- Está pronto para começar a falar? Ou
terei que incentivar você a abrir a boca?
Ele recua e em seu rosto eu percebo que não precisarei me
esforçar muito para arrancar as informações dele. Depois de um longo minuto de
espera, eu decido partir para as minhas técnicas nada ortodoxas de conseguir o
que eu quero.
Eu enrolo a gravata em seu pescoço, e com um movimento
rápido e ágil eu a aperto até ouvir um gemido desesperado de dor escapar dos
seus lábios. Eu já tinha feito isso inúmeras vezes durante a minha vida na
Máfia, não que me orgulhasse disso, mas os meios que nós precisamos usar para
sobreviver nesse meio são sempre violentos.
O tom de sua pele já estava mudando de um tom bronzeado para
algo bem próximo do roxo, eu sabia que ele cederia logo, antes que desmaiasse.
- Salvatore...- eu ouvi
vagamente o que saia de sua boca, então afrouxei o aperto em seu pescoço.
- Repita.- eu ordenei.
- Foi Salvatore quem me contratou para me
infiltrar no meio de seus homens e descobrir o seu paradeiro.-
sua voz estava fraca, devido ao enforcamento.
Salvatore um antigo inimigo da máfia, tínhamos uma relação
de negócios mais amigável no passado, mas alguns acontecimentos após a morte de
seus pais, fez com que contássemos relações, e agora pelo que pude perceber por
esse ataque, Salvatore buscava vingança.
Depois de ter as respostas que precisava, descartei o
traidor como um velho pedaço de carne estragada, que era exatamente o que ele
era. Na máfia, não existe perdão. Um chefe que não pune aqueles que quebram as
regras, acaba abrindo um precedente para que outros possam cometer os mesmo
delitos.
Agora que eu sabia que Salvatore estava por perto e tramando
contra a minha vida, o próximo passo era evidente: Eu e meus homens deveríamos
encontrá- lo primeiro, e caça- lo como um animal, antes
que ele fizesse isso.
Liguei para Francesca que atendeu ao primeiro toque.
- Olá senhor.- sua voz
soou do outro lado da linha.
- Salvatore é o responsável pelo ataque ao
esconderijo.- digo secamente.- Procurem e
encontrem ele imediatamente.- eu ordeno, e encerro a ligação, sem
nem mesmo esperar por sua resposta.
Caralho de dia estressante, eu precisava relaxar um pouco.
Depois de me livrar do corpo inútil e sem vida do traidor,
eu subi até a sala de estar e resolvi tomar uma dose de uísque para espairecer
e calmar ois nervos.
O telefone fixo tocou ao fundo, cogitei não atender. Mas
repensei. A única pessoa que possuía aquele número além da Francesca, era o meu
avô e a nossa governanta, poderia ter acontecido algo com ele. Fui até o
telefone e o atendi.
- Alô. - atendo rapidamente.
Tenso por não saber quem poderia estar do outro lado da linha.
- Oi querido. - a
voz de Mina soa do outro lado da linha.
Meus ombros relaxam institivamente.
- Mina, oi.- eu digo um pouco mais
simpático.
Mina era governanta em nossa casa desde que eu nasci, passei
mais tempo com ela do que com qualquer outro membro de minha família, desde o
casamento forçado, eu não a via, desde que sai da casa do meu avô.
- Filho, como você está?- ela
pergunta, carinhosa.
- Estou bem Mina, algum problema com você ou com
o vovô?- Eu pergunto preocupado.
- Tá tudo bem sim, não se preocupe conosco.- ela
diz.- Mas não tenho boas noticias para você, Sophia foi embora há alguns
dias, ela quer o divorcio, mas como não consegue encontrar você, solicitou que
o seu avô fizesse isso.- ela diz com aparente aflição.
Eu não podia colocar em palavras o quanto estava m sentindo
aliviado por ouvir aquilo, finalmente eu estaria livre daquele casamento de
fachada?
- Diga apenas que eu estarei ai para assinar os
documentos do divorcio, assim que a festa anual da faculdade passar, e assim
ela poderá ficar livre de mim para sempre. - eu digo, tentando
esconder toda a minha satisfação.
Espero a resposta de Mina, mas o que ouço é um som de passos
e então a voz de meu avô, Aldo, reverbera pelo telefone.
- Finalmente conseguimos falar com você, não é?- ele
diz, aparentemente muito irritado.
- Vovô, o senhor sempre teve esse numero. – eu digo,
ignorando a sua tentativa de me fazer sentir culpa por ter sumido, na verdade a
culpa era dele, por ter me feito casar com uma mulher como aquela.
- Eu sei, mas esperava que você nos procurasse por vontade
própria.- ele diz.- Mas não é sobre isso que quero falar, apenas quero
parabenizá-lo com certeza deve estar muito satisfeito por ter conseguido o que
queria, não é? Sophia foi embora desta casa, e quer o divorcio o mais breve
possível.
-Não posso negar, que essa é uma das melhores notícias que
recebi nos últimos tempos.- digo com uma voz sarcástica.
Meu avô bufa do outro lado.
-Não seja petulante, isso tudo é culpa sua, se estivesse
aqui para administrar bem o seu casamento, nada disso teria acontecido Matteo.
Mas como sempre, você só faz o quer.-ele diz irritado.
-Ela devia me agradecer por ter sumido de sua vida, eu não
traria bem nenhum ou qualquer felicidade para ela, eu não quero uma esposa que
viva a mesma vida de inseguranças e infelicidade como a minha mãe viveu ao lado
do meu pai, na máfia.-digo também irritado, tudo o que eu fiz foi deixa-la
viver sua vida, porque o meu avô ainda insistia nesse casamento?
Ele ficou em silencio por um longo tempo, o que me fez
pensar que talvez ele não estivesse mais lá. Mas então sua voz voltou ao fone.
-Espero que esteja feliz, o divorcio está aqui esperando
para que você o assine.-e então ele desliga, me deixando com o telefone na mão,
encarando o vazio.
MERDA.
Estressado jogo o meu copo de uísque na parede, ele se
espatifa todo em mil pedaços. Com o barulho, um de meus subordinados vem até
mim, verificar o que está acontecendo.
-Tudo bem por aqui senhor?-ele pergunta amedrontado pela
minha reação.
-Parece estar tudo bem?- eu digo, descontando a minha
frustração no pobre homem.
Ele não responde, e fica em um minuto de silêncio. Ele diz
algo em que eu não presto muita atenção, e então sai da sala, me deixando
sozinho novamente. Algum tempo depois, me surpreendo quando ele volta trazendo
consigo uma bela e jovem mulher.
-Quem é ela?-pergunto medindo o corpo da mulher seminua na
minha frente.
-Senhor eu a trouxe da casa da Madame Leah. Ela me garantiu
que essa belezinha aqui é virgem, sendo o senhor o primeiro cliente dele.
Pensei que isso poderia ajudar a melhorar o seu humor.-ele diz, rindo um pouco.
Eu concordo.
Deveria me lembrar de promovê-lo depois, devo confessar que
a sua atitude de me trazer uma virgem foi interessante e bem esperta.
- Saia.-faço um gesto com a mão em sua direção, e
rapidamente o homem sai, me deixando a sós a com ninfetinha.
Me sento na poltrona, e devoro a mulher com os olhos, ela
era realmente muito gostosa, e o fato de eu ser o primeiro a toca-la é a cereja
do bolo.
Ela balbucia alguma coisa, vindo em minha direção, mas eu
ignoro o que ela diz.
- Cale a boca e se ajoelhe.-eu ordeno, e ela obedece
imediatamente.
Abro as minhas calças e liberto o meu p@u de dentro da
cueca. Ela entende onde quero chegar e rapidamente me toma em sua boca. Com um
pequeno gemido, tombo minha cabeça para trás e fecho os olhos. O rosto de
Sophia vem á minha mente e eu paraliso. O que diabos era aquilo?
Eu estava ali, sendo chupado por uma virgem deliciosa, e
tudo no que conseguia penar era em Sophia.
Afastei a mulher de mim, e a ordenei que fosse embora, eu
não conseguiria continuar com aquilo, minha mente estava em outro lugar, ou
melhor, em outra mulher.