/0/3806/coverbig.jpg?v=0b0e3eaf08b0ada8eb9802d69195acff)
Narrador: No dia seguinte, depois do café da manhã, Don e Tainá, com a equipe de segurança, foram ao shopping. Don queria que ela escolhesse seus equipamentos para poder trabalhar, estava tudo bem até que os seguranças notaram uma movimentação estranha no estacionamento.
Ugo: (Chefe da equipe) Coloque os dois no carro rápido, tem alguma coisa errada.
Narrador: Alguns homens apareceram e começaram a atirar, Don abraçou Tainá e correu para o carro. Tainá nunca tinha passado por essa situação, nunca tinha chegado perto de uma arma, mas desde que aceitou fazer parte da família sabia que isso poderia acontecer algum dia, só não sabia que ia ser tão cedo. Giovanni sente sua mão úmida, quando vê que era sangue se preocupa, pois não sentia dor, então o ferido não era ele. Mas ela estava quieta e pálida.
Giovanni: Tainá, você está machucada? fala alguma coisa.
Narrador: Giovanni começa a caçar o ferimento, preocupado ele começa a gritar com os seguranças, nos tirem daqui rápido, ela foi atingida. Em meio a troca de tiros ele conseguiram sair do estacionamento e foram em direção ao hospital.
Giovanni: Por favor me responda ?
Tainá: Calma pai, estou bem, só dói um pouco.
Giovanni: Onde pegou o tiro?
Tainá: No braço, pai ?
Giovanni: Fala minha filha.
Tainá: Eu sabia que ferimento a bala doía, mas não sabia que era tanto.
Narrador: Tainá olhou para ele e riu, tentando acalmá-lo, ela sabia que ele estava preocupado.
Giovanni: Porque você está rindo se está com dor ?
Tainá: Não se preocupe pai, eu aguento.
Narrador: Sem perceber os dois conversaram o caminho todo. Mario a examinou e fez um curativo em sua ferida, a bala tinha pegado de raspão, então não precisava se preocupar.
Mario: Você é muito corajosa Tainá, é digna da família que pertence, parabéns.
Tainá: Obrigado, não posso decepcionar o Don (falou sorrindo).
Narrador: Giovanni e Mario eram amigos de longa data e conversavam frequentemente, Don já tinha informado ao amigo oque tinha decidido.
Mario: Giovanni, o'que vocês vão fazer agora ?
Giovanni: Ugo chamou reforço enquanto vínhamos para o hospital, eles estão lá embaixo, vou leva-la pra casa agora, até mais Mario, Obrigado por hoje.
**Em casa
Tainá: Pai, preciso do notebook.
Giovanni: Vai descansar minha filha seu dia foi cheio.
Tainá: Está tudo bem, não sinto dor por causa dos remédios, e eu preciso mesmo usar o computador.
Narrador: Giovanni não a contrariou, pois seria bom ela se distrair, e pediu para os seguranças levar as coisas dela que tinham sido guardadas no porta malas do carro antes do tiroteio, para o escritório.
Giovanni: Você pode usar meu escritório por enquanto, eles levaram suas coisas para lá.
Tainá: Ta bom.
Narrador: Don e Ugo foram para o prédio secundário, onde aconteciam as reuniões da máfia, eles estavam tentando descobrir quem era o autor desse atentado. As horas se passaram e nada de concreto tinha sido descoberto ainda, o Don sentiu fome, foi quando se lembrou que, com a agitação do dia, não tinha almoçado. Ligou na sede e pediu que Carmela a cozinheira preparasse alguma coisa que ele já estava indo, aproveitou e perguntou se Tainá tinha comido algo.
Carmela: Não comeu nada senhor, fui chamar, ela não quis vir, falei que levaria algo para ela comer então, e também recusou, disse que estava muito ocupada para comer e agradeceu.
Giovanni: Ok, já estou indo.
Narrador: Chegando na sede, Don vai direto para o escritório decidido a tirar Tainá de lá para comer. Ele abre a porta e já vai falando.
Giovanni: O'que é tão importante que a senhorita Borboleta não podia comer primeiro. Larga isso aí e vamos comer.
Tainá: Pai já ia pedir pra alguém te ligar.
Giovanni: O que foi ?
Narrador: Ele pergunta se aproximando, e reconhece o vídeo que estava na tela, era o atentado do shopping.
Giovanni: Como você conseguiu isso Tainá ?
Tainá: Foi fácil, hackiei o sistema de segurança do shopping. Pai, você conhece alguma empresa de medicamentos.
Narrador: Don estava pasmo com "fácil, hackiei o sistema de segurança do shopping", sem responder ela, ele pega o celular e liga para Ugo.
Giovanni: Vem para o escritório da sede urgente.
Tainá: Pai, esta tudo bem ?
Giovanni: Oi, sim, estou.
Narrador: Ugo chega e já entra.
Ugo: Oi senhor, o'que foi ?
Narrador: Don faz sinal para ele vim olhar a tela no notebook. Ele se lembra da pergunta dela e responde.
Giovanni: Conheço, porque ?
Tainá: A placa do carro dos homens que nos atacou, está registrada em uma Empresa de Medicamentos.
Ugo: Como a senhorita descobriu isso ? A nossa equipe está investigando, mas ainda não consegui essa informação.
Tainá: Entrei no sistema de segurança do shopping, vi que as placas estavam tampadas. Então acessei as câmeras de trânsito das ruas.
Narrador: Ugo também ficou pasmo com aquilo e pela sua experiência já sabia que ela era uma hacker. Antes que Tainá terminasse de falar, Don a interrompe.
Giovanni: Não vai me falar que isso foi fácil também.
Tainá: (sorrindo) Então, o sistema de trânsito é um pouco mais complexo, mas não é difícil.
Narrador: Don e Ugo se olham sem acreditar no que tinham escutado.
Ugo: Senhor, com todo respeito.
Giovanni: Fale Ugo.
Ugo: Me lembre de nunca provocar ela.
Tainá: Eu estou aqui, vocês estão me vendo né.
Narrador: Os dois voltam a si. É claro minha menina, disse Giovanni.
Tainá: Ugo esses são os dados do carro, esses aqui o da empresa, essa pagina aqui é o vídeo de segurança que mostra a placa. Quando terminar, desligue para mim.
Ugo: Pode deixar.
Tainá: Agora vou comer.
Giovanni: Ok, obrigado, isso foi incrível.
Tainá: Se precisar me chamem.