Meu Vagabundo
img img Meu Vagabundo img Capítulo 8 cap.8
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Capítulo 8 cap.8

Vi João engolir seco e venho em nossa direção apreçado

- Meninas? Oque vocês estão fazendo aqui?

- Amor ela precisa falar com o Lucas.- Mel falou baixo, e fez ele perceber a gravidade.

- O.. é que o Lucas ta que meio ocupado agora.. - Ele disse coçando a cabeça.

Não sei o que me deu sai empurrando ele e entrei na casa sem me darem permissões, e não deveria ter feito isso, pois me arrependi assim que cheguei na sala.

No sofá tinha uma garota morena. E olhando melhor vi que era a mesma da foto que tinha visto há algumas semanas, ela tinha chupões por todo o pescoço, e ainda estava de roupas íntimas. Meus olhos já estavam marejados.

Do fim do corredor apareceu Lucas, sem camisa, apenas com uma bermuda táctil, sua barriga estava toda arranhada, provavelmente marcas feitas pela morena que estava a minha frente.

O Lucas me olhou surpreso e sem entender o que eu fazia ali.

- Lucas eu preciso falar com você. - Ignorei os olhares e fui direto ao ponto.

- Oque você quer com meu homi mona? - A morena bateu palma e rodou a cabeça. Eu continuei a ignorar e revirei os olhos.

- Eu não sou teu homem Paola. Mete o pé daqui, depois falo com você. - Ele arremessou um pano que eu diria ser o vestido da piriga.

- Você vai me trocar por essa branquela? Essa putinha mirim que deve ter uns 13 anos? - A voz fina dela estava me dando nos nervos.

- Já mandei tu embora garota. Mete o pé da minha casa Caraí.

A menina foi embora com sangue nos olhos. E passou por mim me olhando com ódio. E eu não estava nem ai. A menina saiu batendo a porta, nos deixando sozinhos na sala.

- Oque que tu ta fazendo aqui o Polyana? - Ele estava bem mudado, parecia mais magro, a voz também mudou. Seus olhos estavam vermelhos, não sei ao certo mais provavelmente ele estava sobre alguma droga. Apenas neguei com a cabeça.

- A gente precisa conversar.

- Acho melhor não. Me esquece, segue a sua vida, toma seus rumos. Não vou te levar a nada, já segui meu rumo também, e to na minha melhor forma.

- Eu não quero ficar com você, mas tem algo sério que nos dois precisamos conversar. - cheguei perto dele e o vi espumar. De fato esse não era o mesmo Lucas.

- Não caralho, não quero falar com tu. Deixa de ser chata garota fica se humilhando pra ficar comigo. Segue sua vida. - Gritou comigo.

- Cala boca seu idiota. Eu tenho que falar serio com você. - Aumentei meu tom de voz.

- Eu não quero saber Polyana. - Ele disse pausadamente. - Não quero mais nada com você. - O odio aumentou, e eu queria fazer ele engolir a própria língua.

- Vai se ferrar seu babaca. Eu não quero nada com você, seu idiota. Não vou te falar mais porra nenhuma, só espero que você não se arrependa depois, porque ai ser tarde de mais.- Virei as costa pra ele com intuito de sair dali, pois já estava passando mal, mas ele segurou meu braço fortemente me batendo contra parede brutalmente e me deu um forte tapa no rosto.

- Tu acha que é quem sua filha da puta? Pra me xingar assim? Tu ta maluca é? Você quer morrer, quer? - Ele disse gritando e me enforcando com as próprias mãos. Até que a porta da casa foi aberta.

- Oooh ooh ta maluco LC solta a menina caralho. Vai matar a garota na minha favela não. - Um carinha entrou no meio, empurrando Lucas para longe de mim, para enfim eu poder respirar novamente.

Passei a mão em meu pescoço onde certamente ficaria a marca mais tarde. Não estava acreditando no que via. Aquele não era o Lucas pelo qual eu era apaixonada.

-To suave jtê, eu já parei, to suave - Lucas disse, enquanto dava voltas pela sala sem rumo. O tal jtê veio até mim e me olhou nos olhos.

- Cê ta bem? - Perguntou, e mesmo sem olhar eu podia ver o olhar do Lucas me queimando. Eu estava com medo, medo de Lucas, medo de quem eu era apaixonada, ou sou ainda.

- Bem não estou mas eu vou ficar, obrigado. - Ajeitei a bolsa no braço e fui andando até a saida.

- Tem certeza? Não quer que eu te leve lá no pé? - O Carinha que me salvou insistiu.

- Não eu estou com uma amiga, obrigado.

Saí daquela casa desolada, amendrotada, nada saiu como eu gostaria. Se depender de mim Lucas nunca saberá do filho, ele não merece.

As lágrimas molhavam o meu rosto, e eu não me preocupei em limpar, só queria que a dor passasse, não só a física, mais também a interna.

- Poly você tá bem? Nós ouvimos a gritaria.

- Podemos ir?

- Poly? O que aconteceu?

- Podemos ir Mel? - Insisti querendo ir embora.

- Tá bom. Te ligo depois João.

- Parabéns Poly.

- Valeu João. O idiota não me deixou contar, será que...você poderia.. é.

- Não falar nada? Com toda certeza. Lucas não sabe o que faz a muito tempo, não sou eu quem vai colocar ele na linha. Não vou dizer nada, pode deixar. - Piscou pra mim, e deu um beijo em minha testa.

Dei o braço a Mel e descemos o morro em silêncio, assim como o caminho para casa.

Eu não ia contar para o Lucas sobre a gravidez. Ele nunca saberia sobre essa criança. E eu também não posso ficar aqui e correr o risco dele vir atrás de mim. Eu preciso ir embora.

            
            

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