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Depois dos beijos dos abraços, da perca de horário, o pai dela teve que busca ela na entrada do morro.
Pensei, "agora que estava ficando bom, o pai dela vai proibir da gente si, ver, certeza... depois de ter que buscar a filha na entrada do morro!
Como era quinta-feira o dia do trabalho, meus planos era ver Sarah sexta na escola, mas não deu certo, na sexta-feira minha mãe acordou com a maldita enxaqueca, e quando atacava era complicado, ela não podia ver nem a luz do sol, parecia uma vampira
Tadinha, desde quando mi entendo por gente eu vejo minha mãe sofrer por causa dessa maldita enxaqueca.
Aí ela não consegui nem trabalhar fora.
Na sexta-feira, minha tia costuma aparecer mais cedo e começa tipo uma faxina.
E aproveitando que estou em casa... arranca meu coro?
E colocava eu para lava roupa, cuida da casa.
Então foi só na segunda que foi ver a Sarah novamente, nesse prazo de tempo a gente ficava trocando palavras de amor pelo watt, nossa... "Ela era tão meiga, tão doce" que eu estava morrendo de amor, passava o dia pensando nela, naquela boquinha macia, no cheiro dela, aqueles trejeitos que só ela tinha, eu ficava ligado em casa movimento dela, isso me fascina.
Eu não tinha olhos para mais ninguém, meus 14 anos, minha primeira paixão.
O tempo que não passava, eu louco para chegar segunda, a sexta foi lenta, o sábado pior e domingo foi um martírio para mim.
Enfim segunda-feira! Minha mãe estava melhor, tinha ido trabalhar, passou o dia e a gente trocando palavras pelo watt, até chegar a hora do curso.
Chegou a hora de reencontrar meu amor!
Fui para o ponto de ônibus, lá estava ela, linda, maravilhosa e cheirosa, eu não sabia como chegar nela aquela hora, oque fazer depois do primeiro beijo?
Eu não sabia si, chegava e dava 3 beijinhos, si, pegava na mão ou dava um selinho.
Seila era dúvida de mais.
Quando cheguei pertinho dela, segurou minhas mãos e disse: eu estava morrendo de saudade e mi beijou...
Meus pensamentos criaram asas, e voou na macies da boca dela e no cheiro do seu corpo, ah, o desejo estava aflorando, a calça criava volume, e o pior de tudo... "Eu era virgem" e um dia ia ter que falar isso para ela.
Então Pensei... Acho que o Pai dela não deve ter ficado tão bravo de ter buscado a filha na entrada do morro do Alemão.
Enquanto eu pensava isso, Sarah disse. Meu Pai mandou ti, chamar para jantar com a gente no sábado amor... Fique surpreso! Tanto pelo convite, quando pelo "Amor", naquele momento senti que o negócio estava serio.
Respondi meio acanhado: Pode falar para seu pai que vai ser um prazer, já tremendo por dentro, "meu Deus, oque sera que ele vai falar", ainda era segunda-feira, olha só, ter que suportar aquela ansiedade a semana inteira.
Falamos de como tinha sido nosso final de semana, o meu sem muitas novidades, novidade no moro é passar um fim de semana sem tiroteio, falei como minha mãe tinha passado mal, e começou a melhor no domingo, graças a Deus.
Essas aprovações mi dava ainda mais força para não desistir de ser um médico. Então perguntei, como foi seu final de semana Sarah?
Ela já respondeu com um tom de nervosa! Por que eu estou ti, chamando de amor e você continua mi chamando por nome?! É que sou tímido, fico sem jeito, "amor"
Ah, Ryan, deixa de ser fresco, já estamos juntos a quase um ano e você com essa coisa de timidez? -- Mas, Sarah, como namorados faz uma semana, vou mi acostumar, amo você, tenha certeza que você foi a melhor coisa que aconteceu nesses quatorze anos de vida que passou, nunca tive ninguém que mi desse esse carinho que você esta mi dando, é tudo novo para mim, sabe.
Mas conto os segundos para ficar do seu lado todos os dias, não vejo a hora da noite passar, o dia acabar, para voltar para esse curso, para ti, ver, ti sentir, para sentir seu cheiro, seu gosto, não tenho nem como descrever isso Sarah.
Essas conversas sempre era na hora do intervalo do curso, sabe aquelas quadras de vólei e futebol? Nosso intervalo era de meia hora, íamos para quadra, os responsáveis da noite deixam poucos refletores acessos, creio ser para economizar energia, então ficava bem escurinho.
Eu sentava no degrau de cima da arquibancada de concreto nada confortável e ela sentava entre minhas pernas na arquibancada de baixo.
Nunca ficávamos sozinhos, sempre tinha vários casalzinhos no escurinho por ali, até aparecer alguém da direção e esparramar todo mundo.
Não tiro a razão deles, tinha casal que parecia não ficar só no beijinho, sabe, tinha uns movimentos diferentes, mas a gente ficava na nossa, só nos beijinhos, e eu passando a mão nos cabelos longos e ruivos dela, o melhor de mexer no cabelo dela, é que eu levava aquele cheiro gostoso de flor-do-campo para minha casa, todos os dias.
Toda escola tem isso né, que casal não aproveita os cantos escuros da escola anoite, estou escrevendo e relembrando cada momento vivido com ela, foram dias mágicos e inesquecíveis.
Não poderia imaginar que iria acabar como acabou, mas em fim.
Todo dia, era um dia deferente, pelo menos agora, que tinha ela na minha vida, eu já não acordava sozinho, sempre tinha um bom dia dela e perguntando si eu tinha chegado bem em casa.
Mas que rápido eu respondia, procurava uma mensagem de amor e mandava de volta com minha responta:
Minha noite só não foi melhor, porque você não estava do meu lado, para a gente dormir abraçado, para poder pegar no sono sentindo seu perfume e seu calor.
Ela suspirava do lado de la, era como si eu sentisse, que nascêssemos um para o outro. Era um amor-perfeito, mesmo ela sendo bem ciumentinha, mas eu também tinha meus momentos.
Que casal que não tem seus chiliques, quando mais tempo si, passa junto, mas o amor aumenta e o bendito ciumes também, isso é algo que ninguém consegui evitar.
Mas eram momentos inesquecíveis, momentos únicos, primeira namorada, primeiro beijo, sem falar que eu continuava virgem haha.
Nem gosto de lembrar disso, porque não consigo imaginar como, quando e aonde iria acontecer esse momento, nunca perguntei para ela si ela já tinha si relacionado dessa forma com outra pessoa, eu lembro que ela teve um namorado, mas si ela foi nos finalmente com ele não perguntei, mas algum momento vou ter que perguntar né.
Mas melhor não atropelar os carros com os bois, como dizia minha, avó, mesmo eu nunca intendendo essa frase, ela sempre surge em alguma explicação minha. Depois do intervalo a gente voltava para aula, e tínhamos mais três aulas, depois íamos para o ponto de ônibus abraçadinhos, um cuidando do outro.
Como era bom, esses momentos a gente nunca esquece né?
- Primeiro amor, primeiro beijo, as coisas eram diferentes, falar sobre sexo era proibido, pois deixava a pessoa constrangida.
Já fazia um ano de namoro, e a gente só beijava na boca e olha que demorou uns 2 meses para isso acontecer. A gente si, paquerava, mas nem um, nem outro tinha coragem de chegar e falar sobre os sentimentos.
Flertar na época, era como dizíamos, era algo sem malícia, quando dava para ver o joelho da pretendente já era motivo de virar pirueta e ficar imaginando coisas em casa. Era muito bom, existia uma magia por trás de tudo.
Às vezes dava até raiva, porque as meninas não baixavam a guarda de jeito nenhum, não expunham seus corpos. Aí si a gente colocasse a mão na perna da namorada, ela ficava vermelha e logo saia correndo ou dava um tapa na mão da gente.
Agora virou bagunça, vejo as praças vazias, namoros virtuais, ouvi falar que chamam de web namoro, e até os quarentões já entraram na dança.
Nem precisa si, conhecer, basta um beijo e já rola aquela orgia, nem digo sexo, porque na maioria das vezes é orgia mesmo, começando pelas mensagens antes até de ver a pessoa pela primeira vez na vida. É uma coisa muito nada a ver, parece que a magia do amor acabou, querer viver o momento, sem pensar em consequências, em doenças ou coisas do tipo assim.
"O chamado novo normal", mas eu não mi encaixo nele, não consigo esquecer aquela época ou apagar a maneira de ser cordial com uma mulher, para si, tornar um maniaco tarado que quer ir logo para o finalmente e no outro dia nem falar com a pessoa.
Não sei como algumas pessoas conseguem si, encaixar nesse novo normal, eu não consigo, tudo para mim é muito estranho, os casais mudaram, agora são tree casal, ou menage, cada coisa, oque eu via às vezes no sine prive, agora si, vê nas esquinas, o tempo evoluiu de uma forma desenfreada e sem rumo.
E eu mi prendi naquela época, que marcou cada momento de amor, de carinho, de abraço.
Cada reencontro era inesquecível, as músicas marcaram minha época, quando eu a escutava em algum lugar que estava andando, logo lembrava do meu amor. As coisas fixavam em nossa mente, os detalhes, o cheiro, cada perfume, si prendíamos muito nos detalhes.