SEM SAÍDA
img img SEM SAÍDA img Capítulo 5 CHOVE SEM PARAR
5
Capítulo 6 NICHOLLAS THOMAS BEHRING E KATHERINE MARIE HEINSTER img
Capítulo 7 A APOSTA img
Capítulo 8 ASSASSINATO img
Capítulo 9 GREEN É CORRUPTO img
Capítulo 10 MÁFIA img
Capítulo 11 NÓS MESMOS LEVAMOS NOSSAS SENTENÇAS DE MORTE img
Capítulo 12 EU NUNCA VOU COBRAR DE VOCÊ img
Capítulo 13 A NAMORADA DO TOM img
Capítulo 14 'PRODUÇÃO' img
Capítulo 15 HEINSTER BEHRING img
Capítulo 16 ELA É A MULHER DELE img
img
  /  1
img

Capítulo 5 CHOVE SEM PARAR

KATHERINE

Não sei que horas são, está escuro lá fora, mas já é manhã e o tempo não melhorou. Tento levantar para pegar meu celular quando sinto um braço pesado me envolvendo. Imediatamente lembro de Tom me cobrindo de beijos ontem. Sorrio e olho o homem adormecido ao meu lado. Suas feições são muito bonitas e fortes, um queixo quadrado, sobrancelhas cheias, nariz afiado e lábios grossos, compunham em conjunto um rosto de fazer inveja a muito modelo de "underware" masculino. Sou surpreendida pelo item faltante! Os olhos verdes me olham de volta e um sorriso de lado estampa o rosto dele. Em segundos estou debaixo de Tom de novo, ele cheirando meu pescoço e me apertando nos braços. As mãos nas minhas costas. Ele se ergue e me olha nos olhos longamente.

"Café, doutora?", ele diz.

"É bom", respondo sorrindo levemente.

Ele levanta e me puxa com cuidado.

"Ainda dói?" pergunta erguendo uma sobrancelha, enquanto olha meu tornozelo roxo.

"Dói", digo e franzo os lábios.

Ele me abraça. "Desculpe", ele diz.

"Não foi sua culpa", eu digo e sorrio.

"Foi sim", ele diz, me beijando na testa.

Tom me trouxe uma escova de dentes nova e nos refrescamos antes de descer as escadas. Tom me carregou de novo.

"Vou me acostumar com isso", eu sorrio com os braços no pescoço dele. Ele me dá um olhar profundo e sorri de lado.

"Oh! Desculpe!", uma senhora grita, se vira e vai rápido para a cozinha.

Fico surpresa e olho para Tom com os olhos arregalados.

"Quem é?", pergunto.

"A governanta, Ava", ele diz.

Meu rosto cora de vergonha.

"Que foi doutora, se arrependeu de me beijar muito ontem? Ou de passear no meu colo o tempo todo?", ele sorri maliciosamente.

"Eu te beijei muito ontem? Não lembro disso", eu digo rindo.

"É a primeira vez que vejo alguém que machuca o tornozelo ter amnésia", ele debocha.

Enfio meus dedos nos cabelos curtos da nuca de Tom e o puxo para um beijo. Ele resiste me olhando nos olhos por um tempo e depois cede, me beijando fervorosamente.

"Talvez seja nosso último beijo", penso com pena.

Enquanto tomamos café, ninguém disse nada, cada um perdido em seus próprios pensamentos.

THOMAS

Olho para minha xícara de café e tenho vontade de matar o Green, como matam os porcos. Green é um porco. Um maldito porco vendido. O que ele está tramando agora? Milhares de vezes ele deveria ter agido e nunca se mexeu e agora está visivelmente aliado aos adversários da família Behring.

"Não posso usar o telefone, com certeza alguém deve ter grampeado. A estrada está interditada e estou preso aqui, sem poder me comunicar", penso.

Sinto o calor tênue da mulher ao meu lado. Sorrio. Pelo menos nisso o Green me favoreceu.

Quando a vi com a intimação na mão, tive vontade de chutá-la de volta até Lansing, mas que mal faz brincar um pouco e ter uma companhia tão bonita? E de alguma forma, a irritei a fazendo andar por toda a propriedade, para desabafar a minha raiva de Green. Só não esperava que ela se machucasse.

Tenho que ficar mesmo na fazenda até as coisas acalmarem e tomarmos pé da situação real e fazermos a verificação de quem exatamente está nos atacando e onde e quem está na sombra mexendo os pauzinhos.

Olho de soslaio para a loira escultural ao meu lado e me repreendo por ter gasto tanto tempo aprendendo Administração com um bando de caras barbudos, quando eu deveria ter estudado Direito e teria um tempo bom com moças de pernas longas, bem vestidas em seus terninhos, maquiadas, perfumadas e doces! Quem sabe até eu pudesse trabalhar na Promotoria agora e pudesse chutar algumas bundas merecedoras!

A doutora acabou o café e me olha com seus grandes olhos azuis turquesa, ela é linda, com seu rosto delicado e pele suave como um bebê, mas meus olhos pousam nos lábios cheios e macios dela e sinto o clima esquentar vários graus.

"Será que a estrada já está livre?", ela me pergunta olhando fixamente nos meus olhos.

"Nem precisa perguntar para ninguém, do jeito que está chovendo, estamos ilhados por um tempo", respondo.

"E o que podemos fazer?", ela me olha angustiada.

Meu olhar cai na minha camisa no corpo dela e minha vontade é passar esses dias descobrindo os segredos da promotora, mas desvio os olhos dela e apenas ergo os ombros.

"A natureza ninguém impede, não é?", eu digo, pensando nas faíscas que rolam quando encosto nela.

Ela balança a cabeça frustrada e suspira.

"Não gosta mais da minha companhia?", eu provoco sorrindo.

Ela me olha e estreita os olhos.

"Você entende que eu trabalho não é Tom? Estou aqui e não trouxe uma peça de roupa e agora nem torre tem para fazer uma ligação", ela reclama.

Tenho vontade de beijá-la de novo. Se esses fossem os meus problemas eu estaria muito feliz.

Puxo a doutora para os meus braços e começo a beijá-la para irritá-la, fazendo cócegas.

Ela ri e me empurra, mas não cedo e logo estou afoito por uma brincadeira mais séria.

A doutora é esperta, ela sabe como me fazer parar, não que isso vá funcionar por muito tempo, mas estou dando linha. Conquistar uma mulher é como fisgar um peixe. Alguns são fáceis e rápidos, mas os que valem a pena, lutam e tem que levar o seu tempo e no final são os que importam.

"Tom, onde posso resolver minhas roupas molhadas de ontem?", ela sentada no meu colo, segura o meu rosto, me perguntando.

"Eu já resolvi", digo olhando para ela.

Eu sei que ela não tirou a roupa íntima ontem. Essa mulher é recatada e prefere ficar com a roupa molhada a ficar exposta.

"E onde está? Por que você não me disse?", ela estreita os olhos e me pergunta.

"Eu não queria perder o design das suas pernas", digo e sorrio.

Ela revira os olhos, balança a cabeça e bufa sorrindo.

"Quê? Um homem tem que se sentir feliz, não é?", eu digo esperando a irritação dela.

Ela me surpreende segurando o meu rosto com as duas mãos e me beijando suavemente nos lábios.

Instintivamente a estreito nos braços e vou tomando território na boca dela até ouvir ela gemer.

Meu sangue ferve abaixo da linha do Equador, mas essa é a doutora promotora e a menos que ela me peça, não vou cruzar a linha. Ela coloca a cabeça no meu ombro como uma criança e toma folego enquanto me abraça.

                         

COPYRIGHT(©) 2022