Saio da cama e paro a sua frente. Passa a mão em seu cabelo, agora muito nervoso.
- Não possuo uma vida fácil como a sua. Preciso do meu emprego para pagar as minhas contas. Tenho aluguel e tudo mais pra pensar, não posso perder esse emprego.
Cruzo os braços irritada.
- Fizemos um acordo. Sua faculdade será completamente quitada.
- Eu sei, mas não posso fazer isso se não vai foder com meu emprego.
- Você pretende ficar nele por muito tempo?
- Não! Somente até me formar e conseguir algo na minha área.
- Qual faculdade cursa?
Não me responde e apenas me olha de um jeito estranho.
- Diz logo.
- Termino esse ano engenharia.
- Isso é interessante.
- Me desculpe se não vou poder cumprir nosso acordo. Talvez encontre alguém que tenha tempo para te acompanhar nessas coisas.
- Espera! Não vamos desistir agora.
Volto para a cama e pego meu celular.
- O que vai fazer?
- Não vou perder meu falso namorado, com um pau enorme assim.
Ele tenta não rir.
- Sabe como é difícil achar um pau que me alegre? Vou fazer meu pai parar de me irritar e ainda por cima ter fodas maravilhosas.
Aponto pra ele.
- Não vou abrir mão do seu pau.
Disco para o Vinicius.
- O que foi, Fernanda?
Vinicius é o noivo da minha prima Lívia.
- Aconteceu alguma coisa com Lívia?
Ai caralho! Esqueci a Lívia na boate. Jurei pra ele que não a deixaria cometer nenhuma loucura.
- Esta tudo ótimo! Já deixei minha prima na casa dela.
- Que bom! Qual o motivo dessa ligação?
Vinicius é o nosso engenheiro chefe. Ter uma empresa de construção nesse momento é uma enorme vantagem.
- Como anda seu estagiário? Qual o nome dele mesmo?
- Lucas... Continua fazendo cagada. Essa é sua última semana.
- Que maravilha! Não contrate ninguém, segunda começa seu novo estagiário.
- O que? Quem?
- Meu namorado.
Sorrio para Bernardo que tem os olhos arregalados.
- Seu o que?
- Namorado! Vai conhecê-lo na festa da vovó. Beijos!
Desligo e Bernardo ainda esta com a boca escancarada.
- Já tem um novo emprego.
Tenta dizer alguma coisa, mas só emiti sons estranhos.
- Se for bom no que faz, terá um emprego fixo na minha empresa.
- Você sempre faz as coisas por impulso?
- As vezes.
- Se quer me perguntou seu eu queria!
- Me desculpe! Você quer?
Bufa e anda pelo quarto.
- Você é mandona e extremamente mimada.
- Isso é uma briga? Nem namoramos de verdade e já estamos brigando?
- Você não pode mexer na minha vida assim.
- Não estou mexendo de um jeito que te prejudique. Minha empresa é a mais conhecida no mercado de construções.
Ele para de andar e me encara.
- Estou te valorizando e colocando no local onde pode crescer em sua profissão. Se quiser desfaço essa merda e você volta pra boate servir bebidas.
Ficamos nos encarando.
- Estou tentando nos ajudar.
- Você esta me ajudando, muito mais do que eu estou.
- Não estou não.
- Esta sim! Quitará minha faculdade, me deu um emprego em minha área. O que eu vou fazer por você? Só fingir que sou seu namorado.
Agora sou eu quem passa as mãos pelo cabelo.
- Você fará muito, vai por mim.
- Como?
- Meu pai me sufoca e me julga o tempo todo. Se estar com você o fará não olhar tanto para o que eu faço, você será a coisa mais valiosa em minha vida.
- Sua vida é tão difícil assim?
- Você não faz ideia.
Me sento na cama e enfio minha cabeça em minhas mãos.
- Apenas venha comigo e tente fazer esse fim de semana não ser pior do que normalmente é.
Posso ouvir seus passos se aproximando. Tira as mãos de meu rosto e o vejo de joelhos a minha frente.
- Se vamos ter um relacionamento falso, teremos que ter algumas regras.
Sorri e leva um fio de meu cabelo ruivo para trás de minha orelha.
- Não vai poder tomar as decisões sozinhas como fez agora. Se for algo sobre nós ou sobre mim, vamos conversar antes.
- Tudo bem!
- Essa relação para parecer verdadeira, vai precisar de cumplicidade.
Seus dedos tocam meu rosto e acho que esta olhando minhas sardas. Estranhamente tenho a sensação que analisa meus traços.
- Você cuida de mim e eu cuido de você. Prometo que tentarei não deixar sua família te derrubar e você me ajuda a não cagar dentro da sua empresa.
- Combinado!
Me sinto aliviada por ele não ter desistido.
- Preciso que me conte mais sobre você.
- Conto, mas com uma condição.
- Qual?
- Que me foda enquanto falo.
Sua risada me faz rir junto.
- Combinado! Abra as pernas.
Abro e me curvo para trás, apoiando minhas mãos na cama.
- É melhor pegar a camisinha.
- Tomo remédio! Só preciso saber se estou segura com você.
Bernardo se posiciona entre minhas pernas. Agarra minhas coxas e me puxa pra frente, nos encaixando. Seu membro esta preso entre minha entrada e seu corpo. Sua mão esquerda segura minha nuca e ele me puxa pra perto de sua boca.
- Você esta segura comigo.
Sussurra e direciona seu membro em minha entrada. Sinto-o pronto pra me penetrar e fecho meus olhos. Sua boca cola na minha e ele empurra sua ereção pra dentro de mim. Meu gemido ecoa em sua boca. Ele é muito gostoso. Me penetra com calma, enquanto me beija, sem muita intensidade. É carinhoso, segue o ritmo lento e prazeroso de seu membro dentro de mim. Envolvo meus braços em seu pescoço e me entrego ao beijo, enfiando minhas mãos em seu cabelo macio. Puxo alguns fios entre meus dedos e ele geme. Gosto de seus gemidos.
- Quero ficar por cima.
Peço em sua boca e ele sorri. Me agarra pela cintura e nos ergue tão fácil. Pareço pluma em seus braços. Nos vira e se senta, me deixando sentada por cima dele. Minhas pernas envolvem sua cintura. Bernardo ainda me mantém presa em seus braços. Rebolo e não desvio meus olhos do dele.
- Você é tão mandona.
Sussurra e começo a me mover.
- Se acostume, afinal eu serei a chefe do chefe do seu chefe.
Meu sorriso é enorme em meu rosto. Gosto disso. Gosto de poder.
- Estou comendo a chefe do chefe do meu chefe.
- Na verdade...
Paro de me mover e aperto seu membro com meu sexo.
- Eu estou te comendo.
- Você gosta do poder que tem sobre mim.
- Sim...
Bernardo me solta e se joga na cama de costas.
- Então abuse de seu poder.
Apoio minhas mãos em seu peito.
- Você é tão fácil de domesticar. Sempre quis ter um bichinho.
Ele ri e bate em minha bunda.
- Me quer como seu bichinho?
- Sim...
- Que bichinho eu seria.
Fecho um olho pensando.
- Qual o animal com o maior pau?
- Um dia vi na televisão que o elefante tem o pau mais cobiçado do reino animal. Ele é grande e grosso.
Bernardo diz rindo.
- Não posso te chamar de elefante, é estranho.
- Não se for um apelido de namorados.
- Teria que ser algo fofo e não sei fazer isso.
- Tenta...
- Ser fofa com teu pau enorme dentro de mim? Com a sua enorme tromba dentro de mim, meu fanfante.
Falo com biquinho e ele ri alto.
- Fanfante?
- Elefante bem fofo.
Não consigo para de rir.
- Vamos brincar com sua tromba, fanfante lindo.
- Isso não é excitante.
- Mas eu gostei.
Começo a subir e descer em seu membro. Fecho meus olhos me deliciando com ele dentro de mim. Bernardo se senta e me agarra de novo, nos virando na cama. Me deita e começa a socar dentro de mim.
- Quero um apelido mais másculo.
Não consigo parar de gemer. Soca mais e mais, tudo dentro de mim se agita.
- Meu pau merece algo grande.
Me lembro da tora branca dele.
- Vem lenhador.
Para de mover e nos olhamos.
- Gosto de lenhador.
Seu sorriso safado é lindo.
- Ótimo! Então volta a foder a chapeuzinho.
- Isso é sexy! Foder a chapeuzinho é algo bom.
- Para de falar e me fode.
Bernardo se deita sobre mim e volta e se perder em meu sexo.
- Goza pra mim, chapeuzinho...
Pede em meu ouvido e mete mais e mais. Isso é excitante. Estranhamente excitante.
- Goza pro lenhador.
- Vou gozar na sua tora enorme.
- Isso...
- Mete ela mais fundo.
Bernardo acelera suas investidas e estou perto de gozar.
- Oh, lenhador!
Grito quando meu orgasmo domina meu corpo.
- Chapeuzinho!
Sussurra pulsando dentro de mim, gozando forte. Estamos largados na cama.
- Isso foi estranhamente bom.
Nós dois rimos.
- Que horas vamos viajar?
- Vamos arrumar nossas coisas e partimos. Quanto tempo precisa pra arrumar sua mala?
- Uma hora no máximo.
- Te deixo onde mora e depois te busco.
Ele se vira na cama e me olha.
- Tem certeza que quer fazer essa loucura de me apresentar a sua família? Você pode encontrar alguém.
- Quando encontrar alguém, terminamos. Como todo casal nesse mundo.
- Quem vai levar o pé na bunda?
- Você será o corno, pois logo em seguida apresento o cara certo pra minha família.
- Espero que ele tenha o pau melhor que o meu. Não vai ser fácil aceitar ser trocado por um pau de merda.
- Nem me fale! Achar um pau decente depois do seu, será difícil.
Ele ri e para, mantendo seus olhos nos meus. Fica me olhando por longos minutos.
- Acho melhor irmos.
Digo saindo da cama. Não gosto que fiquem me observando.
- A viagem vai ser longa.