- Bom, vocês já conheceram a Ana, ela é minha secretária e muito provavelmente, se tudo der certo, cuidará diretamente de vocês, então tratem a ela como se fosse a mim ou a Danúbia. Agora, vamos, desceremos para o piso debaixo, onde faremos nossa reunião. - Helena caminhou para o elevador, sendo seguida por Danúbia e pelo três rapazes, mas Ana, ainda parecendo um pimentão, após a apresentação de Helena, a interrompeu.
- Eu havia preparado a sala de reuniões, Sra. Helena, faz tanto tempo que não tem ninguém lá embaixo, será que não está tudo empoeirado? - A secretária sussurrou no ouvido da chefe.
- Ana, não faz tempo que ninguém vai lá, essa é apenas a informação que você tem! Eu mandei renovar todo o pavimento, fique tranquila, depois eu te levo lá para você ver como ficou. Não vou te deixar de fora, ok?
Quando o elevador abriu, de dentro dele saiu Herbert.
- Bom dia, Helena! Que bom vê-la por aqui! Novos negócios? - Ele ainda não tinha visto Danúbia, até que ela surgiu por trás de Helena e se engrandeceu diante dele. - Danúbia, que prazer vê-la aqui. - Ele havia cumprimentado Helena, apenas com uma reverência, curvando a cabeça e alguns milímetros do corpo, sabendo que a dona da empresa não gostava que se aproximassem com nenhum gesto de contato, mas fez questão de pegar a mão de Danúbia e beijá-la.
- Já falei para ela dar uma oportunidade, tá bom, agora só depende dela! De todo modo, realmente espero fechar um excelente negócio que darei mais detalhes quando for mais oportuno, agora, peço perdão, mas se puder nos dar licença Herbert!
- Claro, claro! Mas não estou assediando sua colega, espero que me compreenda e não me entenda mal, por favor! - Ele fez questão de falar, após trocar de lado, indo para fora do elevador e o grupo entrando nele.
- Fique tranquilo, Herbert. Sabemos diferenciar bem interesse de assédio, mas mantenha-se assim. Como eu disse, sabemos diferenciar bem. - O elevador se fechou e desceram rapidamente apenas um pavimento.
Quando a porta se abriu, revelou-se praticamente uma espécie de quarto de Motel daqueles criados para festas grupais, com uma quantidade enorme de acessórios e estruturas que a visão nem dava conta de se identificar tudo, à primeira impressão.
- Uau! - Foi a primeira vez que Natan e Felipe falaram naquele dia e a voz deles se misturaram, tendo essa mesma reação, juntos.
- É uma campanha de produtos sexuais? Que incrível! - Helena riu da inocência de Tomás, mas em seguida acreditou que seria mais fácil se eles já tivessem entendido sua intenção.
- Não é uma campanha desse tipo de produto, Tomás, porque na verdade mesmo não é nem uma campanha realmente, é uma proposta de trabalho permanente. - Helena os deixou com cara de confusos, curiosos e empolgados.
- Como assim? - Natan quem questionou.
- Em cima daquela prateleira eu deixe três contratos. Os valores serão de pagamentos mensais, com cláusulas de realizações de tarefas adicionais, mas possuem números para qualquer caso, absolutamente insanos, que eu acho que vocês não poderiam falar não, mesmo que fosse para vender a alma de vocês.
- Bom, se for isso mesmo que a senhora está dizendo, nem precisa me explicar, porque eu venderia minha alma pelo valor justo, fácil, fácil, até por um valor injusto, dependendo do quanto for. - Felipe parecia ser o mais disposto a qualquer coisa.
- Mas quando a senhora diz "vender a alma" está se referindo mais especificamente a o que? - Já Tomás, apesar de interessado era um pouco mais cauteloso.
- Eu quero contratar vocês como escravos! - Ela finalmente não teve medo de colocar pra fora.
- Escravos sexuais? - Natan perguntou de bate pronto.
- Também, mas não só... Escravos de verdade, para fazerem o tempo todo, única e exclusivamente tudo o que eu mandar, sem exceções. Claro que eu não pretendo ser uma dona que não sabe limites, não seria o tratamento clássico do termo, evidente que não, pelo luxo que vocês teria e pelo dinheiro envolvido. Mas vocês, por um tempo, enquanto quiserem se manter assim, só fariam o que eu mandasse ou autorizasse. Danúbia, pegue os contratos ali, por favor.
Danubia assim o fez pegou e distribuiu. Eles começaram a ler e logo se assustaram com a proposta financeira.
- Sra. Helena, é realmente muito dinheiro... - Natan se surpreendeu.
- E pelas tarefas aqui... Apesar de ter dito que não eram sexuais... Está na sua previsão muitas coisas nesses sentido... - Tomás foi quem já tinha se adiantado nesse ponto.
- Deixa eu ver se eu entendi... Vai nos oferecer tudo isso... Pra gente vai transar com você... Ou vocês... Ou com quem você mandar... E pra sermos seus criados exclusivos 24 horas? - Foi a conclusão de Felipe.
- Basicamente isso... Claro que, como vocês viram aí, vocês tem o direito de pedir o que quiserem, apesar de nao definir folga, vocês poderão sair, eu liberarei, evidentemente que monitorados para eu saber cada coisa que farão, mas terão algum tempo para vocês. E com tanto dinheiro, é evidente que não aguentarão serem escravos por tanto tempo, então, vocês permanecem o quanto quiserem, mas quando desistirem, não tem volta.
- Posso assinar? - Natan se antecipou, pedindo por uma caneta.
- Bom, ainda não, tem um detalhe... - Helena respondeu, deixando-os apreensivos.
- O que é? - Os três perguntaram quase juntos.
- É preciso fazer um teste... - Hele a respondeu sem graça.
- Pra ser muito sincero... Desde que começou a falar... Não via a hora disso... - Felipe era o mais interessado em Helena, mas os outros dois já estavam empolgados com a questão pendente, também.
- Mas o teste não será comigo... Eu até tinha pensado nisso, mas cheguei a conclusão que minha experiência não me permite fazer boas escolhas quanto a isso. O teste inicial será com Danúbia!
- Comigo? - Ela realmente foi pega de surpresa.