Mãe de Primeira Viagem - Especial das mães
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Capítulo 4 4

A única pessoa que Analise amava mais do que Lianne era o seu marido. E, de vez em quando, Lianne quase desejava que ele não tivesse aparecido. Quase. Sua irmã estava muito feliz com o casamento, e era isso o que Lianne invejava.

Se Lianne tivesse se casado há cinco anos, ela teria uma criança agora. Algumas vezes, ela se perguntava por que Analise ainda não havia tido filhos. A resposta para essa questão, '"Eles não estavam prontos", parecia vaga. Mas Lianne nunca a pressionara sobre o assunto. Todos têm o seu próprio tempo. Lianne sempre planejou constituir uma família grande. Ela amava feriados e aniversários com sua família. A proximidade, o amor, a sensação de que sempre haveria alguém para apoiá-la.

Lianne tinha procurado deliberadamente construir uma carreira bem-sucedida antes de se preparar para um casamento e uma família. Agora parecia que o tempo havia se esgotado.

Ela repousou o edredom sobre uma das cadeiras em madeira ao redor da larga mesa da cozinha. Era hora de preparar algo para o jantar. Esta noite, ela iria apenas esquentar uma sopa e fazer algumas torradas. Lianne não estava faminta, mas sabia que precisava se alimentar.

As coisas iriam parecer melhores na manhã seguinte, como sua avó sempre costumava dizer.

Lianne não sabia como, mas esperava que sim.

Traynor Elliott recolocou o fone na base, sentindo-se chocado com a reação de sua experiente analista, que normalmente se mostrava calma. Lianne havia trabalhado para ele durante os últimos cinco anos. Ele apenas a vira furiosa o bastante para gritar duas vezes. O que acionara esse episódio?, Tray refletiu sobre os últimos dias. Ele não tinha sido mais rígido no trabalho do que costumava ser. Então não poderia ser isso.

Na verdade, se alguém lhe perguntasse, ele diria que eles possuíam um ótimo relacionamento. E ele contava mais com ela do que com qualquer outra analista para lhe dar algum bom conselho.

Tray se ergueu da poltrona, desceu o corredor e espiou a sala de Lianne. Organizada, como sempre. Ele contava com ela para ter a informação que quisesse e quando a quisesse. Estava acostumado com o fato de Lianne estar sempre por perto quando precisasse. Isso não era típico dela. Agora ele teria que encontrar Jenny e ver se ela poderia localizar o arquivo. E quem sabe lhe dar alguma informação sobre o que estava acontecendo com Lianne.

Acomodada à mesa de trabalho, a jovem estava digitando um relatório de um dos agentes da empresa. Ela ergueu o rosto quando Tray aproximou-se da mesa e quase fez uma careta antes de dar-lhe um sorriso artificial.

-O que posso fazer por você? -Jenny indagou.

-Estou procurando a pasta dos Schribner. -disse Tray.

-Oh, Deus. Eu me lembro de ter visto essa pasta por aqui. -Jenny ergueu-se da poltrona e começou a revirar a pilha de pastas em sua mesa.

-Lianne estava trabalhando nisso, assegurando-se de que tudo estivesse pronto, porque você iria se encontrar com eles, e ela queria que você tivesse todas as informações em mãos -Jenny murmurou enquanto remexia em outra pilha de pastas. -Aqui está! -ela exclamou e entregou a grossa pasta a ele.

Tray apanhou a pasta e saiu da sala. Ao menos, uma coisa havia dado certo neste dia. Onde diabos estava Liane? Ela não havia pedido um tempo para tirar férias. E não estava alegando licença médica.

Será que havia algo errado com alguém da família dela? Ele não sabia muito sobre a vida pessoal de Lianne, apenas que a família viera de Maryland, e ela possuía mais irmãos e irmãs que qualquer outra pessoa que ele conhecia.

Tray voltou a se acomodar à sua mesa de trabalho e abriu a pasta. Sua curiosidade sobre Lianne e o estranho comportamento dela não iria permitir que ele se concentrasse no material. Se ela estivesse doente, não teria dito algo? Normalmente ele sabia sobre a agenda dela tão bem quanto sabia sobre a sua... E vice-versa.

Tray tentou telefonar para ela novamente. Contudo, a ligação caiu direto na caixa-postal. Ele praguejou baixinho e desligou o aparelho.

Dez minutos depois, Tray fechou a pasta dos Schribner e se ergueu da poltrona. Sua empresa de segurança era especializada em manter as pessoas protegidas, principalmente quando se tratava de viagens para locais perigosos. Os agentes designados para proteger os Schribner poderiam lidar com a situação. Tray iria tentar localizar Lianne mais uma vez e depois dar o dia por encerrado. Talvez ele despendesse algum tempo na academia. O exercício o esgotava o bastante para que ele conseguisse dormir à noite.

            
            

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