A Madrasta e o CEO
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Capítulo 5 Capitulo 5

Então, antes mesmo de terminar o curso, eu já estava assumindo cargos e me inteirando do funcionamento da empresa. Sabendo que logo teria que tomar as rédeas, sabendo que teria que ocupar a cadeira de CEO bem antes do esperado.

Formei-me em administração, com méritos, aos 23 anos. Estudei muito e esforcei-me para ser o melhor da sala, para ser destaque em minha turma.

Mas não posso afirmar que meu foco total estava em estudar, que não aproveitava a vida como um jovem qualquer da minha idade.

Meu esforço no estudo jamais me impediu de curtir as noitadas, sempre em finais de semana claro, mas sempre fui figurinha carimbada nas noites paulistas.

Aproveitei tudo que o dinheiro, meu sobrenome e minha aparência tinham a oferecer. Talvez exagerando em algumas situações, envolvendo-me em orgias e todo tipo de situação que não pode ser sequer lembrado à luz do dia, mas valeu a pena, aproveitei meu status de universitário com tudo o que tinha direito.

E mesmo com toda a responsabilidade que carrego atualmente, nada disso me impede de aproveitar as coisas boas da vida.

Nada me impede de beber, de curtir e de foder lindas mulheres, não necessariamente nesta ordem, mas nada me faz abrir mão deste pacote.

Vejo essa necessidade como forma de extrapolar todo o peso que tenho em minhas costas. Vejo tudo isso como forma de me libertar da pressão que tenho sobre mim, desde a adolescência.

Sempre fui talhado para administrar a empresa, para manter minha família no patamar social que sempre ocupou, para ser capaz de manter todos os luxos e futilidades a que são acostumados.

Desde que me entendo por gente soube o que esperavam de mim, até mesmo que um dia teria que me casar com alguém do meu meio social e que esse casamento seria um acontecimento vantajoso para os Martins.

E assim acontecerá. Não vale a pena me rebelar.

Em nosso meio acontece assim, por gerações e gerações. Talvez por isso tenha tantos divórcios. Ou tantas traições.

Talvez tenha me tornado um cínico. Talvez somente alguém tão cético poderia achar vantajoso um enlace deste tipo. Mas é o que seguramente me tornei.

Quando comecei a ser fotografado com mulheres, em situações constrangedoras, fui chamado para uma conversa um tanto tardia sobre proteção e a importância de não trazer um bastardo ao mundo. A importância de associar nosso sobrenome a outro de peso.

De pronto entendi o ponto de vista dos meus pais e, de certa forma, concordei sobre a necessidade de deixar nosso patrimônio seguro de possíveis golpistas.

Meus pais sequer cogitaram a possibilidade de eu me apaixonar. Talvez tenham percebido que para alguém tão descrente como eu, alguém tão parecido com eles, isso estava muito fora de cogitação.

Consegui assim evitar cobranças e temores futuros e tenho a promessa de sossegar aos 30 anos de vida. Idade mais do que suficiente para comer quantas bocetas for capaz, idade mais que suficiente para tentar aquietar meu facho.

E não irei quebrar minha promessa. Quando atingir a idade combinada, autorizarei minha mãe a buscar, dentre as filhas de suas amigas socialites, a mais linda e gostosa, capaz de ser esposa do CEO da Láctea do Brasil.

E infelizmente se ela não conseguir me satisfazer totalmente, não sei se serei capaz de manter meu voto de fidelidade, não quando não me sentir totalmente satisfeito entre quatro paredes.

Isso é mais comum do que se pensa, e acontece até de comum acordo.

Quando não se ama, certas coisas se tornam irrelevantes, ainda mais quando se busca sensações que somente um sexo de boa qualidade é capaz de proporcionar.

Torço para que a mulher que levar meu sobrenome seja compatível sexualmente comigo, torço para que tenhamos química, porque do contrário infelizmente não haverá fidelidade, pelo menos não da minha parte.

Estava tão absorto em meus pensamentos que mal percebi quando cheguei à casa dos meus pais.

Mesmo morando sozinho em uma cobertura com tudo de melhor que o dinheiro pode pagar, sempre apareço por aqui, após o expediente e acabo invariavelmente ficando para o jantar. Mas durante o final de semana eles sequer têm notícias minhas, a não ser que me exceda muito e seja noticiado pelos meios de comunicações.

Rio comigo mesmo. Apesar de ser um renomado e respeitado empresário, meu lado cafajeste jamais consegue ficar totalmente oculto. Em mais situações do que as recomendáveis, ele sempre aflora.

Isso me faz sorrir. E meu sorriso só aumenta quando a vejo.

Vindo em minha direção, não necessariamente para mim, mas um pobre homem pode fantasiar, mesmo que somente de vez em quando.

Já sabia que estava frequentando a casa dos meus pais, pois uma noite dessas mamãe discorreu sem cessar sobre as más amizades de minha irmã Cibely e como ela sempre se envolve com os piores tipos de gente, palavras dela, não minhas.

Claro que por ser amigo de Alexandre Rodrigues, sei quem é a nova amiga da minha irmã.

A filha do namorado da mãe de Alexandre, a menina que ocupa a contragosto a mansão de Virgínia Rodrigues.

Clara é o seu nome. Assim que a vi tive que perguntar como se chamava, foi mais forte do que eu.

E mesmo tendo a personalidade tão diversa da minha, estando sempre calada e porque não dizer melancólica, chamou minha atenção tão logo coloquei meus olhos sobre ela.

Não que a queira em minha cama ou algo do tipo. Porra, quando conheci a garota, ela sequer estava na faculdade, novinha demais para qualquer pretensão minha.

Agora sei que já está na universidade, mas não por isso menos inocente.

Seu olhar fala tudo. Entrega sua inocência e porque não suas ilusões românticas. A moça tem cara de quem busca um conto de fadas e estou muito distante deste tipo de aspiração.

Mas isso não me impediu de verificar o material.

Pernas longas e torneadas, quadril arredondado, bunda empinada e que faz o homem babar em qualquer peça que a maldita usar.

E seus atributos não param por aí. Sua cintura fininha e seus seios sempre apontando para cima, são como se diz, um chamado para o pecado.

E se o corpo é capaz de deixar qualquer homem com sangue nas veias ensandecido, sua face faz mais do que jus ao conjunto.

O cabelo de um loiro natural, tão claro que causa encantamento, a boca rosada naturalmente, o nariz levemente arrebitado em uma face que não pode ser descrita como menos que uma obra de arte.

Mas são seus olhos que me prenderam a atenção instantaneamente. Verdes, de um tom que jamais vi, tão expressivos, que fizeram indiretamente um apelo que me deixou cativo, senão de tê-la ao menos de olhá-la. De fitá-la sem cessar.

Parei conscientemente de frequentar a casa de Alexandre, tive medo que meu interesse em olhá-la fosse percebido. Tive medo de não ser forte o suficiente para conter meus instintos.

Mas quis o destino que fizesse amizade com minha irmã. Longe dos olhares de águia de Virgínia. Longe das intenções casamenteiras que a mesma alimenta em relação à sua filha Bianca.

E agora, como uma caloura que é, acho que já dei o desconto que outrora merecia. Acho que já está mais do que na hora de ela saber que os contos de fadas estão mais do que distantes da vida real.

E que o desejo é muito mais gratificante do que qualquer pretenso sentimento que a mídia inventou para vender seus produtos no dia dos namorados e em datas similares.

Decidi que estou mais do que disposto a mostrar o que de verdade move todo e qualquer relacionamento. Resolvi que chegou a hora da doce Clara descobrir um pouco mais sobre as emoções humanas e que as relações carnais são muito mais satisfatórias do que qualquer pensamento distorcido sobre um sentimento que acredito nem existir.

                         

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