Começo a dançar, brincando com o sobretudo aberto. Quero manter meus olhos nos dele, mas ele olha tão intensamente, que fujo de seu olhar várias vezes. Desço meus olhos para o meu corpo, para fugir de seu olhar.
- Olha pra mim.
Pede e ergo a cabeça.
- Quero olhar seus lindos olhos, enquanto aproveito a minha dança.
Mordo meu lábio inferior, tentando controlar o nervosismo idiota. Não é sua primeira dança! Repreendo-me na hora. Que se dane! Tem um homem delicioso na minha frente, querendo me ver dançar pra ele. Vou lhe dar a minha melhor dança. Me movo no ritmo da dança até a cadeira onde está. Quando estou a sua frente, seguro o sobretudo, o retiro e deixo cair no chão, lhe arrancando um suspiro ao ver minha roupa íntima. Viro de costas e vou rebolando. Viro minha cabeça e o olho por cima do meu ombro. Seus dedos alisam sua boca perfeita. Ele está ficando excitado. Começo a passar minha mão pelo meu corpo, ainda de costas pra ele. Vou rebolando e me abaixando até quase o chão. Quando vou subir, empino a bunda pra ele, balançando no ritmo lento e sexy da música. Posso ouvir os sons que saem baixos de sua boca, de apreciação. Já em pé novamente, me viro pra ele. Ergo meu pé direito e coloco entre suas pernas.
- Quer que eu tire meu salto?
- Não...
Agarra meu pé.
- Posso tirar?
- Disse que não podia me tocar.
- Só os pés.
Sem minha autorização, ergue meu pé e puxa meu sapato, colocando-o no chão ao lado de sua poltrona. Puxo meu pé de sua mão e lhe entrego o outro, ainda calçado.
- Tira...
Ordeno e ele sorri. Faz o que mandei e coloca o salto junto com o outro. Puxo meu pé e o levo ao seu peito. Ele me olha intensamente.
- Tocou meus pés. Agora tenho direito de tocar algo seu.
Deslizo meu pé para baixo, até o meio de suas pernas. Preciso apenas saber se ele está duro. Passo meu pé no meio de suas pernas e percorro sua ereção. Oh meu Deus! É enorme... Ele agarra meu pé e o puxa pra cima.
- Já me tocou. Estamos quites.
Puxo meu pé de sua mão e volto a dançar pra ele, passando a mão pelo meu corpo. Me afasto e vou até o sofá a sua frente. Coloco minha perna nele e rebolando, me curvo até minha meia. Paro de olha-lo e vou enrolando a meia, tirando-a da minha coxa e descendo para o joelho.
- Eu tiro.
Levo um susto ao sentir seu corpo atrás do meu e sua voz baixa perto do meu ouvido. Ele está inclinado sobre mim, mas não me toca.
- Seu irmão me pagou para tirar a roupa pra você e não que tirasse a minha roupa.
- Me deixa fazer isso.
Suas mãos cobrem as minhas, que ainda seguram minha meia, na altura do joelho. Nunca deixei um cliente me tocar antes. Quero dizer que ele não pode, mas quando suas mãos afastam das minhas e as dele voltam para a meia, tocando de leve a minha pele, já estou completamente entregue ao seu toque. Atrás de mim ele vai se abaixando, conforme desce minha meia. Sinto o ar quente de sua boca em minha bunda. Sua boca está bem perto do meu sexo. Fecho os olhos, esperando sua boca me tocar ali, mas ele não faz. Tira toda a minha meia e vai para a outra. Sua mão se arrastando em minha pele me queima. Quando termina, volta a se erguer atrás de mim. Encosta sua ereção no meio da minha bunda.
- Continue sua dança, Lois!
Diz em meu ouvido e estou me controlando para não gemer.
- Então sente Clark.
- Quero ver de perto.
Suas mãos seguram minha cintura.
- Quero sentir você dançar.
- A dança é para você e não com você.
- A dança é minha e acho que deveria ser feita como eu quero.
Cola seu corpo todo atrás do meu e começa a dançar, me levando com ele.
- Vai tirar mais alguma coisa?
Pergunta em meu ouvido.
- Você está prejudicando meu trabalho.
Falo controlando minha voz, para não mostrar que estou gostando.
- Sou o seu trabalho hoje.
Sua mão direita vem para a minha barriga e quando vai deslizar para a minha calcinha o empurro com a bunda. Me afasto dele e o encaro.
- Já disse que não sou garota de programa.
- Não estava tentando transar com você.
- Sua mão estava indo até certa parte do meu corpo, que claramente nos levaria ao sexo.
- Se eu tirar sua calcinha, obrigatoriamente, teremos sexo?
- Não tiro minha calcinha nas danças.
- Uma stripper que não tira a calcinha?
Sua risada me irrita.
- Sim... sou uma stripper que não tira a calcinha e dependendo do cliente babaca, nem o sutiã.
Ele para de rir e me olha de um jeito serio, que faz meu corpo arrepiar.
- Acho melhor ir embora.
- Ainda tenho mais duas músicas para cumprir meu acordo com seu irmão.
- Não precisa se preocupar. Direi a ele que veio e fez sua obrigação direitinho.
- Você é um idiota. Custa sentar a porra da bunda naquela poltrona e me deixar dançar pra você?!
Merda!!! Ele avança em cima de mim e quase caio no sofá, tentando fugir.
- Não sou o tipo de homem que fica sentado vendo uma bela mulher dançando e se despindo na minha cara.
Estamos tão próximos que posso sentir sua respiração pesada em meu rosto.
- Então se quer mesmo terminar seu trabalho e dançar pra mim, vai ter que ser do meu jeito.
- Que... jeito...?
Gaguejo.
- Me deixando terminar de te despir. No que eu posso tirar, claro.
Percebo que a última música do meu repertório acabou. Era pra já ter dançado, ele estar feliz e eu indo embora.
- A música acabou.
- Não precisamos dela. O encanto está em você e não na música.
Sinto sua mão subir pelo meu braço.
- Posso tocar aqui?
Minha respiração acelera.
- Sim...
Respondo com a voz rouca.
- Aqui?!?!?!
Seu dedo desliza em meu ombro e seus olhos estão nos meus.
- Sim...
Prende seu dedo na alça do meu sutiã.
- Posso abaixar essa alça?
Paro de falar e apenas balanço minha cabeça de forma afirmativa, permitindo. Clark vai baixando a alça e seu dedo em minha pele suavemente, me faz querer gemer. Mordo meu lábio, para controlar a vontade de gemer.
- Vou abaixar a outra alça.
Enquanto sua outra mão se dedica ao meu outro ombro, a que acabou de baixar uma alça, desce para a minha cintura. Seus dedos me apertam firme, enquanto os que descem a última alça do sutiã me tocam delicadamente.
- Pronto!
Sussurra e solto um suspiro, aliviada.
- Vamos tirar seu sutiã agora, quero ver o que eles escondem.
Meu rosto queima e sei que é de vergonha. Não tenho seios fartos como os de Juliana. Seu peito cola no meu e meu rosto está em seu pescoço. O cheiro dele é tão forte e maravilhoso. Fecho meus olhos e o deixo soltar o feixe do sutiã. Sinto o sutiã se soltar e infelizmente ele se afasta.
- Agora quero ver você.