com cuidado para os fundos da casa. Saímos por uma porta de madeira fomos parar na laje de uma outra casa.
Aquele lugar funcionava como uma varanda, e tinha uma vista que eu chamaria facilmente de perfeita. No escuro da noite as luzes dos postes e das casas juntas formavam uma das imagens mais bonitas que já tinha visto.
- Nossa lucas.. isso e tão lindo...
- Eu amo vir aqui. Imagino se daqui tu acha lindo de lá da sua varanda e perfeito né!? - Perguntou se sentindo em um banco de madeira de três lugares.
- Da minha varanda só da para ver o lado dos nariz em pé. O lado das pessoas querem não se importa com as outras. O único lado que algumas pessoas insistem em ver.
- Morei aqui quase minha vida toda, não me envergonho de dizer minha origem. - Falou ajeitando o boné na cabeça.
- Eu adorei, melhor varanda de todas. - Sorri e continuei a olhar.
Ele chegou perto de mim e passou o braço em meu ombro, meu coração acelerou parecia que eu ia explodir, ele suspirou e disse.
- Quer ir embora ?
- Não, não aqui tá bom. Mas se quiser que eu vá, tudo bem.
- Pode ficar quanto tempo quiser. - Ele se aproximou segurando meu rosto e puxando para mais perto dele. Ele olhava no fundo de meus olhos e não falava uma palavra se quer.
Ele chegou mais perto até que conseguisse finalmente, fazer seus labios tocarem os meus. O beijo foi lento e ao mesmo tempo feroz, suas mãos ainda estavam no meu rosto.
Nos separamos para recuperar o fôlego perdido. Olhei pra ele e sorri, e ele fez o mesmo.
Ele me deu a mão e eu o acompanhei para sentar no banco. Ficamos ali banco por mais de meia hora, só aproveitando s sentindo o gosto um do outro.
Só percebi que era tarde quando de repente começou a clarear. E o sol foi aparecendo entre as nuvens.
- Bom acho que já está na minha hora. - Lucas não queria parar de me beijar e ficou resmungando.- Lucas eu tô falando sério eu tenho que ir mesmo. - Sorri e beijei seus labios.
- Tá. Você venceu - Revirou os olhos e se levantou.
- Me leva até o pé do morro? - Perguntei mesmo sabendo que ele não deixaria eu descer sozinha.
- Ta bom, vamos.
Ele me levou até a esquina do meu prédio, as luzes do meu apartamento já estavam apagadas, espero que meu pai não me encha e perguntas.
- Tchau. - Disse e dei um selinho nele.
- Te vejo depois. - Piscou pra mim e eu acabei para ele.
Quando eu subi agradeci a Deus por meu pai ainda estava dormindo, e fui direto para o meu quarto tomei um banho, troquei minha roupa e tentei dormi um pouco.
Acordei as 11:00 da manha, morrendo de dor de cabeça. Levantei e fui direto para o banheiro tomar aquele banho.
Quando saí fui preparar meu café da manhã, meu pai deixou um bilhete em cima da mesa de jantar.
" Tive uma reunião de emergência, volto mais tarde para conversamos. Já sei que você não dormiu em casa. Quero saber tudo o que aconteceu."
Aí droga to lascada. Nem tomei café, pulei logo para o almoço, fiquei a tarde toda jogada no sofá assistindo filmes.
Quando deu sete da noite decidi descer para ver se Lucas estava lá, e ele estava, lindo trabalhando.
- Oi, boa noite. - Sentei em um dos bancos.
- Oi Polly - Devolveu o sorriso.
- Muito trabalho?
- Hoje até que tá tranquilo. Conseguiu dormir quando chegou em casa?
- Sim, mais ainda me sinto bem cansada.
- É assim mesmo. Ainda tô moído. Segunda eu saiu mais cedo daqui. Quer dar uma volta? - Me convidou, fazendo alguns fogos serem lançados em meu estômago.
- Pode ser, que horas? - Perguntei.
- Umas sete da noite tá bom pra ti? Aí da tempo de eu ir em casa deixar a mochila.
- Por mim tudo bem. - Vi o carro do meu pai entrar na garagem do prédio, então percebi que já estava na minha hora. - Bom tenho que ir, a gente se fala. Me manda uma mensagem.
- Ok mando sim. - Ele veio até mim, e deu um beijo em minha testa.
Sai de lá e subi os últimos andares de escada. Para dar mais tempo de inventar uma desculpa. Mesmo sabendo que eu daria a mesma de sempre.
- Oi pai. - Ele estava sentado em um dos sofás, lendo um jornal.
- Pensei que já ti há fugido de novo.
- Eu não fugi pai. - Revirei os olhos.
- Onde você estava ontem Polyana? Eu fui no seu quarto era tres da manhã, ver se você estava passando mal, e eu não te encontro. Poxa, você só tem dezesseis anos, você ainda não se manda Polyana.
- Pai eu fui para casa da Mel.
- E porque não me avisou ?
- O senhor parecia estar bem ocupado.
- Não me venha com essas mocinha.
- Me desculpa pai eu só não queria ficar mais aqui. Com todas aquelas pessoas, que só estavam aqui por causa do Champagne. Eu estava de cabeça quente então chamei a Mel para dar uma volta e quando vi já estava tarde então fomos para o apartamento dela. Foi só isso pai.
- Eu espero que sim Poly. Eu vou confiar em você.
- Obrigada pai.
- Eu te amo querida.
- Eu também amo você pai. - Ele me beijou na testa e eu saí, direto para ir para o quarto.
Tranquei a porta e me joguei na cama. Me sentindo muito mal. Meu pai é a única coisa que eu tenho, e mentir para ele me deixa super mal.