Escravos do Harém
img img Escravos do Harém img Capítulo 5 A Sessão de Fotos
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Capítulo 10 Sexo de Verdade img
Capítulo 11 O Café da Manhã img
Capítulo 12 O Acionista img
Capítulo 13 Prenúncio da Festa img
Capítulo 14 O Ator Apaixonado img
Capítulo 15 O Encontro de Revelações img
Capítulo 16 Fim de Noite img
Capítulo 17 A Cafeteria img
Capítulo 18 Preservando a Imagem img
Capítulo 19 Comportamento Suspeito img
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Capítulo 5 A Sessão de Fotos

- Qual era nosso objetivo mesmo, vindo aqui? - Danúbia perguntou, ainda perdida após o contato com Cláudio.

- Analisar perfis? - Helena tentou se concentrar novamente. - Me conta uma coisa, como os agentes faziam para abordar vocês sem correr o risco de serem processados por assédio oh algo assim? Não parece muito fácil chegar numa modelo e oferecer dinheiro para ela fazer um programa, sem que em algum momento alguma menina não o denuncie. - Helena tinha aquela dúvida guardada, mas foi a primeira vez que resolveu perguntar. Elas subiram lentamente as escadas para o estúdio. Todo o local tinha paredes de vidro, elas podiam ver dali que as fotos já estavam acontecendo. Enquanto chegavam, Danúbia respondeu.

- Eles são muito bons entrevistadores. Existem diversos níveis de seleção. Eles vão meio que promovendo aquelas que vão passando por cada estágio de disposição, por assim dizer. Primeiro eles selecionam pela beleza e também pela demonstração de interesse financeiro da garota. Em seguida, oferecem os books gratuitos comuns, com vários tipos de fotos, usam normalmente grifes famosas, vestidos lindíssimos e fazem um trabalho totalmente profissional e sem nenhuma pista de que pretendem ir mais longe. Isso já deslumbra, de cara. Depois propõem, por mais dinheiro, fotos de lingerie e biquíni. As casadas aqui já são eliminadas, a maioria das mães também. Claro que não contam que é esse o motivo, mas é... O próximo estágio é algo classicamente conhecido como teste do sofá, mas que não necessariamente precisa ser num sofá. Um produtor propõe um trabalho para a indústria pornô, normalmente já com uma proposta financeira absurda. A quantia de dinheiro é fora da realidade, mas nenhuma garota acaba entrando nesse tal projeto. É apenas uma isca. Para poder ser selecionada, ela precisa fazer um ensaio nua. Na maioria das vezes, já é nessa hora que a proposta do test-drive com o produtor acontece. Na reunião seguinte, com a resposta da seleção, vem a negativa mas uma nova proposta: a casa das modelos. No local onde eu trabalhava, o salário era muito bom, a gente tinha garantia de bons trabalhos como modelo também e os clientes eram todos muito bem selecionados nos mais variados sentidos. Nós tínhamos a opção de nos manter com clientes fixos, de não querer continuar com clientes que não gostássemos. Havia apenas meta de faturamento. Mas se a gente tivesse um padrinho que gostasse apenas de conversar e esse cara sozinho atendesse a cota financeira que eles estipulavam, podia não ficar com mais ninguém. Eram poucas que conseguiam e normalmente a gente acabava pegando mais clientes, sempre na esperança de achar um melhor para substituir o atual principal.

Helena prestou atenção em cada detalhe e estava embasbacada com o fluxo de tal processo, havia todo um sistema, uma complexidade. A essa altura já estavam sentadas, acomodadas pela produção para assistirem o ensaio de fotos.

- No nosso caso, tudo parece ficar um pouco mais difícil, para encaixar nessa fórmula. Bom, veja quantos homens estão aqui, já de cueca e sunga. A abordagem já parece diferenciada. Sem contar que eu não sei se conseguiria fazer um test-drive com todos os candidatos... - Helena cochichou para Danúbia, enquanto coxas passavam para lá, bundas passavam para cá, um homem mais gostoso que o outro.

- Eu com certeza faria esse test-drive completo! - Danúbia riu, mordendo os lábios, enquanto admirava o volume fora do normal na sunga branca de um dos rapazes. - Mas falando sério, Helena, essa tarefa é muito mais fácil. Que homem não aceitaria a tarefa de ganhar um bom dinheiro para transar com uma mulher rica, bonita e bem cuidada? - Danúbia não falou no mesmo tom que Helena e essa, por sua vez, deu uma boa olhada em volta para ver se ninguém havia escutado.

- Mas não está nos meus planos manter homens apenas para transarem comigo, ou com você... Ou com clientes... Eu quero verdadeiros escravos, não apenas sexuais, quero que homens que sejam capazes de estar a disposição para fazer qualquer coisa que eu quiser, a qualquer hora que eu pedir. Homens que estejam dispostos a abrir mão de qualquer outro elemento de suas vidas para estarem todo tempo de prontidão. - Helena contou para Danúbia que não tinha a noção de que era bem isso que ela pretendia. Após pensar bem, a garota percebeu que na verdade, mesmo tendo uma falsa noção de liberdade, no tempo em que ela passou na casa de modelos, era exatamente isso que ela fazia. Ela não era convocada apenas para as sessões de sexo. Haviam massagens, conversas terapêuticas, sessão de fotos, algumas vezes até gravação de comerciais, de campanhas publicitárias. Sem contar que faziam as tarefas domésticas dentro da casa. Cozinhavam, lavavam, limpavam, não apenas para ela, mas para toda a empresa.

- Acho que tudo vai depender de como você vai fazer eles se sentirem. Com as motivações certas, você conseguirá convencer qualquer um. Você só vai precisar se preocupar com algo que é muito importante mesmo se tratando de uma agência masculina: a contenção de perdas.

- O que seria isso? - Helena perguntou curiosa.

- Você foi uma perda, por exemplo. Mas a agência conseguiu rapidamente te abordar, repassar as notícias como ela queria que fossem divulgadas e pagar as pessoas certas para manter a versão deles dos fatos. Tudo continua funcionando lá normalmente, mesmo com uma esposa invadindo o lugar, pegando o marido no flagra e ele morrendo na porta do local.

- Acho que entendi o que você quis dizer... Preciso de uma retaguarda que não necessariamente joga limpo.

- Se preocupar em jogar limpo com certeza não será uma coisa que você poderá ter em mente.

- Certo, rapazes, agora, por favor, vocês podem se trocar rapidamente e colocarem as peças da segunda coleção? - A produtora gritou para os modelos e aquela fala automaticamente fez as duas pararem de prestar a atenção em qualquer outra coisa que não fosse aquilo.

- Aqui mesmo, Romena? - Um dos modelos perguntou.

- Você não está com vergonha de ficar nu na frente de todo mundo, né? Por favor, não dá tempo de esperar todo mundo ir se trocar, não! - Ela respondeu em tom autoritário.

- As moças ali não se importam? - Outro cara insistiu.

- Com certeza não, elas são olheiras, tenho certeza que estão preparadas para isso e provavelmente pode ser até uma boa oportunidade para verem o material completo.

Após a última fala de Romena, todos se despiram e foram se vestindo com as novas sungas.

- Minha nossa, já tive experiências, mas sinceramente nunca vi tanta rola livre assim junta, pessoalmente. Se era analisar perfil que você queria, tem de todo tipo! Minha nossa olha aquele! Nossa me deu até calor! - Danúbia conseguia comentar, mas Helena engoliu seco e travou, quase não conseguindo sequer respirar, vendo todos aqueles corpos masculinos deliciosos, completamente nus e ao mesmo tempo numa situação tão frágil, procurando se vestir rapidamente, dividindo o mesmo ambiente com os outros, numa clara situação que não os deixava tão confortáveis.

- Com toda certeza é isso que eu quero pro meu dia a dia! - Foi o que ela conseguiu dizer, assim que todos estavam prontos para continuar.

            
            

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