PAGANDO PARA AMAR
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Capítulo 7 -7

Paro em frente a um pequeno prédio de três andares.

- Aqui que você mora?

- Sim, divido um apartamento com um amigo.

Olho mais uma vez o pequeno prédio.

- Parece legal.

Ergue uma sobrancelha para mim.

- Aposto que mora em uma mansão enorme com seus pais.

- Não moro com meus pais, moro sozinha em uma cobertura.

- Cobertura é coisa de gente rica.

- Eu sou rica.

Pisco para ele.

- Joga na cara.

Bernardo ri e se vira para mim.

- Me pega em uma hora?

- Sim...

- Tem certeza que quer fazer isso?

- Certeza!

Suspira e olha para a chave em sua mão.

- Espero que consiga o que quer.

- Eu também...

Sem me olhar, se vira novamente para a porta.

- Até!

- Até!

Sai do carro e o vejo entrar em seu prédio. Assim que some pelas portas, ligo o carro e vou para casa. Já não estou mais bêbada. O sol já nasceu no céu de Santos e me incomodo com os raios dele em meus olhos. Pego meu óculos de sol e curto o caminho até minha casa. Foi uma noite bem proveitosa. Ganhei um namorado falso. Tive orgasmos maravilhosos. Terei companhia para esse fim de semana, que me ajudará a engolir minha família chata. Terei um lenhador com uma tora branca linda para me satisfazer. Isso não pode ficar melhor.

*******************

Estou atrasada quase uma hora. Paro em frente ao prédio do Bernardo que esta me esperando com uma cara nada boa.

- Me atrasei.

Digo ao abaixar o vidro do Audi.

- Desculpa!

- Você não é boa com hora marcada. Vou anotar isso.

Joga a mala dele no banco de trás e entra no carro.

- Não seja um chato.

- Eu chato? Faz uma hora que estou te esperando em frente ao meu prédio.

- Tive um problema pra resolver.

Minto e ele fica me encarando. Evito olha-lo e foco no carro que já coloco em movimento.

- Esta mentindo.

- Não estou.

Ele começa a rir.

- Você é uma péssima mentirosa. Por que se atrasou?

- Dormi na banheira.

Confesso e começo a rir.

- Era pra ser um banho relaxante e por culpa sua eu dormi.

- Minha culpa? Eu nem estava lá.

- Sua tora branca estava, meu querido lenhador. Fechei meus olhos e só pensei no seu enorme pau.

- Você dormiu pensando no meu pau?

- Sim! Foi uma surra de tora branca em meus sonhos.

- Você definitivamente não é normal.

- Sou sim! Anormal seria não ter sonhos com ele, depois de tantos orgasmos.

- Te fiz feliz essa noite.

- Muito!

Digo a ele que sorri.

- E quando quiser me fazer feliz assim de novo, é só dizer chapeuzinho, que logo pulo na sua tora, meu lenhador.

Bernardo se aproxima do meu ouvido, tento manter minha atenção na estrada.

- Teremos uma palavra chave.

Roça o nariz em meu pescoço.

- Quando eu disser: Madeira. Você já sabe que o lenhador esta querendo enfiar a tora na chapeuzinho.

- Isso é ridículo.

Estou rindo alto.

- Achei sensual.

- Imagina no meio da família você dizendo, madeira.

Minha barriga dói de tanto que estou rindo.

- Vou ter uma crise de risos.

- Tem uma palavra melhor pra me chamar para o sexo na frente deles?

- Vou pensar em uma.

Bernardo volta para o banco, se afastando de mim.

- Quer que eu dirija um pouco?

- Não precisa, estou bem.

Se acomoda mais no banco, como se fosse dormir.

- Onde é a casa de campo?

- Não é bem uma casa de campo.

- O que é?

- Um hotel da minha família. Sempre que temos um evento grande, não deixamos estranhos fazerem reservas e ficamos com o hotel só para nós.

- Isso é legal.

- É ótimo!

Digo com sarcasmo e ele me olha.

- Odeia tanto assim ficar com sua família?

Tento buscar palavras para explicar.

- Minha família aparenta ser perfeita. Tios, sobrinhos e tudo mais parecem comercial de margarina.

- Isso é um problema?

- Sim! Quando você é a exceção.

- Você é a ovelha negra.

- Sim... E isso me torna o foco.

- Me explique.

- Sou motivo de piadas, de criticas, de conselhos, de pena e todo tipo de coisas irritantes que possa imaginar.

- Isso não e legal.

- Não é.

- Ninguém te defende ou pelo menos é legal com você?

Um sorriso sincero cresce em meu rosto.

- Minha avó.

Olho para ele que esta me observando e depois volto meus olhos para a estrada.

- Ela é a razão de aguenta-los o fim de semana todo.

- Você ama a sua avó?

- Muito! Ela é minha veinha da sorte.

Bernardo ri.

- Me explica esse apelido.

- Sabe aquelas pessoas que possuem amuletos da sorte?

- Sei...

- Ela é o meu amuleto. Todas as boas noticias na minha vida, ela estava ao meu lado quando as recebi. Minha veinha da sorte.

- Ela sabe que a chama assim?

Confirmo que sim com a cabeça.

- E deixa que a chame assim?

- Não! Isso é uma coisa nossa. Na frente dos outros a chamo de abelhinha.

- Por que abelhinha?

As lembranças de minha infância aliviam um pouco a saudade que estou dela.

- Quando eu era criança, vovó sempre que chegava para me ver, cantava uma canção.

Começo a canta-la.

" Sou uma abelhinha, procurando um cantinho.

Onde encontrarei o meu lugarzinho ?!"

Meus olhos se enchem de lágrimas.

- Saia de onde estava escondida e gritava para ela.

"Sou seu lugarzinho, a sua florzinha"

- Ela é minha abelhinha e sou sua florzinha. Era uma forma de mostrar que éramos o porto seguro uma da outra.

- Isso é fofo!

- Sim! Ela canta pra mim essa canção sempre que me vê.

- Então essa viagem pode ser em uma parte, boa para você.

- Sim! Vou poder matar a saudade da minha abelhinha.

- Ficarei feliz em ver isso.

Sua mão toca a minha perna.

- Você vai ver isso e muito mais. Como meu falso namorado, vai presenciar a minha tortura.

Isso me faz lembrar uma coisa.

- Como já iniciamos nosso acordo, vou começar a cumprir com o meu.

Olho para ele.

- Me passe o nome de onde faz faculdade e seus dados. Vou conversar com o reitor e quitar sua divida.

Seus olhos se arregalam e tenta disfarçar seu nervosismo que domina seu corpo agora.

- Não precisa falar com o reitor.

Começa a tossir um pouco engasgado.

- Te digo o valor que preciso para quitar e você passa para a minha conta.

Seu nervosismo me incomoda. Bernardo me esconde algo.

- O que esta me escondendo?

- Nada...

Sua voz quase não sai. Puxo o carro para o acostamento e o desligo.

- Por que paramos?

- Porque tem alguma coisa errada.

- Não tem nada errado.

Meus olhos focam nele.

- Solta!

- Já disse que não tem nada errado. Não quero te dar trabalho. Apenas deposite o dinheiro na minha conta e quito minhas dividas na faculdade.

Solto meu cinto e avanço nele.

- Você faz mesmo faculdade de engenharia?

Pergunto com meus olhos focados dentro do dele.

- Sim...

Me lembro de nossa conversa no clube, ontem a noite.

- Você disse no clube que era estudante de administração.

- Disse?

- Sim...

- Me confundi.

Recua ate bater as costas na porta. Quase o monto e se apavora.

- Odeio mentiras! Vou te dar a chance de desfazer essa, antes que eu descubra a verdade.

Agarro seu pau com a minha mão e o aperto. Ele solta um grito de dor.

- Se continuar mentindo e eu descobrir, arranco sua tora com meus dentes.

- Solta meu pau.

- Diz a verdade.

- Tá, vou dizer! Mas solta ele.

Solto seu pau e seu corpo relaxa.

- Não faço faculdade nenhuma, menti pra você.

- Por que você mentiu pra mim?

                         

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