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Antes de amanhecer, eu retorno para o meu quarto e logo desço novamente.
Yolanda: Bom dia
Bianca: Dia! E o Daniel?
Yolanda: Tomando café na cozinha.
Bianca: Ah sim, informe ele que eu fui atrás de emprego pela região.
Yolanda: Emprego?
Dou minhas costas sem responder e vou para fora, pretendo pegar o primeiro emprego que eu conseguir, a minha oportunidade que me sorri.
Minutos depois estou eu e minha sorte boa no meu novo emprego, faxineira da lanchonete que provei o tal bolinho de morango.
E a mesma que elogiei o bolinho foi a mesma que me fez provar o gosto do inferno já essa manhã, dificultando eu trabalhar em paz e com produtividade, me segurei o máximo que pude para não voar nela.
Assim que eu saio, eu levanto a voz e ofendi aquela mulher com todos os pulmões, deixo claro que não abaixou a cabeça para ninguém e não é agora que vou fazer isso com ela.
De noite, eu chego bufando em casa, no meu quarto eu pego o meu marido vasculhando as minhas coisas parecendo querer encontrar alguma coisa.
Bianca: Posso ajudar em alguma coisa?
Se virando - Daniel: Bianca?
Bianca: O que faz aqui e com as mãos na minha gaveta?
Daniel: Estava procurando...
Bianca: Pará! Está me investigando.
Daniel: Sou seu marido, eu tenho o direito de fazer isso.
Bianca: Você tem? Então eu como esposa também tenho.
Saio do meu quarto e vou direto para o dele, abro as gavetas e deixo uma desordem em todo o quarto, Daniel aparece segundos depois.
Vendo tudo - Daniel: Ficou louca? O que está fazendo?
Bianca: Estou investigando o meu marido, vendo o que ele tem em seu quarto, vai vê, eu nao acho nads que me provê que casei com um assassino.
Daniel: É, está louca mesmo, de onde eu seria um assassino?
Bianca: Você me comprou, quer que eu acredite que você é um santo? Impossível, meu querido.
Daniel: Quer saber? Fica aí, sua louca!
Bianca: Sou mesmo!
Vasculhando as coisas do meu marido, eu só consigo perceber que Daniel é um bom homem, segundo um comprovante, Daniel gastou uma fortuna em uma loja de brinquedos, só posso entender que ele doou esses brinquedos, ele não tem filhos.
- Ou tem? -
Vasculhando mais um pouco, eu encontro um papel que identifica Daniel como doador de sangue, isso me convence que ele é solidário, mas é bom mesmo? Eu vasculha mais e vejo uma foto que mostra o meu marido ajudando com alimentos na África.
E sim, foi o bastante para entender que ele é um bom homem, mas o que eu não entendo, é porque um homem bom e solidário compraria uma mulher para ser sua, ele não é fechado, com certeza conseguiria uma esposa sem ter que pagar por ela.
Arrumo tudo e vou para o meu quarto, preciso pensar um pouco, tentar decifrar esse enigma, Daniel é bonito, rico, seu ar é esnobe, mas tem mulher que curte isso. "agora por que não está com nenhuma?" Eu preciso descobrir o que está por trás disso.
Andar de baixo, bem na cozinha, eu vou atrás dela, a empregada que não para de se referir a ele como senhor, observando ela percebo que posso tirar respostas dessa mulher, claro se eu usar meu jeitinho.
Sorriso simpático - Bianca: Uau! Que cheiro incrível é esse?