A Estrela (Duologia Fama Livro 2)
img img A Estrela (Duologia Fama Livro 2) img Capítulo 6 6
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Capítulo 6 6

- Ingrata, impura, estúpida! - Os golpes de Fazilet atingiam Emir, que se colocara na frente da ex-esposa. - Me dê o menino, me dê o menino, por Allah.

Serkan ajudou a mãe, a colocou em um sofá e pediu calma para Fazilet, que olhava com ódio para todos.

- O filho é de qual dos dois?

- Mamãe!

- É meu filho. - Emir interrompeu em um tom tão gélido que fez Fazilet calar-se. - E não vou dá-lo a você, nem a quem quer que seja. Você, como avó, está convidada a participar da vida dele, mas não hoje, não com tanto veneno.

- Eu soube por terceiros que era avó... Eu te abomino, Zeynep Baysal.

- Quem te contou? - Emir perguntou, ninguém sabia da notícia.

- Alguém que achava que eu era mãe dessa filha desnaturada. Passar bem.

Fazilet saiu da mansão pisando duro; estava magoada, a vontade era contar para todo mundo o que acontecera ali.

***

Jülide desligou o telefone, havia falado com alguém que poderia acabar com aquele plano e fazer com que a atriz pagasse por seus pecados.

- Se Zeynep achava que aquele teatro a faria ficar com Emir, ela está prestes a me conhecer.

***

Rüya observava Emir acalentando Zeynep, se aquilo não era amor, ela desconhecia tal sentimento.

- Não fique nervosa, o menino vai notar, se acalme, logo estaremos em nossa casa e ela não vai agir assim. Eu entendo a raiva que sua mãe sente, mas não justifica ela te agredir.

- Eu mereci, Emir, eu mereci.

***

Tuğba ouvia a história de Fazilet e engoliu em seco.

- Eu sabia, mamãe.

- Você o quê? Como você sabia disso?

- Ela me contou quando soube. Eu visito Çağlar todos os anos, e acho que Zeynep teve medo de você fazer o que fez hoje.

- O que fiz hoje? Sua irmã tem um filho e quem me conta? Jülide! Aquela mulher usando aquele tom para me dizer que minha filha tinha um filho escondido...

Tuğba pediu licença e saiu; ia para casa e, no caminho até sua residência, ligaria para Zeynep.

***

Emir contava uma história para o filho quando Zeynep entrou com outono no colo. O celular ainda estava aceso, ela ficou quietinha e sentou-se no chão próximo a cama aninhou a gata no colo, e encostou a cabeça na cama e sorriu quando sentiu o filho a fazer carinho em seus cabelos.

Quando o menino adormeceu, Zeynep colocou a gata numa almofada, desceu com Emir e contou o que Tuğba tinha lhe dito.

Emir chamou Jülide, que não negou, mas disse que não fazia ideia que Fazilet não sabia sobre o neto.

Emir a levou de volta para o apartamento; odiava Zeynep, mas não queria jogar baixo com ela.

***

Murat ficou com o apartamento de Emir, usaria o quarto de Zeynep e deixaria o quarto do amigo vazio, pois sabia que o casamento dessa vez estava sob uma base frágil. No entanto, durante os quinze dias que se passaram até terem acesso à casa, Emir e Zeynep escolheram os móveis juntos.

Andavam de mãos dadas atrás de Murat e ele não acreditava que era apenas fingimento ali; no penúltimo dia estava mais ansioso para ver o casal ficar junto do que eles mesmos. Principalmente quando Suhan lhe disse que tinha uma ideia para descobrir se aquilo era mais que falso, um jantar acabaria com a sua curiosidade.

***

Um dia antes da mudança definitiva, Zeynep arrumava as coisas observando o filho. Çağlar estava animado porque moraria com os pais, e ele tinha adorado Emir sem grandes problemas. A única que estava realmente sofrendo com tudo isso era Zeynep. Na frente dos amigos e familiares eles eram o casal mais apaixonado do mundo, nutriam um amor que superou os problemas e estavam recomeçando. Mas, quando ficavam sozinhos, Emir a tratava com desprezo e ironia.

As gravações começavam em algumas semanas e a exposição pioraria; o destino parecia estar contra ela. Guardou os últimos brinquedos de Çağlar numa caixa. E pegou Outono no colo quando a gata subiu na caixa.

- Vou perder minhas duas noras de uma vez. Essa casa parece infinitamente maior de repente. - Rüya entrou sem bater.

- Não, eu estarei sempre aqui... - Zeynep acarinhou Outono que ronronou.

- Se Emir permitir... Ele treme de ciúme do Serkan, e agora com ele solteiro... A não ser que isso não seja uma tentativa real de estarem juntos.

- Já conversamos mil vezes.

- Afaste Jülide, ela é sonsa, não se mude se ela for junto.

- Já disso... Eu vou sentir a sua falta. Você ficaria com outono pra mim? - detestava deixar a gata para trás, mas como não sabia de Spring, tinha medo do bichano levar o mesmo fim.

- Claro que sim, é bom ter Outono aqui, assim mato minha saudade, meu bem. Não vou embora da Turquia enquanto vocês não estiverem bem. Eu tenho esperança, Zeynep, esperança de que o amor vença qualquer coisa - a mulher pegou outono do colo de Zynep.

- E Serkan e Zehra?

- Ah, meu amor, ali são outros ideais... Zehra sempre se manteve à parte, como se não fôssemos uma família. Eu sinto muito, porque sei o quanto Serkan a ama e está sofrendo com a separação. Meus filhos não deram sorte no amor... E não me venha dizer que voltou com Emir porque vocês não são o tipo de casal que se acertaria sem muitos anos de terapia!

- Rüya...

- Não vou perguntar por qual motivo você mente porque me dói pensar que Emir esteja fazendo mal para você...

- Nunca! Estou colhendo as consequências dos meus atos. Ele me defendeu como um leão, minha mãe até foi embora, não lembra? - Rüya concordou, foi uma grata surpresa vê-lo ao lado da ex-mulher. - Ah Rüya, sabe que nunca vi Fazilet recuar e ela aceitou conhecer o neto sob a supervisão dele. Eu errei muito, minha amiga, lembro quando você disse que me arrependeria disso; eu deveria ter vindo para a Turquia...

- Zeynep, e por que você não foi mais forte que eu? Eu teria te apoiado. Por que não contou nada para ele?

- Porque peguei a extensão sem querer em um dia de chuva e entendi que o avô sabia de Çağlar e te fez ficar quieta. Talvez eu tenha sido egoísta ali, mas pensei em meu filho viajando de cidade em cidade para que eu não pudesse achá-lo. Emir vê um herói no pai e uma prostituta em você, e tive medo.

- Zeynep, meu amor, você sabia?

- Sim, mas não ia insistir nisso, ele quer o filho e eu. De um jeito torto está tudo certo, mas é isso ou Nihat do lado dele no tribunal.

- Além de linda essa minha nora é inteligente! Zeynep, quero te contar algo: hoje estou oficialmente curada! Cinco anos sem carcinoma no corpo, estou tão feliz que queria comemorar. Mas isso magoaria Zehra, ela pode pensar que não me importo com o divórcio.

- Vamos comemorar sim, vou arrumar isso e tomamos uma taça de champanhe, não há uma notícia melhor do que essa. Vamos aproveitar que Çağlar saiu com o pai.

Foram interrompidas pela governanta, avisando que Zehra estava na casa; Zeynep pediu para Rüya esperar e foi falar com a amiga. Além do problema com Emir, o casal de amigos estava se separando e Zeynep não deixaria a amiga cometer o mesmo erro que ela.

Encontrou Zehra no quarto, colocando algumas coisas em uma pequena mala.

- Zehra, pense melhor, minha amiga, aja com calma, Serkan está arrasado com essa situação. Vocês dois se amam, não podem se separar por besteiras. Eu falei para ele te procurar e resolverem tudo.

Zehra ouvia calada, amava tanto o marido, mas não foi mulher suficiente para fazer com que ele a amasse. Não adiantava insistir, o amor da vida dele era Zeynep e sempre seria.

- Zeynep, obrigada pelas palavras de consolo, nosso casamento já não ia bem faz tempo. Casamos no calor do momento, e eu achava que poderia me encaixar no mundo dele. Infelizmente não sou como você, que conseguiu se adaptar ao luxo em tão pouco tempo. Ele é um homem rico, atraente e tenho certeza que não faltarão mulheres para tirá-lo da solidão. Além disso, você precisa dele mais do que eu, não é?

- Eu?

– Eu era apenas uma substituta, quando ele precisava de carinho, mas cansei e agora quero viver a minha vida. Eu viajo para os Estados Unidos amanhã, quando ele organizar a papelada do divórcio eu volto. Agora, se me dá licença eu preciso ir, ainda tenho algumas coisas para resolver.

Zeynep entrou na frente da amiga, a impedindo de sair.

- Zehra, por que está falando desse jeito?

- O Serkan te ama, você não percebe como ele te olha? Sempre que conversamos ele fala o quanto você o faz feliz.

- Minha amiga, que palavras amargas são essas? Quando você se transformou nessa pessoa?

- Pergunte do seu amigo e da mãe dele, é você que ela ama, é você que ela queria como nora. Agora me dá licença que preciso ir.

- Eu me calei por muito tempo, mas acabou, você vai me ouvir.

- Não vou.

- Vai sim. Não é a primeira vez que você me ofende. Você sabe que eu amo Emir, que meu filho é dele e que Serkan é meu irmão. Você posa de vítima, mas não é. Zehra, a tia Bilnaz te deu a chance de ser médica e até hoje ouço que eu era uma maquiadora maquiavélica. Nem mesmo Emir acreditou na minha virgindade até tomá-la para ele, e você acha que é a única que sofre?

- Emir olha para você e Serkan também, você tem todos aos seus pés.

- Você não viu o olhar do seu marido cheio de amor por você, Zehra, porque estava ocupada sendo a vítima. Você não via ele chegar com flores porque estava no hospital, você cuida de doentes o dia todo, mas não percebe que adoeceu. Eu amo Serkan como um irmão e se você viu mais que isso entre nós não merece nem minha amizade e nem o amor tão grande que ele sente por você. E sua sogra, tão insensível, hoje queria comemorar a cura, mas a casa precisa estar triste porque a Zehra é uma vítima! Ou você acorda e vê o que está fazendo com a sua vida, ou vai perder Serkan e eu vou apoiar a mulher que ele quiser, porque é você quem está saindo.

- Isso não muda...

- Não, eu estraguei seu casamento, porque eu fui amiga do seu marido, porque Rüya me ajudou com Çağlar, é a minha presença tóxica que matou a sua felicidade. Não foram seus plantões intermináveis. Suas recusas para viajar, ou os resmungos porque as mulheres que estão à volta de Serkan são lindas... Eu não mereci Emir porque eu menti, você não merece Serkan porque não participou um dia sequer de seu casamento! Agora, com licença, eu vou abrir um champanhe para comemorar a cura de Rüya. Se você quiser descer e parar de chorar por caraminholas da sua cabeça, está convidada.

Zehra encarou Zeynep e saiu.

Zeynep passou as mãos pelos cabelos, estava muito tensa. Detestava falar com Zehra assim, mas se ela tivesse sido sacudida no tempo certo, não estaria sofrendo. Desceu, pegou o champanhe e duas taças. Comemoraria a cura da amiga e todo o infortúnio que suas escolhas agora lhe traziam.

***

Serkan chegou no momento em que Zehra cruzava a saída da mansão. A sala estava imersa na escuridão, assim como ele mesmo; caminhou até a janela e olhava o vazio, Zehra tinha escolhido o embarque. Ele não conseguiu convencer a mulher a ficar e lutar pelo casamento. Fora um péssimo marido, não soubera lidar com os problemas, não viu a tristeza no rosto de Zehra..., a amava tanto!

Doía pensar que a mulher não confiara nele, enxergando um sentimento romântico entre Zeynep e ele, que jamais a viu como mulher.

Estava perdido em pensamentos quando a governanta avisou que Emir tinha chegado.

Pediu que ele entrasse, Zeynep e a mãe estavam no andar superior.

Indicou o sofá e ofereceu um drinque enquanto esperavam Zeynep. O silêncio na sala era constrangedor. Se não fosse Çağlar, talvez nunca tivessem chegado a uma conversa.

- Tio Serkan, meu pai me deu esse carrinho, olha. - Serkan pegou o menino no colo, o que fez Emir sentir ciúme.

- Que legal, campeão, vai lá mostrar para a mamãe e a vovó, elas estão lá em cima.

O menino subiu as escadas correndo, e, assim que ficaram a sós, Serkan falou:

– Eu sei que você está chateado com ela, sei também que seu ciúme em relação a minha amizade com Zeynep foi um dos motivos da separação de vocês dois. Não entendo essa súbita mudança vinda de você, mas se a magoar, eu te arrebento.

- Queria ficar com ela, não é?

- Você é um imbecil! Zeynep é louca por você e sempre será, eu vi o tanto que ela sofreu ao esconder isso de você. Não estou pedindo que você a perdoe, mas que não a maltrate.

- Coitadinha, não é mesmo? Ainda bem que tem você para defendê-la.

- Sim, ela tem. Zeynep sofre por ter escondido o menino, tinha medo de você tirar o filho dela, medo de que você não a deixasse participar da vida dele.

- Não faria isso!

- Não? Você pediu o divórcio sem nem falar com ela, pediu um exame de gravidez porque iria lhe tirar o filho e ela não tinha motivos para sentir medo, é isso? Ela te ama, Emir, aproveite o recomeço de vocês dois. Como um irmão mais velho, eu exijo que você cuide bem da Zeynep. Ela sofreu demais por esconder essa mentira, mas ela te ama e sempre te amou.

- Posso saber por que todo esse discurso de irmão mais velho?

- Porque é o que sempre fui, sou irmão dela. Se você a ouvisse, saberia.

- Nunca tiveram nada?

- Nunca! Ela é especial, e te adora. Vou chamar os dois, espero que vocês três sejam felizes. Enquanto você sai do mundo dos divorciados, eu entro nele. Com licença.

Emir observou Serkan subindo de cabeça baixa, ele aparentava estar passando por um grande sofrimento.

- Será que você sofre pela doutora ou por Zeynep?

            
            

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