Mãe de Primeira Viagem - Especial das mães
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Capítulo 5 5

Tray havia dado carona para Liane algumas vezes durante os anos. O edifício em que ela residia ficava próximo de Key Bridge. Ele nunca estivera no interior do apartamento dela. Ao entrar no prédio agora, Tray notou que a arquitetura era tão indescritível quanto a maioria dos edifícios modernos. O silencioso elevador rapidamente o levou ao andar de Lianne. Tray tocou a campainha do apartamento, mas não obteve resposta. Ele se recostou contra a porta a fim de ouvir algum som, nas não conseguiu ouvir nada. Depois tentou telefonar para o celular dela novamente. Sem serviço. Onde ela estava?

Após apreciar a sopa, Lianne leu com atenção os títulos dos livros que estavam nas prateleiras. Ela já havia lido todos eles por mais de uma vez. Mas nem mesmo a leitura conseguiria prender sua atenção neste dia. Pensou em ir para a cama, mas ainda era cedo... Embora a noite já tivesse caído. Suspirando suavemente, ela apanhou o telefone e discou para a irmã. Hora de contar a Analice o que estava acontecendo.

Lianne se sentiu melhor depois da conversa que as duas tiveram. Sua irmã gêmea estivera tão chocada com a notícia quanto ela e queria pular no carro e dirigir direto para a casa de praia, mas Lianne a convencera de que conversar ao telefone era o suficiente. Depois a irmã sugerira uma dúzia de cenários diferentes, e Lianne ficava miraculosamente curada em todos eles.

Quando desgastaram as opções, as duas tiveram uma conversa franca.

-Eu queria constituir uma família um dia, como a nossa -Lianne disse a ela. -Você consegue imaginar a vida sem filhos por perto, avôs, tias e tios?

-Na verdade, eu consigo. E isso o que eu e Dominic temos.

-Mas, se você quiser filhos, ao menos está casada. Eu nem mesmo estou saindo com alguém -observara Lianne.

-Isso é porque você está muito envolvida com Tray.

-Não estou envolvida com o meu chefe -ela se apressara em negar.

Imediatamente, a imagem de Tray surgiu em sua mente... Alto, com cabelo castanho-escuro e um corpo de tirar o fôlego. Ele virava a cabeça de muitas mulheres, mas nunca se acomodara com nenhuma. Liane sabia da concentração dele no trabalho. A seriedade no brilho dos olhos dele enquanto revisava os relatórios. Os momentos em que percorria a mão entre o cabelo quando se sentia frustrado. A risada dele se os dois fizessem um intervalo e pedissem uma pizza enquanto ficavam no escritório até tarde por causa de uma crise.

-Não dessa forma, bobinha. Quero dizer que você está muito envolvida no trabalho. Você é mais viciada no trabalho do que Dominic. Estou surpresa que você não esteja no trabalho neste momento.

-Agora você está sendo boba. Eu não fico no escritório o tempo todo. -Ela dera uma pausa. -Eu gosto do que faço. Pensei que pudesse ter a minha carreira por mais algum tempo antes de me casar e começar uma família. -Lianne falara pensativa.

-Bem, você iria gostar de encontrar alguém que tenha muito em comum e se apaixonar. Estabeleça alguns limites... Deixe Tray saber que você pode trabalhar apenas durante oito horas por dia e não vinte e quatro. Você tem tempo. Apenas não tanto quanto pensava. A médica não disse que você terá que dar entrada no hospital na próxima semana.

-Mas ela disse que não irá demorar muito tempo. Sempre há tanta coisa a ser feita no escritório... Os negócios continuam se expandindo enquanto a reputação de Tray aumenta. Ele realmente está provendo um ótimo serviço com resultados fabulosos.

-Ótimo, ele pode contratar mais ajuda se os negócios estão expandindo. Deixe-o cuidar disso. Sua próxima missão é encontrar um marido, se casar e começar uma família. -falara Analise.

Lianne suspirara.

-Isso soa tão calculado. Hoje em dia uma mulher não precisa estar realmente casada para ter um bebê. -Ela sempre pensara que iria se apaixonar, como a sua irmã gêmea, com um homem que fosse perfeito para ela, um que também quisesse uma grande família.

-Você não está pensando em um banco de esperma, está? -Analice indagara, e a incredulidade estava evidente do outro lado da linha.

-Não. Eu não consigo me imaginar educando uma criança sozinha. E, antes que você diga uma palavra, eu sei que você iria me apoiar, assim como o restante da família. Mas eu quero que o meu bebê tenha um pai. Você consegue imaginar nossas vidas sem o papai? Não seria justo com uma criança, trazê-la deliberadamente ao mundo sem um pai.

-Você tem cinco irmãos, cada um deles seria um ótimo pai. Dominic também seria.

-Não é a mesma coisa que ter o seu próprio pai. E, mesmo que eu não me casasse com o pai do bebê, eu iria querer um homem para fazer parte da vida da criança para sempre.

-Mesmo as mulheres que se apaixonam e se casam não têm essa garantia -falara Analice.

-De qualquer forma, é isso o que eu quero.

A irmã ficara calada por um instante.

-Acho que vale a pena arriscar. Talvez você se apaixone por um homem, se case e acabe tendo uma dúzia de filhos.

-Ou talvez eu apenas encontre alguém que eu goste realmente, que será um bom pai e queira um bebê sem todos os laços e obrigações de um casamento -Lianne declarara pensativa. -Quero dizer, o quanto eu realmente desejo ficar presa a um casamento? Eu estaria sempre por perto do bebê, mas ainda quero continuar trabalhando. E se um marido não quiser isso? -Ela nem mesmo queria pensar sobre desistir de sua carreira.

-Laços e obrigações são necessários com uma criança -observara Analise. -E você é forte o bastante para cuidar de si mesma, não importa se estiver casada ou não.

-Você está certa. Ainda assim, eu terei que escolher um pai com cuidado, aconteça o que acontecer.

Lianne acordou cedo na manhã seguinte. O sol estava surgindo sobre o horizonte, debaixo das nuvens que estavam se dissipando rapidamente.

Ela esperava que esse dia fosse melhor do que o anterior, mas a dor que a despertou não parecia ser muito promissora. Ficar mais um dia na casa de praia significava que ela teria que visitar uma das mercearias. Porém Lianne não se sentia disposta a sair de casa. Resmungando, ela se encolheu na cama, abraçando os joelhos.

Uma hora depois, Liane despertou, sentindo-se péssima. Erguendo-se da cama, ela rumou para o toalete e tomou as pílulas que a médica havia lhe prescrito. Após alguns minutos, voltou para o quarto, mas, antes que pudesse alcançar o cômodo, alguém bateu à porta da frente.

Ao abrir a porta, Lianne vislumbrou Tray Elliott parado à entrada, observando-a com atenção. A expressão do rosto másculo era indecifrável. Ele vestia um terno, e a gravata estava afrouxada. Ainda não havia se barbeado naquela manhã, e a sombra da barba o fazia parecer mais rígido e másculo do que o normal.

-O que você está fazendo aqui? -Lianne indagou.

-Eu precisava vê-la.

-Como encontrou esse lugar?

-É uma história interessante -ele respondeu, observando o traje que ela vestia. -Você acabou de acordar ou estava indo para a cama?

            
            

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