Capítulo 4 Sede da Mafia

Narrador: Uma semana já se passou e Tainá ainda não se acostumou com a grandeza do lugar, alguns dos funcionários a tratavam bem, e lhe chamava de senhorita Borboleta, outros funcionários lhe olhavam com desprezo, pois o Don nunca tinha trazido alguém fora da família para sede, e a chamavam de"A Estrangeira" entre eles, com ordem do Don ninguém poderia perguntar nada a ela sobre como foi parar na sede, o'que aumentava a curiosidade deles.

Giovanni: (Com um sorriso) Olá Borboleta, bom dia. Você dormiu bem ?

Tainá: Oi, bom dia, dormi sim. Obrigado.

Giovanni: Se precisar de qualquer coisa pode pedir ao Marco que ele providenciará.

Tainá: Não preciso de nada, mas obrigado.

Narrador: Marco era seu conselheiro e braço direito do Don. Andando pela casa Tainá ouvia muita coisa, algumas conversas eram um pouco suspeitas, ela era muito esperta, mas não se envolvia, não queria arrumar problema, mas uma conversa lhe chamou atenção, os funcionários não perceberam que Tainá estava escutando.

Funcionário 01: Quero ver oque o Salvatore fará quando descobrir que o pai dele colocou uma estrangeira no quarto da irmã.

Funcionário 02: Não se mete nisso, você vai arrumar problema.

Funcionário 03: ** Funcionário 01, tem razão, ninguém sabe de onde a tal Borboleta vem, ela não fala nem o nome dela, e o Don colocou ela aqui dentro.

Funcionário 02: Se você está incomodada vá reclamar com o Don, vamos ver o que ele fará com você por se meter no que não deve.

Tainá: (Em seus pensamentos) Então, o álbum de foto que achei, é da filha do Don.

Narrador: Tainá tinha achado na gaveta da cômoda em seu quarto, fotos de uma moça que aparentava ter a idade dela, mas não falou nada com ninguém pois não tinha nada a ver com ela, até agora, pelo que os funcionários descreveram de Salvatore, ele parecia assustador, e ela ficou com medo de arrumar problema.

**Toc, Toc..

Narrador: Alguém bate na porta de seu quarto.

Tainá: Pode entrar.

Narrador: Ela nem perguntava quem era, pois nem todos podiam andar pela casa, então seria alguém importante.

Giovanni: Se arrume, vou te levar a um lugar.

Narrador: Sem responder, Tainá fica olhando para ele com as fotos na mão.

Giovanni: Onde você conseguiu isso?

Tainá: Estava aqui na gaveta, desculpa mexer eu estava arrumando. Mas eu escutei pela casa que estou ocupando o quarto da sua filha, não quero arrumar problemas, eu posso dormir no quarto dos empregados.

Narrador: Giovanni se senta do lado dela na cama, pega as fotos da sua mão e começa a admirá-las.

Giovanni: Ela é linda né (os seus olhos começam a lacrimejar). Não se preocupe, ela não voltará, poder ficar aqui tranquila.

Tainá: Porque ? Vocês brigaram ?

Narrador: Giovanni, respirou fundo, e olhou para Tainá, sem saber oque responder. Tainá não via um Don, chefe da máfia na sua frente, mas um homem que sofria muito.

Giovanni: (Olhando a foto) O nome dela é Anna, ela nunca se envolveu nos assuntos da máfia, queria trabalhar com moda, ela adorava isso, tratava todos igualmente, era muito gentil, no aniversário dela íamos almoçar no restaurante que ela gostava, surgiu um imprevisto na hora de sairmos, pedi que ela e Lúcia minha esposa que fossem na frente, eu e Salvatore íamos resolver o problema e encontrarmos com elas no restaurante. Mas o carro explodiu quando o motorista ligou o carro.

Narrador: Giovanni não conseguiu se controlar, e acabou chorando. Tainá sentiu a dor que ele carregava, e começou acariciar as costas do Don tentando o confortar.

Giovanni: Achei o traidor que colocou a bomba no carro, ele pagou pelo que fez com minha família, mas não entregou o mandante, eu nunca soube quem fez isso, temos tantos inimigos que é até difícil saber quem foi. Quando você me pediu para te matar o dia que te salvei, lembrei da Anna, você parece ter a idade dela, por isso decidi trazer você para cá.

Narrador: Giovanni se levantou para sair e Tainá pediu que esperasse, fez gesto para que ele se sentasse na cama de novo.

**(Porque Tainá chamou o Don para se sentar, o'que será que ela quer falar)

            
            

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