A Estrela (Duologia Fama Livro 2)
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Capítulo 8 8

O dia amanheceu com Çağlar pulando na cama de Emir.

- Por que a mamãe dorme na outra cama se aqui tem espaço?

Emir esfregou um olho e viu que Zeynep ainda dormia, sentou-se e olhou para o filho.

- Ela estava decorando texto.

- Ah! - Os olhos azuis entremeados por feixes verdes pareceram aceitar aquilo como desculpa.

- Quer que o papai faça o café da manhã?

- Cereais de chocolate?

- Não sei se temos, mas o papai faz algo muito gostoso, vamos? A gente lava o rosto primeiro para ficar bonitão.

O menino concordou e eles passaram por Zeynep, adormecida; os cílios fechados a deixavam adorável. Lembrou-se do que, ela fizera e tirou esse pensamento da cabeça.

Não interessava o que Zeynep sentia, ele a odiava.

***

Elif olhava para Nihat e o ciúme de vê-lo adorando o neto de Rüya a deixava à beira de um ataque de nervos.

- O que você fará?

A última criança havia sido difícil de separar dele; teve de convencê-lo de que se a mãe visse ia querer tomá-lo.

O menino parecia demais com a rival.

Elif conheceu Nihat quando ainda era uma jovem recém-casada com um homem mais velho e rico; foi amor à primeira vista e ela enlouqueceu pelo amigo do marido.

Os olhares eram intensos e começaram a ficar regulares.

Numa noite em que o marido viajava, ela se entregou a Nihat, que passou a ser seu amante a partir dali.

Elif não ligava de ter um marido que desprezasse, quando podia ter prazer junto ao amante. Levaram essa vida dupla por alguns anos, até que Rüya entrou na história.

Nihat se apaixonou pela menina e começou a deixar a amante de lado. Elif não pensou duas vezes, aproximou-se da moça, ela era jovem e foi praticamente criada pela televisão; seu maior desejo era ser uma estrela de cinema.

Só que Nihat decidiu desposá-la.

Foi um golpe duro para sua amante; não que ela se importasse com o casamento, mas Nihat esfriou, não a procurava mais. E logo a jovem estava grávida. Aquilo doeu no orgulho de mulher da mais velha.

A jovem, além do coração de Nihat, ainda teria um filho dele?

Rüya definhava a olhos vistos, estava sempre doente e aparentava não se adaptar ao lugar. Segundo Jülide, parecia até que a moça estava apaixonada por alguém. Elif aproveitou a desconfiança da governanta e resolveu agir.

Quando a gravidez de Rüya chegou ao sexto mês, Elif pediu para seu pai vender uma das empresas fora do país para Nihat. O moço, ciente da fortuna que viria com o negócio, não pensou duas vezes, mesmo sendo necessário passar alguns meses fora; largou a esposa grávida, que amava muito, sozinha e viajou para o Azerbaijão.

Nesse ínterim, Elif aproveitou para se livrar de Rüya, e bancou o sonho da jovem. Mas a gravidez poderia ser um problema, então era melhor que ela tivesse o bebê primeiro.

Na cabeça de Elif, o que a princípio poderia ser um problema, acabou por ser a chave que ligaria os amantes.

No entanto, seria melhor que seu marido saísse de cena para tudo ser perfeito.

Quando Rüya chegou ao último mês de gravidez, Elif correu para os braços do amante e, para sua surpresa, Nihat a recepcionou como antigamente.

Fizeram amor como no início e Elif viu ali que seu plano daria certo.

Voltou na frente de Nihat para a Turquia e não poupou esforços para que Rüya fosse embora. Arrumou documentos falsos e deu dinheiro para a moça, além da promessa de que ela pegaria o menino mais tarde; assim veio o divórcio da primeira senhora Ozkurt.

Quando Nihat finalmente voltou para a Turquia, o sofrimento dele por ter sido abandonado era palpável e, em uma noite, depois de transarem, fez o pedido que Elif esperou uma vida.

- Abandone Cemal, Elif, viva comigo.

- Sim, eu vou para casa e largarei tudo, meu amor.

Ela foi para casa, saltitando de alegria, e encontrou o marido saindo para uma viagem.

- Onde você estava, Elif? De novo cuidando do menino? Não gaste suas mãos.

- Posso fazer um drinque para você, Cemal?

- Pode, mas uma dose pequena, vou dirigir.

- Tudo bem.

Enquanto Cemal fazia planos para o futuro, Elif misturou uma droga sem sabor em sua bebida, que se perderia no organismo e ele bateria o carro; ela seria uma viúva chorosa e consolaria um recém-divorciado.

O casamento dos Ozkurt se deu em uma tarde de chuva.

E Elif conheceu Nihat como marido. Ele mal a tocava, passava as noites na rua, e, quando chegava em casa a acusava de ter casos.

Quando descobriu que a esposa estava grávida de Ömer, disse que só assumiria a paternidade por que tinha certeza de que o filho não era dele; Elif amargou a gravidez enquanto via Nihat encher de mimos o filho de Rüya.

E naquele momento decidiu despachar o menino. Contou para Nihat que Rüya estava voltando com o novo marido e pegaria o filho de volta, o criaria com o produtor e Nihat seria esquecido por Emir.

O pequeno cresceu sem o amor da mãe e sem o do pai.

Quando voltou para casa, aos dezesseis anos, era um estranho e pai e filho nunca mais se aproximaram, até agora, até Çağlar ser uma cópia fiel do pai e despertar em Nihat tudo aquilo que Elif lutara tanto para sufocar.

Elif encarou Nihat, que apenas deu de ombros.

- Estou velho demais. E cansado. Deixo em suas mãos, você escolhe o destino do filho de Emir.

***

Emir abriu a porta e entrou com um vestido vermelho em um cabide.

- O que é isso? - Zeynep terminava de se maquiar.

- O seu vestido.

- Agora você além de chantagista é estilista?

- Zeynep, você é tão engraçadinha... Nem parece que é um monstro.

Zeynep ficou calada, apenas vestiu a peça; Emir subiu o zíper e em alguns minutos estava pronta.

Antes de entrarem no carro, ela puxou Emir para si e o beijou.

- Não se esqueça de que sou um monstro que você adora.

Emir olhou para a frente e pediu paciência, não imaginava que Zeynep ousasse enfrentá-lo. Talvez devesse endurecer o tratamento com ela.

                         

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