PAGANDO PARA AMAR
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Capítulo 6 -6

NARRAÇÃO FERNANDA

Bernardo não parece gostar do que eu disse.

- Não é bem assim

Se levanta da cama sem me olhar.

- É assim, sim! Faz parte do nosso acordo estar ao meu lado nos eventos da família.

- Sei que é o nosso acordo, mas não posso faltar no serviço. Achei que seria um jantar ou um almoço às vezes.

Me olha e parece nervoso.

- Não achei que me pediria para acompanha-la em uma viagem.

- Se vai fingir ser meu namorado, precisa estar a minha disposição em todos os eventos. Sejam eles de um dia ou mais.

- Não posso.

- Pode sim...

Saio da cama e paro a sua frente. Passa a mão em seu cabelo, agora muito nervoso.

- Não possuo uma vida fácil como a sua. Preciso do meu emprego para pagar as minhas contas. Tenho aluguel e tudo mais pra pensar, não posso perder esse emprego.

Cruzo os braços irritada.

- Fizemos um acordo. Sua faculdade será completamente quitada.

- Eu sei, mas não posso fazer isso se não vai foder com meu emprego.

- Você pretende ficar nele por muito tempo?

- Não! Somente até me formar e conseguir algo na minha área.

- Qual faculdade cursa?

Não me responde e apenas me olha de um jeito estranho.

- Diz logo.

- Termino esse ano engenharia.

- Isso é interessante.

- Me desculpe se não vou poder cumprir nosso acordo. Talvez encontre alguém que tenha tempo para te acompanhar nessas coisas.

- Espera! Não vamos desistir agora.

Volto para a cama e pego meu celular.

- O que vai fazer?

- Não vou perder meu falso namorado, com um pau enorme assim.

Ele tenta não rir.

- Sabe como é difícil achar um pau que me alegre? Vou fazer meu pai parar de me irritar e ainda por cima ter fodas maravilhosas.

Aponto pra ele.

- Não vou abrir mão do seu pau.

Disco para o Vinicius.

- O que foi, Fernanda?

Vinicius é o noivo da minha prima Lívia.

- Aconteceu alguma coisa com Lívia?

Ai caralho! Esqueci a Lívia na boate. Jurei pra ele que não a deixaria cometer nenhuma loucura.

- Esta tudo ótimo! Já deixei minha prima na casa dela.

- Que bom! Qual o motivo dessa ligação?

Vinicius é o nosso engenheiro chefe. Ter uma empresa de construção nesse momento é uma enorme vantagem.

- Como anda seu estagiário? Qual o nome dele mesmo?

- Lucas... Continua fazendo cagada. Essa é sua última semana.

- Que maravilha! Não contrate ninguém, segunda começa seu novo estagiário.

- O que? Quem?

- Meu namorado.

Sorrio para Bernardo que tem os olhos arregalados.

- Seu o que?

- Namorado! Vai conhecê-lo na festa da vovó. Beijos!

Desligo e Bernardo ainda esta com a boca escancarada.

- Já tem um novo emprego.

Tenta dizer alguma coisa, mas só emiti sons estranhos.

- Se for bom no que faz, terá um emprego fixo na minha empresa.

- Você sempre faz as coisas por impulso?

- As vezes.

- Se quer me perguntou seu eu queria!

- Me desculpe! Você quer?

Bufa e anda pelo quarto.

- Você é mandona e extremamente mimada.

- Isso é uma briga? Nem namoramos de verdade e já estamos brigando?

- Você não pode mexer na minha vida assim.

- Não estou mexendo de um jeito que te prejudique. Minha empresa é a mais conhecida no mercado de construções.

Ele para de andar e me encara.

- Estou te valorizando e colocando no local onde pode crescer em sua profissão. Se quiser desfaço essa merda e você volta pra boate servir bebidas.

Ficamos nos encarando.

- Estou tentando nos ajudar.

- Você esta me ajudando, muito mais do que eu estou.

- Não estou não.

- Esta sim! Quitará minha faculdade, me deu um emprego em minha área. O que eu vou fazer por você? Só fingir que sou seu namorado.

Agora sou eu quem passa as mãos pelo cabelo.

- Você fará muito, vai por mim.

- Como?

- Meu pai me sufoca e me julga o tempo todo. Se estar com você o fará não olhar tanto para o que eu faço, você será a coisa mais valiosa em minha vida.

- Sua vida é tão difícil assim?

- Você não faz ideia.

Me sento na cama e enfio minha cabeça em minhas mãos.

- Apenas venha comigo e tente fazer esse fim de semana não ser pior do que normalmente é.

Posso ouvir seus passos se aproximando. Tira as mãos de meu rosto e o vejo de joelhos a minha frente.

- Se vamos ter um relacionamento falso, teremos que ter algumas regras.

Sorri e leva um fio de meu cabelo ruivo para trás de minha orelha.

- Não vai poder tomar as decisões sozinhas como fez agora. Se for algo sobre nós ou sobre mim, vamos conversar antes.

- Tudo bem!

- Essa relação para parecer verdadeira, vai precisar de cumplicidade.

Seus dedos tocam meu rosto e acho que esta olhando minhas sardas. Estranhamente tenho a sensação que analisa meus traços.

- Você cuida de mim e eu cuido de você. Prometo que tentarei não deixar sua família te derrubar e você me ajuda a não cagar dentro da sua empresa.

- Combinado!

Me sinto aliviada por ele não ter desistido.

- Preciso que me conte mais sobre você.

- Conto, mas com uma condição.

- Qual?

- Que me foda enquanto falo.

Sua risada me faz rir junto.

- Combinado! Abra as pernas.

Abro e me curvo para trás, apoiando minhas mãos na cama.

- É melhor pegar a camisinha.

- Tomo remédio! Só preciso saber se estou segura com você.

Bernardo se posiciona entre minhas pernas. Agarra minhas coxas e me puxa pra frente, nos encaixando. Seu membro esta preso entre minha entrada e seu corpo. Sua mão esquerda segura minha nuca e ele me puxa pra perto de sua boca.

- Você esta segura comigo.

Sussurra e direciona seu membro em minha entrada. Sinto-o pronto pra me penetrar e fecho meus olhos. Sua boca cola na minha e ele empurra sua ereção pra dentro de mim. Meu gemido ecoa em sua boca. Ele é muito gostoso. Me penetra com calma, enquanto me beija, sem muita intensidade. É carinhoso, segue o ritmo lento e prazeroso de seu membro dentro de mim. Envolvo meus braços em seu pescoço e me entrego ao beijo, enfiando minhas mãos em seu cabelo macio. Puxo alguns fios entre meus dedos e ele geme. Gosto de seus gemidos.

- Quero ficar por cima.

Peço em sua boca e ele sorri. Me agarra pela cintura e nos ergue tão fácil. Pareço pluma em seus braços. Nos vira e se senta, me deixando sentada por cima dele. Minhas pernas envolvem sua cintura. Bernardo ainda me mantém presa em seus braços. Rebolo e não desvio meus olhos do dele.

- Você é tão mandona.

Sussurra e começo a me mover.

- Se acostume, afinal eu serei a chefe do chefe do seu chefe.

Meu sorriso é enorme em meu rosto. Gosto disso. Gosto de poder.

- Estou comendo a chefe do chefe do meu chefe.

- Na verdade...

Paro de me mover e aperto seu membro com meu sexo.

- Eu estou te comendo.

- Você gosta do poder que tem sobre mim.

- Sim...

Bernardo me solta e se joga na cama de costas.

- Então abuse de seu poder.

Apoio minhas mãos em seu peito.

- Você é tão fácil de domesticar. Sempre quis ter um bichinho.

Ele ri e bate em minha bunda.

- Me quer como seu bichinho?

- Sim...

- Que bichinho eu seria.

Fecho um olho pensando.

- Qual o animal com o maior pau?

- Um dia vi na televisão que o elefante tem o pau mais cobiçado do reino animal. Ele é grande e grosso.

Bernardo diz rindo.

- Não posso te chamar de elefante, é estranho.

- Não se for um apelido de namorados.

- Teria que ser algo fofo e não sei fazer isso.

- Tenta...

- Ser fofa com teu pau enorme dentro de mim? Com a sua enorme tromba dentro de mim, meu fanfante.

Falo com biquinho e ele ri alto.

- Fanfante?

- Elefante bem fofo.

Não consigo para de rir.

- Vamos brincar com sua tromba, fanfante lindo.

- Isso não é excitante.

- Mas eu gostei.

Começo a subir e descer em seu membro. Fecho meus olhos me deliciando com ele dentro de mim. Bernardo se senta e me agarra de novo, nos virando na cama. Me deita e começa a socar dentro de mim.

- Quero um apelido mais másculo.

Não consigo parar de gemer. Soca mais e mais, tudo dentro de mim se agita.

- Meu pau merece algo grande.

Me lembro da tora branca dele.

- Vem lenhador.

Para de mover e nos olhamos.

- Gosto de lenhador.

Seu sorriso safado é lindo.

- Ótimo! Então volta a foder a chapeuzinho.

- Isso é sexy! Foder a chapeuzinho é algo bom.

- Para de falar e me fode.

Bernardo se deita sobre mim e volta e se perder em meu sexo.

- Goza pra mim, chapeuzinho...

Pede em meu ouvido e mete mais e mais. Isso é excitante. Estranhamente excitante.

- Goza pro lenhador.

- Vou gozar na sua tora enorme.

- Isso...

- Mete ela mais fundo.

Bernardo acelera suas investidas e estou perto de gozar.

- Oh, lenhador!

Grito quando meu orgasmo domina meu corpo.

- Chapeuzinho!

Sussurra pulsando dentro de mim, gozando forte. Estamos largados na cama.

- Isso foi estranhamente bom.

Nós dois rimos.

- Que horas vamos viajar?

- Vamos arrumar nossas coisas e partimos. Quanto tempo precisa pra arrumar sua mala?

- Uma hora no máximo.

- Te deixo onde mora e depois te busco.

Ele se vira na cama e me olha.

- Tem certeza que quer fazer essa loucura de me apresentar a sua família? Você pode encontrar alguém.

- Quando encontrar alguém, terminamos. Como todo casal nesse mundo.

- Quem vai levar o pé na bunda?

- Você será o corno, pois logo em seguida apresento o cara certo pra minha família.

- Espero que ele tenha o pau melhor que o meu. Não vai ser fácil aceitar ser trocado por um pau de merda.

- Nem me fale! Achar um pau decente depois do seu, será difícil.

Ele ri e para, mantendo seus olhos nos meus. Fica me olhando por longos minutos.

- Acho melhor irmos.

Digo saindo da cama. Não gosto que fiquem me observando.

- A viagem vai ser longa.

            
            

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