A RUÍNA
img img A RUÍNA img Capítulo 5 PROMESSAS DE PAZ
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Capítulo 6 EU NÃO SOU UM ROBÔ img
Capítulo 7 UMA VADIA img
Capítulo 8 NA FEIRA img
Capítulo 9 CAFAJESTE img
Capítulo 10 ADEUS, VÍTOR img
Capítulo 11 MAINHA ! img
Capítulo 12 NÃO FOI CULPA SUA img
Capítulo 13 VINGANÇA x JUSTIÇA img
Capítulo 14 CONTRATADA img
Capítulo 15 SOCIOPATA img
Capítulo 16 FAMÍLIA PERFEITA img
Capítulo 17 CORAGEM CONTAGIANTE img
Capítulo 18 NOITE DAS MENINAS img
Capítulo 19 O JUSTIÇOSO img
Capítulo 20 UM HOMEM INCRÍVEL img
Capítulo 21 O MARIDO PERFEITO img
Capítulo 22 PODER img
Capítulo 23 GRÁVIDA ! img
Capítulo 24 POÇA DE SANGUE img
Capítulo 25 ACOLHIMENTO img
Capítulo 26 ASSALTO img
Capítulo 27 FOFOQUEIRAS img
Capítulo 28 PAI HERÓI img
Capítulo 29 COMPRA DE VOTOS img
Capítulo 30 BEM TE QUERO img
Capítulo 31 TOME CUIDADO img
Capítulo 32 NO COVIL img
Capítulo 33 CANETA X ESPADA img
Capítulo 34 REVELAÇÕES img
Capítulo 35 CHAMAS DA JUSTIÇA img
Capítulo 36 DOR E VERGONHA img
Capítulo 37 DESCANSE EM PAZ img
Capítulo 38 EPÍLOGO img
Capítulo 39 BÔNUS img
Capítulo 40 NOTA DA AUTORA img
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Capítulo 5 PROMESSAS DE PAZ

Saímos da água e ficamos nos encarando enquanto a areia entrava pelos meus dedos nervosos e fazia cócegas sob os meus pés. Olhei para o céu e vi a lua brilhando lá no alto. Era essa pouca luminosidade que me permitia enxergar os traços do belo rapaz à minha frente. Os olhos escuros pareciam brincalhões, os lábios carnudos eram contornados por um bigode discreto, no queixo, havia um cavanhaque bem desenhado e o cabelo era bem curtinho, quase raspado, conferindo-lhe uma fisionomia jovial, porém, muito máscula.

Eu suspirei diante de tanta beleza e, aos poucos, fui tirando as duas únicas peças que ainda revestiam o meu corpo. Eu estava nua em pelo, no meio do mato, em plena noite e com um estranho. Nunca me despi de todos os meus medos e bom senso de uma única vez. Eu tinha consciência de que estava totalmente vulnerável, e não me importava muito com isso, apenas ansiava o que estava por vir.

Seus olhos varreram o meu corpo com uma gula sem tamanho. Minha pele formigou ao sentir-me como uma iguaria, um prato raro e muito desejado diante de um faminto que lamberia até a última porção. Engoli a saliva que enchia a minha boca, pois eu também tinha fome dele, do seu corpo, da sua energia.

Suas mãos grandes seguraram a lateral da boxer e a fizeram descer pelas pernas grossas até cair no chão. Seu corpo nu era tão lindo quanto uma escultura do artista mais prestigiado do mundo. Os ombros largos, o peitoral forte, braços e pernas torneados e uma barriga que pedia para ler lambida até alcançar a perdição.

E que perdição!

O homem era todo lindo, e eu não conseguia controlar as contrações no meu baixo ventre.

Ele se aproximou de mim e, sem perceber, eu dei dois passos para trás e bati as costas no tronco de uma árvore. Seu corpo pressionou o meu, de um lado, eu sentia a maciez de sua pele e, do outro, a aspereza da pele da árvore.

Sua testa tocou a minha, seus olhos escureceram diante dos meus e, quando sua boca prensou a minha boca, eu vi estrelas que nem estavam no céu. Enquanto sentia todo o fôlego ser arrancado do meu corpo, suas mãos começaram a tatear a minha pele como se tentasse memorizar cada partícula, cada célula. Senti seus dedos subindo pelo meu pescoço e se embrenhando em meus cabelos, arrepiando todos os pelos de minha nuca. Senti uma de suas mãos descendo pela lateral do meu corpo até alcançar a bunda e apalpá-la sem a menor cerimônia.

- Ahhh - gemi em sua boca enquanto rebolava contra a sua pélvis, sentindo o meu ventre ser cutucado pela sua ereção.

Passei as mãos pelo seu peito, dedilhando os mamilos que enrijeceram ao mínimo toque. Minhas mãos deslizavam pelo seu corpo, acariciando cada músculo, aspirando o cheiro de mato, lambendo o seu pescoço com gosto de rio. Curiosa e faminta, desci uma das mãos até alcançar o seu pênis e o segurei com firmeza. Minha mão não fechou na circunferência avantajada, mesmo assim eu a movimentei para frente e para trás com a ajuda dos fluidos pré-ejaculatórios, que a melecaram, facilitando o deslize. Ele pulsou e inchou com o contato, e eu só conseguia imaginar tê-lo dentro de mim. Meu corpo estava desesperado por mais dele, queria senti-lo entre as minhas pernas, queria ser preenchida por todo aquele volume.

Sua boca deslizou pelo meu pescoço e abocanhou um dos seios, mamando como um bezerro que passou a noite longe do seio da mãe. Era como se tentasse engolir todo o meu corpo por ali. Eu tremia de desespero, de agonia e aflição. O meio de minhas coxas estava encharcado, quase pingando de tanta excitação.

- Eu quero você - sussurrei em seu ouvido pouco antes de sugar o lóbulo de sua orelha. - Quero tudo dentro de mim.

- Ora, ora - falou baixinho, em tom jocoso. - A jumenta virou gatinha e, em vez de patadas, quer me dar lambidas.

Eu não consegui segurar o riso, mas até ele saiu entrecortando diante de tanto tesão.

- Cachorro!

- Até sou, mas, em vez de latir, eu sei morder. - Prendeu o meu mamilo entre os dentes e o esticou até um limite tolerável de dor.

Debati-me contra o tronco da árvore e senti minhas costas sendo arranhadas pela casca grossa, mas não me importei nem um pouco com os prováveis machucados em meu corpo.

Ele deslizou a mão pelo meu ventre até alcançar a minha vulva e sorriu quando seus dedos se afogaram em minha excitação. Eu me desmanchei em seus toques, meu clitóris inchado de tesão quase explodiu quando foi beliscado pelos seus dedos ágeis. Eu gemi mais uma vez e gemi de novo quando senti o seu joelho abrindo as minhas pernas.

- Toma o que você tanto deseja - sussurrou e, em seguida, me estocou de uma única vez.

Ele entrou rasgando, ocupando todos os espaços, me preenchendo de prazer e me esvaziando de preocupações. Me senti leve, quase flutuando enquanto seu corpo me infligia pancadas vigorosas e duras.

Presa entre o tronco da árvore e o corpo dele, eu cruzei as minhas pernas sobre o seu quadril e senti ainda mais a vigorosidade de suas estocadas. Minha carne distendia-se para recebê-lo mais fundo e contraia-se para segurá-lo o máximo de tempo dentro de mim. Fremi entre gemidos e chiados incompreensíveis enquanto o meu corpo contrai-se em arroubos de puro prazer.

- Não pare, por favor - supliquei de forma entrecortada, as palavras saindo do fundo da garganta.

Eu não sabia que gostava tanto de sexo até aquela noite. Acho que transei com os caras errados a minha vida toda.

A noite silenciosa testemunhava o som dos nossos corpos encharcados chocando-se um contra o outro. Uma brisa leve trouxe o cheiro do mato até mim, mas não aliviou o suor dele que escorria pelo pescoço. Chupei a sua pele, tentando refrescá-lo, e amei sentir o seu gosto salgado. Ele era todo gostoso.

- Ai - gritei de dor quando senti um arranhão mais profundo em minha pele. - Não pare, continua!

Minhas costas ardiam ao serem esfregadas contra a aspereza do caule, mas não era nada perto do prazer que ele estava me proporcionando. De um lado, os arranhões e, do outro, o prazer mais primitivo e animal. Era como se eu estivesse no paraíso, mas precisasse lembrar do inferno que viveria depois dele. Era como se Deus me presenteasse com o ápice do prazer enquanto me castigava por estar abusando dele.

- Que pau gostoso da porra! - gritei, totalmente sem compostura enquanto minha boceta o mastigava com extrema gula.

- Então tome mais. - Ele era um amante sem igual, e eu tinha que tomar cuidado para não me viciar nele, pois o teria só por aquela noite.

Seus dentes arranharam o meu pescoço, enquanto seus dedos cravaram a carne das minhas nádegas. Ele prensou o meu corpo ainda mais. A gente se comia com tanta força que eu tinha medo de não restar nada de mim quando o ato findasse. Meus quadris moviam-se no mesmo ritmo que o dele, dando e recebendo prazer, entregando-me e sendo devorada.

Eu sentia as estocadas persistentes no meu útero, que se contraia como se rebelasse por estar sendo machucado apenas para me proporcionar prazer. Eu gemia, ele uivava, mas persistia, incansável e feroz, me levando à loucura.

Meu corpo ondulou com mais intensidade, minhas pernas ficaram trêmulas e perderam as forças, anunciando um orgasmo vigoroso como nunca senti antes. Eu olhei em seus olhos e os vi ficarem ainda mais escuros, sua boca aberta, a respiração ofegante. Minha boca avançou sobre a sua, invadindo-a com a minha língua que duelava com a sua. Devoramo-nos com sofreguidão.

Ele gemeu de forma gutural e aumentou a profundidade e a velocidade das estocadas, pressentindo que o meu orgasmo estava por vir.

- Eu vou gozar - murmurou em minha boca, e eu engoli o seu prazer misturando-se ao meu.

Meu corpo ainda latejava quando senti um líquido quente me preenchendo, se fundindo com os meus fluidos. Eu não conseguia parar de sorrir, mesmo quando o seu corpo deixou o meu.

Quando os espasmos cessaram, o encarei, extasiada. Seus olhos tinham um brilho especial, acho que era o mesmo brilho que acometia as pessoas após gozo, os meus provavelmente também estavam assim, porque eu me sentia brilhante por dentro.

Ele me fitou com carinho enquanto ajeitava os meus cabelos, tirando algumas cascas de árvore por entre os fios. Eu sorri ao imaginar o emaranhado sobre a minha cabeça, e ele me beijou antes de ir, aos poucos, se afastando de mim e entrando na água.

Ele era lindo de costas, parecia um deus nu. Um tronco forte, membros grossos e grandes, bunda redonda e um andar sensual. Não estava nos meus planos ter uma noite como aquela logo na minha primeira semana em Miranga, na verdade, eu nem sequer cogitei que isso aconteceria até a minha partida, mas o reboliço que esse homem fez dentro de mim me fez um bem danado.

Depois de um emergir, ele me chamou com o dedo indicador e, com as pernas ainda trêmulas, eu fui. Seus braços fortes me acolheram, e eu o aceitei, descansando a cabeça em seu ombro enquanto suas mãos resvalam pela minha pele, esfregando o meu corpo, lavando-me com gentileza. Eu ainda pulsava quando seus dedos roçaram a minha vulva e o seu sorriso se abriu por inteiro.

Ele era cheio de vida e promessas de paz e leveza. Eu não resisti e baixei a guarda, sorrindo de volta quando uma de suas mãos circundou a minha cintura e a sua boca tomou a minha. Só por essa noite, eu me permitiria esquecer os meus problemas e viver como se a vida fosse um mar de rosas, ou melhor ainda, de água doce.

                         

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