Sentiu os músculos se contraírem violentamente, deixando um gemidinho escapar de sua boca quando os lábios se pousaram na sua nuca em um beijo lento.
- Ahn! – Ouviu-se gemer, quando dois outros beijos seguiram o primeiro.
Os dedos de Matheus avançaram por sob a camisa do pijama, iniciando uma carícia leve sobre as costelas.
- Hmm! – O garoto murmurou quando ela esfregou, involuntariamente a bunda contra ele, levada por uma rajada repentina de desejo.
Ela levou uma das mãos para trás, segurando a nuca do primo e a puxando contra si.
- Ah, Matheus. – Ela gemeu baixinho.
A boca dele se abriu e abocanhou seu pescoço de maneira faminta. Uma dorzinha gostosa fez uma onda de prazer se irradiar por todo seu corpo quando os dentes lhe pressionaram a pele.
Os dedos curiosos de Matheus exploravam sua pele por sob o algodão, avançando para cima. Eles se pousaram logo abaixo de um dos pequenos seios redondos e firmes e ali passaram a contorná-los, ameaçadores. Ela se sentia completamente entregue ao momento, como se o sentimento de remorso estivesse soterrado sob toneladas de desejo. Passou, então, a mover o quadril para cima e para baixo da maneira mais ritmada que sua falta de experiência lhe permitia, desejando ouvir novamente o gemido de seu primo, tão próximo ao seu ouvido.
- Hmm! – Ele murmurou, antes de depositar uma outra mordida em sua nuca.
Ela levou a mão que segurava a cabeça do garoto até os dedos que contornavam as curvas inferiores dos seus seios. Matheus pareceu se assustar com aquele movimento, e fez menção de se retirar dali, talvez temendo ter passado de algum limite, mas Victoria segurou sua mão e a guiou até que um de seus seios estivesse completamente envolvido pelos dedos calejados. Ela sentiu seu corpo espasmar, surpreendendo a si mesma com a própria ousadia.
A ereção de Matheus pareceu pulsar entre suas nádegas quando ele moveu o quadril para frente em um movimento de estocada. Ela sentia o algodão do pijama roçar contra seu ânus, estimulando-a a se esfregar mais e mais.
- Que gostoso, Matheus. – Ela sussurrou, enquanto deixava a mão do primo pousada sobre seu seio e avançava com sua mãozinha para baixo, em uma auto carícia que seguiu pela barriga e se embrenhou por sob o elástico da calça.
Uma leve pontadinha de dor fez seu corpo tremer quando Matheus pinçou um de seus mamilos entre o polegar e o indicador.
- Ah, isso. – Ela arfava, tomada de luxúria.
Victoria ergueu levemente uma das pernas para que a mão pudesse avançar até seu sexo e se surpreendeu ao perceber que estava tão úmida quanto jamais havia estado.
A boca de Matheus a mordia de maneira ávida e, quando uma língua quente se pousou em seu pescoço, ela não resistiu a gemer de maneira intensa, pressionando dolorosamente seu clitóris.
O indicador passou a se mover, lentamente, em uma carícia íntima e intensa, que fazia com que seu corpo fosse atingido por ondas de calor subsequentes que a faziam contrair os músculos.
Matheus se ergueu sobre o cotovelo, puxando-a e virando-a de frente para o teto. Se por um lado, naquela posição ela não tinha o estímulo da ereção do primo alojada entre suas nádegas, por outro, podia abrir um pouco mais as suas pernas, dando mais liberdade e conforto para as carícias que fazia no próprio sexo. O arfar audível dos dois indicava o quanto estavam entregues àquele ato proibido e libidinoso. A respiração morna de Matheus lhe aquecendo o rosto indicava que os dois estavam tão próximos quanto haviam estado antes. A mão do primo, que antes lhe acariciava o seio, se esgueirou até a bochecha em um toque terno que a fez se sentir estranhamente protegida.
Ao sentir o rosto sendo virado ela olhou na direção do primo, enxergando apenas o que a penumbra permitia. Ele a encarava, mergulhado profundamente em seus olhos, fazendo-a desejar, silenciosamente, que a luz se acendesse. Queria vê-lo, ao mesmo tempo que temia que a luz pudesse lhe trazer uma avalanche de culpa.
- Ahn! – Ela gemeu, sentindo o clitóris sensível sob o dedo.
O gemido serviu a ele como um chamado inegável e irresistível e, como se este tivesse sido puxado pelo polo oposto de um imã, envolveu seus lábios nos dele, em um beijo intenso e cheio de sentimentos.
Ela levou a mão livre até a nuca de seu primo, acariciando seus cabelos com as unhas e puxando-o contra si, como se o quisesse ainda mais próximo. Acelerou, então, ainda mais, os movimentos do dedo sobre seu sexo.
Ela sentiu o corpo responder intensa e automaticamente quando as línguas se tocaram e começaram a dançar uma com a outra dentro das bocas. "Que beijo gostoso" pensou, sem ao menos conseguir compará-lo às outras poucas bocas que havia beijado na escola.
E novamente, a sensação de que algo avassaladoramente proibido se aproximava, a fez, automaticamente, acelerar ainda mais seus movimentos.
Ela ergueu o quadril, plantando os pés firmemente no colchão e se empurrando para cima, ouvindo a cacofonia molhada de seu sexo preencher o quarto.
- Hmmm! – Matheus gemeu quando teve seu lábio inferior mordido.
A sensação intensa do orgasmo a atingiu de maneira violenta, fazendo com que seu corpo espasmasse e ela levasse, involuntariamente, a mão que lhe restava até o próprio seio e apertasse um mamilo dolorosamente.
Ela gemeu nos lábios do primo enquanto gozava daquela sensação de desespero que a chicoteava e a fazia se contorcer. Até que se deixou desabar sobre a cama, arfando, ofegante.
Um certo estupor a atingiu, fazendo-a soltar o lábio mordido, enquanto ele continuava a beijá-la, levando, novamente, a mão em um passeio pelo corpo esguio.
Ela tirou a mão de dentro da calça e a posicionou sobre o peito.
Como se tivesse tomado aquele ato como um aval silencioso, Matheus levou sua mão para baixo e a esgueirou por sob a calça, alcançando seus pelinhos pubianos. Victoria segurou o pulso do primo e retirou dali a sua mão.
- Não. – Ela falou, de maneira seca.
O remorso havia surgido na superfície e a atingia sem dó alguma.
Ele tentou novamente beijá-la, mas, Victoria virou o rosto, esquiva.
- O que foi? – Ele perguntou, confuso. – Te machuquei?
Ela negou com um murmúrio quase inaudível, sentindo-se, repentinamente, entristecida e culpada.
- Então o que que foi? – Ele levou uma das mãos até seu ombro, tentando virá-la contra ele.
- Sai daqui. – Ela disse, sentindo os prantos começarem a lhe atingir. "O que eu fui fazer?" pensou.
- Ué!? – Ele ia questioná-la novamente, mas pareceu desistir a meio caminho.
- Sai daqui, Matheus. – O pranto veio, seguido de um soluço. Ela se encolheu, abraçando os próprios joelhos. – Sai daqui.
Ele permaneceu em silêncio por algum tempo e, então, se levantou e seguiu até a porta.
Quando a porta se fechou, ela se permitiu chorar, baixinho. Que sentimento confuso era aquele?