Capítulo 8 A primeira manhã

Como de costume, Rebeca começou a despertar bem cedo. Ela se mexeu lentamente na cama macia, enquanto abria os olhos gradualmente. Por um momento, ela esqueceu que não estava em sua própria casa. Ao olhar para o lado, viu Matteo, e parecia que a vida estava começando naquela primeira manhã juntos.

Rebeca ficou observando-o por alguns instantes, enquanto ele dormia tão próximo a ela. Sentia como se o mundo inteiro se silenciasse quando o contemplava. Em sua mente, estava claro:

- Quero cuidar de você, quero estar com você.

Minutos depois, Rebeca se levantou, percebendo que havia dormido apenas de calcinha. Com cuidado, ela saiu da cama, pisando na ponta dos pés até conseguir deixar o quarto. Estava no banheiro, secando o rosto, quando Matteo apareceu.

- Você me assustou -disse ela, cruzando os braços para esconder os seios.

Ele deu uma leve risada.

- Beck, eu beijei cada centímetro do seu corpo ontem. Esqueceu? Não precisa escondê-lo de mim.

- Bobo! -respondeu ela.

- Você dormiu bem? -perguntou ele.

- Sim. -ela respondeu explicitamente constrangida.

Ela foi buscar suas roupas no quarto quando ele saiu do banheiro e foi ao encontro dela.

- Vou fazer um café para você tomar antes de ir. - disse Matteo.

- Ok. - ela balançou a cabeça concordando.

- Ontem você não estava com vergonha de mim. - disse ele rindo por ela estar tão tímida - aliás, eu estava adorando aquela versão sua gemendo alto. Aposto que os vizinhos me invejaram.

- Pare com isso Matteo! - disse ela com o rosto totalmente corado.

- Adoro todas as suas versões Beck. - ele a abraçou e a beijou.

- Também amo todas as suas versões. - disse ela.

- Amo tudo em você. Até quando você fica brava comigo! Sei que a Rebeca boazinha está escondida em algum lugar por trás de toda aquela fúria. - provocou Matteo, rindo.

- Matteo... - ela riu sem graça - se continuar a falar essas coisas eu vou ficar bem brava de novo.

- Quero! - disse ele.

Sentindo-se provocada e com um sorriso sugestivo, ela o beijou suavemente, prolongando o momento. Sentiu as mãos dele tocando sua cintura e, aos poucos, começou a dar passos lentos enquanto o conduzia para trás, aproximando-se da beirada da cama. Em seguida, com um empurrão delicado, ela o surpreendeu e o fez cair sobre a cama.

Ele caiu na cama, olhando para ela se divertindo e admirado, apreciando a audácia dela ao tomar a iniciativa de provocá-lo. Com determinação, ela puxou o short do pijama dele, arrancando-o, e em seguida posicionou-se em cima dele.

Ele a observava, imóvel, admirando-a com tanto atrevimento enquanto ela assumia aquela postura de poder. Com um toque suave, ela acariciou o rosto dele e inclinou-se delicadamente para beijá-lo. Ele esperava um beijo delicado, assim como o carinho que ela havia feito em seu rosto, mas em vez disso, ela o beijou com ânsia e sensualidade, quase não lhe permitindo respirar. Era uma combinação de delicadeza e agressividade que o enlouquecia.

Ela deslizava vagarosamente em cima dele e sentia-o dentro dela. Ela subia e descia contra o corpo dele e ele estava fascinado em conhecer mais uma versão de Rebeca.

Em diversos momentos, ela beijava os lábios dele e depois o mordia bem devagar, passava as mãos no tórax dele e o arranhava, depois seguia se movimentando sem parar, incansavelmente. Ele enchia suas mãos com os seios fartos e redondos de Rebeca, chupando-os enquanto a via explodir de tesão. Até que sentiu o corpo dela pesar sobre o dele, sentiu ela se deixando cair totalmente em seus braços depois de alcançar o auge do prazer.

Ele a segurou carinhosamente e a deitou na cama, levantou as pernas dela apoiando-as sobre os ombros dele e continuou s sentindo cada vez mais. Ouvia ela gemendo e pedindo que não parasse e isso o enlouquecia.

Matteo não parava de olhar pra ela. Parecia querer fixar em sua mente cada expressão que ela fazia.

Ele continuou até que não pudesse suportar mais tanto prazer. Rebeca pode senti-lo escorrendo dentro dela num momento que ele era só dela e ela só dele. Ambos sabiam que se pudessem, passariam o dia inteiro se entregando um ao outro.

Era como se ambos tivessem descoberto um jogo que os deixava viciados, ansiosos para desvendar cada fase seguinte. Essa era apenas a primeira e eles mal podiam esperar para explorar o que estava por vir.

Tomaram banho juntos, um café e depois Matteo a levou até sua casa.

Ele a beijou antes que ela saísse do carro e segurando o cabelo dela com as mãos, afastou-o do pescoço de Rebeca, beijou-o e disse baixinho em seu ouvido:

- Beck, fica de cabelo solto hoje.

- Por que? - perguntou ela.

- Ficou uma marquinha que deixei do lado do seu pescoço sem perceber. - ele disse rindo.

- Já está me causando prejuízos senhor Matteo. - respondeu ela achando graça .

Eles se despediram, mas continuaram se olhando e sorrindo um para o outro até que ela entrasse no prédio. Assim que abriu a porta, seu telefone tocou, indicando uma nova mensagem.

Matteo: Minha!

Ela sorriu e o respondeu:

Beck: Meu!

Ela não conseguia parar de pensar na intensidade de tudo que aconteceu na noite anterior e naquela manhã.

E por um instante se entristeceu. Ela sabia que só teria Matteo até a semana seguinte e depois de tudo que disseram, ela não queria tocar naquele assunto de novo com medo de estragar tudo.

- Não quero pensar nisso. Vou focar no meu trabalho hoje e adiantar algumas coisas. Estou realmente me comportando como uma adolescente insegura e tudo está acontecendo muito rápido. Não posso cobrar nada de alguém que conheci outro dia. Ontem eu surtei...como eu posso ter falado aquelas coisas?

A relação deles era intensa demais; era rápida demais. Duas semanas eram muito pouco tempo para os dois e inconscientemente, ambos estavam se sentindo torturados com isto. Mesmo com tanta coisa acontecendo, Rebeca se distraiu com o trabalho e em sua pausa para almoço, ligou para sua amiga contou que havia estado com Matteo sem lhe contar muitos detalhes. Se resumiu a dizer que eles tiveram uma conserva e que estavam se conhecendo melhor. Não tinha como relatar tudo aquilo...raiva, brigas, paixão e desejo. Era muita coisa até para a própria Rebeca absorver. Anne ficou chocada, mas confiava na amiga. Ficaram quase uma hora no telefone quando desligaram.

Em seguida, Rebeca viu que tinha uma mensagem no chat:

Matteo: Já almoçou?

Ela achou engraçado ele perguntar.

Beck: Estava no telefone com minha amiga, vou almoçar agora. E você?

Matteo: Almocei no restaurante da faculdade.

Beck: A comida era boa?

Matteo: Não hahaha

Beck: Você tem um senso crítico muito aguçado.

Matteo: Sim. Sou exigente!

Beck: Hahahaha

Matteo: O que vamos fazer hoje à noite?

Beck: "vamos?"

Matteo: Sim. O que vamos fazer hoje à noite? Pensei em assistirmos um filme. O que acha?

Beck: hahahahaha...eu não sei como ainda me surpreendo com você.

Matteo: Combinado então. Eu saio daqui e vou direto para a sua casa.

Beck: você está se convidando para assistir filme na minha casa...hahahaha

Matteo: não Beck...estou confirmando que irei hahahaha. Vou voltar para a sala de aula...te adoro! beijos

Beck: beijos

Ela desligou o telefone dando gargalhadas da conversa.

-Como ele pode ter tanta petulância assim? preciso terminar meu trabalho logo e arrumar tudo aqui, minha casa está uma bagunça! - Pensou alto com uma expressão de felicidade e preocupação.

Mais tarde...

Matteo: Beck, chego em dez minutos.

Beck: Tá bom.

Rebeca correu para tomar um banho e ainda pensava em preparar algo para eles jantarem.

Quando ouviu o interfone tocar, seu coração quase saiu pela boca. Liberou a entrada na portaria e correu para temperar um salmão que pensava em fazer para o jantar. Logo depois, a campainha toca e ela abriu a porta e lá estava ele sorrindo para ela.

Eles se abraçaram como se tivessem passado muito tempo separados. Ele a soltou e ficou paralisado, olhando para ela, incapaz de avançar além da porta. Ele não conseguia acreditar naquela imagem. Aquela cena era algo que ele já havia imaginado várias vezes em sua cabeça...

            
            

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