Capítulo 5 A Aposta

Quem essa menina pensa que é pra falar assim comigo? Que pirralha! Eu estava me esforçando para ser legal com ela, e a filha da puta me trata assim? Aah! Para o inferno

Eu ia atrás dela render discussão, mas Caio me impediu.

"Que houve com a morena?", perguntou.

"Resolveu dar uma de marrenta."

"Qual a chance que eu tenho com ela?"

"Nenhuma. 'Tenho nojo de homem assim' e bláblábla.", fiz aspas com os dedos.

"Se tu quer pegar uma mulher, tu não pode dizer que só quer foder com ela não."

"E quem disse que eu quero a Marina?"

"Você quase tirou pedaço na menina com os olhos, Nicolas."

"Caio, para de ser idiota!", bufei. "Ela nem é isso tudo."

"A menina é mais gostosa que a Bruna! E eu não estou nem falando pelo corpo em si, até porque Bruna tem mais corpo. Eu falo é pelo conjunto total da obra."

"Está viajando, cara. Está viajando."

Eu o deixei ali falando sozinho e fui buscar outra bebida. Mas essa menina vai se ver comigo! Vou ferrar ela. Precisava disso? Menina marrenta! Bem que meu pai diz que professor não pode virar amigo de aluno.

Estava quase chegando no bar quando Gustavo veio falar comigo.

"Ei professor! Passa os contatos das tuas amigas.", eu ri.

"Elas não são muito fãs dos novinhos, Gustavo."

"Ah, mas essas daqui são."

"Só essas. Mas te passo o número delas depois."

"Fechado. Curte aí a festa. Fui."

Ele saiu e eu voltei para o lugar onde estava, depois de pegar mais bebida. Marina estava em um canto sentada e... lendo um livro? No meio de uma festa ela estava lendo a porra de um livro? Meu Deus, para que esse ser saiu de casa?

Eu ia sair pra zoar ela quando a Renata apareceu na minha frente, me beijando. Mas ela não era casada?

Será que já estou tão bêbado ao ponto de não entender mais nada? E o pior de tudo é que a mulher até que beija bem. Bem para caralho. Quando o beijo acabou, eu me afastei dela e questionei aquela loucura.

"O que foi isso?"

"Só estou dizendo oi.", ela sorriu, como se não tivesse feito nada demais.

"Eu podia jurar que você era casada."

"Está para nascer homem mais chifrudo que meu marido.", ela riu. Parecia bem bêbada.

"Que coisa feia!"

"Feio é deixar um homem como você sobrando, não acha?"

Ela deu um sorriso safado e me beijou de novo. Seu corpo estava molhado e quente. Algo me diz que ela não está querendo só beijar.

"Você beija bem, professor.", ela falou, cheia de malícia.

"É o que dizem, professora."

"Resta saber se é bom de cama também.", ela jogou no ar...

"Dá pra fazer o teste.", ...e eu entrei no jogo dela.

"Você também não é nada santo, não é garoto?", riu.

"Nem um pouco."

Agarrei seus lábios de novo e dessa vez eu a coloquei prensada na parede onde eu estive encostado. Eu apertava sua cintura e bunda e ela apertou meu pau, que já estava duro. Quase fodi com ela ali mesmo.

"Mas gosta de provocar você.", falei.

"Muito."

Ela me deu uma mordida na orelha e eu um chupão no pescoço dela.

"Vou ter problemas com meu marido por isso.", ela disse mas não parecia nada arrependida.

"O problema é seu, que traiu ele.", ela riu e me beijou de novo. Resolvi dar o próximo passo nas coisas.

Puxei ela dali e levei para o meu carro.

"Motel?", ela perguntou.

"Motel!"

"Acho bom você ter um bom instrumento, costumo ser exigente."

Eu olhei para ela e dei um sorriso safado, abrindo minha calça logo em seguida. Tirei meu membro para fora da cueca e ela, assim que viu, mordeu os lábios e caiu de boca. Ela chupava só a cabecinha e isso me irritou um pouco. Estava louco por um boquete e enrolação não é comigo.

"Chupa logo, vadia.", falei.

Botei minha mão na cabeça dela e ela chupou com força quase tudo que cabia na boca dela. Aquilo estava bom, mas eu precisava de mais.

***

Decepção.

Foi isso que eu senti depois de transar com ela. Ela até era gostosa, mas eu esperava mais.

Ela, claro, não cansou de repetir que gostou, e mais um monte de baboseiras.

Claro, ela transou comigo, lógico que ia gostar.

Eu já não digo o mesmo. Paguei a conta do motel e acabamos voltando para a festa. Assim que entrei, bati logo os olhos na Marina, que me olhou e depois negou com a cabeça. Garota petulante!

Quem ela pensa que é pra me julgar? Transo com quem eu quiser, eu hein! Até ela se ela der bobeira.

"Vai secar a menina até quando?", Caio falou assim que localizei minha turma e cheguei perto deles.

"Cara, chega nela logo.", Bruno falou.

"Eu não. Garota marrenta! Acha que é a dona da verdade. Deve ser uma virgem que não vai para cama com ninguém porque acha nojento."

"Pode ir se certificar.", Brenno zombou.

"Vocês viajam demais às vezes."

"Mano, a gente faz uma aposta então.", quando Bruno vem com essas ideias, já sei que vem merda.

"Que aposta, maluco?"

"Tu tem até o fim do ano para levar a garota para cama."

"Cara, não viaja. Eu não vou transar com a Marina."

"Valendo 20 mil e três caixas de vodka.", Brenno falou.

"Vocês estão malucos? Eu não vou fazer isso! Estão bêbados porra?"

"Quero vídeo ok? Não precisa expor a menina, mas tem que dar ao menos pra ouvir ela gemendo. Uma prova de que tu transou com ela.", Caio continuou.

"Caralho, vocês são surdos? Eu não vou fazer isso!"

"Vamos dar até o fim do mês para você aceitar.", Brenno concluiu e eu já estou a ponto de virar a mão na cara deles.

"Mas que saco vocês! Já falei que não vou fazer essa merda. Ideia idiota!"

Saí dali e fui até o bar buscar algo pra tomar. Onde já se viu? Apostar que eu pego a Marina. Perderam o juízo todos eles. Eu e ela queremos distância um do outro.

Bebi três doses de tequila e tomei duas doses de whisky. Estava saindo do bar quando a Marina chegou perto de mim.

"Levando mulher casada para um motel? Que lixo.", falou com tom enjoado.

"Falou a 'santa'."

"Pelo menos eu me dou o respeito. Não vou pra cama com qualquer um. Aliás, nem vou pra cama com ninguém."

"Garota você é só uma pirralha, está falando o que?"

"A verdade. Incomoda as vezes, não é? Ouvir alguém te dizer o que você já sabe, mas ignora.", ela se aproximou e sussurrou no meu ouvido. "Que você não presta."

Ela saiu andando toda de nariz empinado e eu fiquei mais revoltado ainda. Pedi mais uma dose de bebida no bar e saí em busca dos meus amigos, porque agora eu estava com mais ódio dessa garota que qualquer coisa na vida. Encontrei os três juntos encostados na parede, exatamente onde estavam antes, como se estivessem esperando por mim.

"Eu topo!", falei.

"O que?"

"Essa aposta. Eu topo."

"Olha, alguém mudou de ideia.", Bruno riu.

Pela expressão deles, não foi surpresa nenhuma eu aceitar, mas meu subconsciente gritava me perguntando que merda eu estava fazendo. Pena que o álcool falou mais alto.

"Vou mostrar pra essa pirralha como ela deve me tirar do sério. Quanto tempo o vídeo?"

"O tempo que tu quiser. É só pra provar que tu transou.", Caio respondeu.

"Ok."

Olhei pra filha da mãe e cerrei os punhos. Você vai se ver comigo garota!

"Nossa, o que que a menina fez pra tu ficar tão bravo?", Caio me olhou quase preocupado.

"Ela veio bancar a adulta madura. A pura. E hoje não estou pra gente intrometida."

"Vai desvirtuar a santinha, é?", Bruno zombou.

"Vou fazê-la pedir mais."

"Isso vai ser bom.", Brenno debochou. "Como tu vai conseguir ficar com ela? À força não pode ser."

"Ela não é santinha? Vou pagar o convertido."

"Será que tu consegue?"

"Teve alguma mulher que eu não consegui nessa vida?"

"Não."

"Então só esperem. Até o fim do ano, certo?"

"Sim.", eles responderam juntos.

"Posso fazer isso."

"Essa eu quero ver.", Bruno riu. "Ah! E para garantir que você não vai desistir quando o álcool sair da tua cabeça, vou fazer um documento registrando isso."

Eu assenti, dando outro gole em minha bebida e mudei depois o foco do meu olhar.

Preciso bolar um jeito de conseguir me aproximar dela. Já vi que sendo filho da puta não vai dar, a menina é a maior santinha. Nesse caso vou ter que usar minha maior arma depois do meu pau. Física.

Ela vai ver o que é bom pra tosse.

            
            

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