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Acabei indo embora, após dona Lídia voltar com um prato de comida e um copo de suco.
Ao me ver ali ainda, seu olhar deixou claro que já estava mais do que na hora de eu ir embora.
Então, mesmo a contragosto da tia, Marco se levantou e me acompanhou até o portão.
- Eu volto - digo me inclinando sobre ele, o beijando novamente.
- Vou tá aqui ti esperando - Dou um meio sorriso, andando por fim em direção do meu carro.
Enquanto dirijo de volta para o Complexo do Alemão, me sinto leve. Parecia que havia tirado um peso das minhas costas, renovado minhas energias.
Por causa do fim de tarde, o trânsito estava caótico, fazendo com que demorasse o dobro do tempo para chegar em casa.
Quando finalmente cheguei, encontrei Lidiane na cozinha. De costas para mim na pia, percebeu quando me aproximei, entrando na cozinha, entretanto, não se virou.
- Cheguei.
- Você tem visita - diz séria, continuando a lavar a louça na pia.
Giro meus calcanhares, indo em direção da escada.
Antes de abrir a porta do meu quarto, respiro fundo, já sabendo o quê me esperava atrás daquela porta.
A porta abre num ruído baixo, sentado na minha cama estava André, com o mesmo olhar ansioso de sempre.
- Não lembro de ter dito pra vir.
- Pensei que era pra sempre tá disponível pra você.
- Só quando eu ligasse.
- Então só atendo seus desenho? - Ele levanta - E os meus?
Sorrio debochada, inclinando a cabeça para o lado, notando ele tirar de trás das costas uma espécie de chicote.
Ele como ninguém, sabia que eu gostava de implementar na hora do sexo, variar. Mas incrível que pareça, naquele momento, não sentia vontade alguma de transar.
- André?
- Vire-se. - As palavras saíram em tom ríspido, conseguindo me assustar pela primeira vez - Agora.
Hesito por um momento, acabando por me virar de costas.
- De joelhos.
Ficou de quatro e viro a cabeça para olhar para ele, esperando mais instruções.
Se ele queria brincar. Iríamos brincar. Sabia que a minha obediência aumentou o desejo dele, a vontade desesperada de me possuir.
A posição em que estava exibia a minha bunda e deixava exposta minha boceta. Olho com atenção abaixo do umbigo dele, notando seu pênis inchar ainda mais.
Sua postura, deixava claro que queria me devorar, reclamar cada centímetro de meu corpo. Seus músculos ficaram tensos e, quase sem pensar, ele movi o açoite, deixando que o couro mordesse minha pele macia da minha bunda.
Grito, fechando os olhos ao enrijecer meu corpo.
A escuridão dentro de mim assumi o
controle, acabando com todos os traços de pensamento racional.
Observo, quase como se estivesse distante, quando o açoite me atingiu repetidamente, deixando marcas rosadas e riscos vermelhos em suas costas, nádegas e coxas.
Me encolho nos primeiros golpes, gritando de
dor, mas, quando encontro o ritmo, meu corpo começa a relaxar, esperando em vez de resistir. Os gritos ficam mais suaves e as dobras da minha boceta começa a brilhar com a umidade.
Respondo ao açoitamento como se fosse uma carícia sensual.
André larga o açoite e se aproxima, passando o braço
direito sob meus quadris para me puxar na sua direção. O pênis pressiona minha entrada e gemo ao sentir o calor úmido contra a ponta dele, revestindo-o de uma umidade cremosa. Gemo, arqueando as costas, ele me penetra, forçando minha carne a o envolver.
Minha boceta estava incrivelmente apertada e os músculos internos o apertavam como um punho. Não importava a frequência com que ele trepava comigo, cada vez era nova de alguma forma e as sensações eram mais ricas na minha lembrança.
Ele poderia ficar dentro de mim para sempre, sentindo sua maciez, seu calor úmido. Mas não podia. A necessidade primitiva de me mover, de ajudá-lo a me foder, era forte demais para ser negada. Meu coração batia com força e meu corpo pulsava com uma necessidade selvagem.
Fico imóvel pelo tempo que consegui e, em seguida, comecei a me mover, com cada investida fazendo com que minha bunda encostasse em sua virilha.
Gemo com cada investida, apertando-se em volta do pênis, e as sensações se acumularam, intensificando-se até um nível intolerável. Minha pele se arrepiou com a proximidade do orgasmo e comecei a investir mais depressa, com mais força, até sentir as contrações dela quando a minha boceta se contraiu repetidamente em dele e André grita meu nome.
Foi a gota d'água. O orgasmo que eu estivera contendo me invadiu com uma força intensa e
explodi ao redor dele com um gemido rouco. O prazer incrível invadiu meu corpo. Era uma sensação diferente de tudo, um êxtase que ia muito além da satisfação física. Era algo que eu só senti com André.
E algo que eu só sentiria com André.
Respirando pesadamente, me afastei dele, deixando que ele caísse sobre a cama.
Em seguida, deitei ao lado dele, me virando para ele, sabendo que precisava de ternura depois da brutalidade.
E, de certa forma, eu também precisava. Precisava ser reconfortada, ligá-lo a mim quando estava mais vulnerável para que pudesse garantir que continuasse com sua devoção.
Talvez fosse algo feito a sangue frio, mas eu não deixava coisas importantes como aquela ao acaso.
Ele se virou para mim e enterra o rosto em meu pescoço. Sua respiração continua pesada.
- Me abraça, Antônia- Ele pede num sussurro. Franzo o cenho incrédula, tendo o rosto de Marco vindo neste momento em minha mente.
Apesar de tudo. Eu o abraço.
Eu sempre o abraçaria, não importava o que acontecesse. Pois me identificava muitas vezes com ele. Com os medos que já tive e com o desejo de querer ter uma vida mais digna, confortável.
Porém, se continuasse por aquele caminho, as coisas não acabariam bem. Assim como sentia, que não acabariam bem pra mim.
E não era justo, puxar ele junto comigo.
Também havia o Marco e dessa vez tomaria a decisão certa.
- A gente não pode continuar com isso - murmuro.
Por alguns segundos, André fica em silêncio, imóvel. Até sua respiração se torna amena.
Se sentando, sustenta meu olhar, a expressão completamente perdida.
- Por quê tá dizendo isso? - Seu tom de voz era baixo.
- Desde o início deixei claro que você só estava na minha cama por causa da foda - Lembro - E acho que as coisas já estão saindo do controle.
A carência dele poderia por tudo a perder.
- Nós dois somos solteiros - diz levantando - Não vejo problema em...
- Mas eu vejo! - Interrompo, minha voz soando ríspida - Pra mim você é como os outros. Só isso - Levantando, passo por ele, entrando no banheiro, pedindo mentalmente que quando eu saísse dali, ele não estivesse mais.
Não queria ser responsável pela ruína dele.
Ainda no banheiro, tomo banho, bem demorado, refletindo se havia tomado a decisão certa.
Quando saio do banheiro, não o encontro mais no quarto, apenas seu perfume que havia se impregnado de tal forma em meu quarto que, mesmo eu tirando os lençóis para lavar e deixando a janela aberta, o cheiro não saia do meu quarto, continuava lá, como um lembrete. Me lembrando de André.
Vestida em um vestido, saio do quarto, encontrando Lidiane na sala com um prato de cuscuz e carne seca.
Ela mantém os olhos fixos na tv, o quê me faz ir até a cozinha. Chegando lá, para minha surpresa, Lidiane não havia deixado cuscuz para mim e só havia o óleo que havia fritado a carne.
- Por quê não deixou um pouco para mim? - questiono ai voltar para a sala.
Não obtenho uma resposta.
Há alguns meses, o humor de Lidiane variava constantemente, principalmente quando não supria suas expectativas.
Ela sabia o quanto eu gostava de cuscuz, principalmente com carne seca.
Resolvo não dizer mais nada, invés disso, volto para a cozinha, abrindo a geladeira sem saber o quê comeria, mesmo sentindo meu estômago roncar.