Confusões do Amor
img img Confusões do Amor img Capítulo 8 Revelação °
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Capítulo 10 Altos e baixos ° img
Capítulo 11 Perseguida ° img
Capítulo 12 Salva por ele ° img
Capítulo 13 Medo ° img
Capítulo 14 Em apuros ° img
Capítulo 15 Um pedido ° img
Capítulo 16 Tal mãe, tal filho ° img
Capítulo 17 Vencendo mais um medo ° img
Capítulo 18 Desconfiança ° img
Capítulo 19 Certo, Thomas ° img
Capítulo 20 Apaixonada img
Capítulo 21 Confusa ° img
Capítulo 22 Então é assim ° img
Capítulo 23 Estou apaixonado ° img
Capítulo 24 Ele sempre me encontra ° img
Capítulo 25 Minha namorada ° img
Capítulo 26 Fim da lua de mel ° img
Capítulo 27 Homem misterioso ° img
Capítulo 28 Meus pais estão aqui ° img
Capítulo 29 Jantar em família ° img
Capítulo 30 Caos em família ° img
Capítulo 31 O que está acontecendo img
Capítulo 32 Estou presa ° img
Capítulo 33 Descoberta ° img
Capítulo 34 Desespero ° img
Capítulo 35 Rumo ao desconhecido ° img
Capítulo 36 Fuga ° img
Capítulo 37 Caçador de anjos ° img
Capítulo 38 Descobertas ° img
Capítulo 39 Vivo ° img
Capítulo 40 A avó fofa ° img
Capítulo 41 Toda a verdade ° img
Capítulo 42 Arrependimento ° img
Capítulo 43 Amigos para sempre ° img
Capítulo 44 Família em apuros ° img
Capítulo 45 Conversa necessária ° img
Capítulo 46 Um lapso de sabedoria ° img
Capítulo 47 Nas mãos do homem cruel ° img
Capítulo 48 De frente com o inimigo ° img
Capítulo 49 No covil do vilão ° img
Capítulo 50 Ele me salvou ° img
Capítulo 51 Você é preciosa ° img
Capítulo 52 Verdades ° img
Capítulo 53 Foragido ° img
Capítulo 54 Acabou... img
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Capítulo 8 Revelação °

★ Thomas ★

Desço alguns degraus e olho para cima, desci quase tudo e não corro o risco de ter a Solar me espiando. Isso não seria bom no momento. Sento no degrau, pego o celular e disco o número do Dereck. Preciso falar com ele urgentemente.

Ele não atende, mas já esperava, meu corpo ainda tem marcas de sua fúria. Foi uma luta injusta, já que não revidei, ele tinha razão, eu fui um idiota, mas não consegui me controlar. Aquela mulher é irresistível demais aos meus olhos. Entro no aplicativo de mensagens e escrevo tudo com letra maiúscula: "LEON ESTÁ NA POUSADA, ATENDE A MERDA DO CELULAR E PARA DE GRAÇA."

Espero alguns segundos e disco novamente para ele, certeza que está com o celular na mão. Um toque, dois toques e logo ele atende.

- O que quer dizer? - Vai direto ao ponto. - Só atendi porque parece importante.

- Cara, eu não consigo mais. - Despejo minha frustração ignorando a pergunta que faz. - Preciso contar toda a verdade, não estou aguentando, Dereck. Eu gosto tanto dela. - Apoio o rosto na mão e ainda deixo o celular no ouvido. - Ela vai me odiar.

- Thomas... - O homem respira fundo. - Estamos a quase três anos tentando pegar esse cara, não vai estragar tudo porque se apaixonou por ela, cacete! - Acaba gritando a última parte. Sei que não é por estragar o plano que diz isso, é por desaprovar totalmente meu sentimento. - Coloca a cabeça em ordem e mantenha o foco, logo isso vai acabar.

- Ele veio atrás dela, a irmã acabou de ligar para dizer que estão aqui na pousada.

- Onde vocês estão agora?

- No farol.

- O que fazem aí? - Seu tom de reprovação aparece. - Se você encostar nela novamente, eu juro que te capo. Você foi um babaca ao aceitar a proposta dela, deveria ter dito não. - Faço careta. Infelizmente, a casa que ele dividia com ela tem tantas escutas que dificultou que nosso caso ficasse em segredo. - Juro que saio daqui e vou até aí para te dar outra surra.

- Leon acha que você está morto, não pode sair do esconderijo. - Lembro a ele o motivo de estar em um local restrito. - Liguei porque não sei o que fazer. Eu quero contar, mas estamos tão perto. O que faço?

- Não deixe ela sozinha perto daquele cara, mas, mantenha suas mãos longes dela também. Ele se livrou de mim e não sabemos ao menos se ele sabe que sou da polícia e estava infiltrado. Certamente, fez isso para me tirar da jogada e ter acesso a ela. - Resmungo em concordância. - Pude proteger ela durante o tempo que moramos juntos, mas agora só você pode fazer isso.

- Acha que estamos perto de conseguir? Não só eu me deixei levar pelo caso, você também e agora isso pode prejudicar tudo. Você se importa com ela também.

- É impossível não se deixar levar por ela e não adianta dizer que sabe como é, você não tem esse direito. - Reviro os olhos. Eu quero tratar de um assunto importante e ele com ciúmes, típico de um irmão mais velho. - Só deixe ela longe dele, não importa o que tenha de fazer. Mica é muito inocente e não consegue enxergar o tanto que aquele homem se aproveita dela, por sorte ele não fez nada mais grave, mas a obsessão dele por ela me assusta.

- Ela é teimosa. - Saliento e o homem acaba rindo.

- Estou com saudades. Será que ela vai nos perdoar quando tudo isso acabar?

- Não. Com certeza não, mas, é por um bom motivo, mesmo que tenhamos de enganá-la. - Sou sincero.

- Preciso desligar, podem acabar me rastreando, só tente ficar invisível aos olhos dele e deixar ela o mínimo possível perto. - Mesmo sabendo que ele não está me vendo, começo a assentir. Quero proteger ela de tudo e todos, inclusive de mim, mas é um mal necessário.

- Vou tentar encontrar algo no quarto dele ou carro, pode ter algo que ajude a incriminá-lo.

- Certo, me mantenha informado. Ligo depois para saber o que encontrou. Fui. - E a chamada se encerra.

- Que confusão! - Resmungo deixando o celular ao lado e apoiando a testa na palma da mão.

Sinto que o tempo está acabando, as coisas estão se afunilando e que logo vai estourar tudo. Porém, espero que quando estourar seja com a prisão desse homem cruel que estamos a tanto tempo querendo prender.

Sempre quis ser da polícia como meus pais, achava o máximo todo esse mundo e parecia tão atrativo aos meus olhos. Minha mãe sempre foi maravilhosa, e me apoiou em todos os passos, já que meu avô não foi fácil e tentou de tudo para dominar ela, isso fez com que ela fosse totalmente diferente. Meu pai e ela não se conheceram de uma forma convencional, foi em meio a um sequestro, onde ela era a vítima e ele o sequestrador.

Meu avô não aceitou isso bem, já que além da proteção exagerada, ele que transformou meu pai no vilão, pelo que soube, foi bem difícil e desafiador, mas eles superaram e tudo acabou quando a polícia descobriu que meu avô usava do poder para ser o pior dos criminosos, a morte dele afetou minha mãe por um tempo, mas ela conseguiu superar e ser feliz com meu pai.

Cresci observando o amor deles e a superação, o quanto eram felizes e amavam seu trabalho, isso acabou me inspirando. Minha mãe trabalha mais na parte tecnológica e meu pai virou chefe dos departamentos, um cargo muito almejado. Dereck é filho do melhor amigo da minha mãe, Josh Lang e isso acabou nos aproximando desde a infância.

Na adolescência passei por uma situação difícil, onde um antigo louco que era obcecado na minha mãe me pegou junto a minha namorada da época que, é a irmã gêmea do Dereck, ou seja, essa raiva dele tem um fundamento desde o passado. Segundo ele, eu me afeiçoo a elas de propósito, só para irritá-lo. Na época, consegui fugir junto com ela e o cara ainda foi capturado, e isso foi crucial para minha decisão de me tornar um policial.

Leon Velasquez é um criminoso procurado, mas ele é tão cuidadoso que não deixa provas que o incrimine. Ou seja, sempre consegue sair impune de suas acusações e aos olhos do povo, é apenas o dono de uma empresa de modelo promissora. Porém, essa não é a verdade. Solar pode não lembrar de mim, mas, quando ela tinha dezessete anos, pouco antes de Dereck entrar na vida dela como Mickael, salvei ela de um possível sequestro. Ela não sabe, mas, Leon quase conseguiu colocar as mãos na garota.

Dereck e eu pegamos o caso, e passamos a investigar o homem, pois precisávamos de provas concretas e a família era a forma de tentar chegar nele. O homem é acusado de tráfico de drogas, mas não disso, tráfico de pessoas também, onde atrai garotas para ser modelo e elas somem, descobrimos algumas em casas noturnas espalhadas pelo mundo. Investigamos por meses seus passos, mas nada que pudesse ser alarmante para acusá-lo, até que Solar apareceu em nosso radar e notamos a atenção que ele dava para ela.

Em um desses dias de vigilância, foi quando estava a observando e notei que estava sendo seguida pelos capatazes dele, entrei em ação e logo bolamos um plano. Eu me aproximaria dela como Daniel e trabalharia infiltrado, mas, Dereck que esbarrou com ela na livraria e acabamos mudando todo o plano, ele virou Mickael e ficamos por dois anos nessa. Nesse período só tivemos mais certeza da obsessão de Leon pela Solar, mas ela nunca maldou o comportamento do homem, ou de qualquer outra pessoa, confiou em mim mesmo sem me conhecer.

Não sabemos se Leon descobriu que estamos à procura dele, ou se só queria tirar Dereck da jogada, já que tentou matar meu amigo e quase conseguiu, por pouco sua morte foi real. Tivemos de mobilizar mais pessoas e fazer todo um cenário, não só para manter nosso plano em curso, mas para proteger a garota. Já que no meio desse processo, me afeiçoei a ela, mesmo de longe. Não estou apaixonado como Dereck me acusou, mas acho ela uma pessoa incrível, só não descobriu isso ainda.

Meu pai me deu um ok quando atualizei ele do plano, mas não deixamos que soubesse da Solar ou do meu envolvimento com ela, tenho certeza que minha mãe me bateria sem piedade alguma. Ouviria que me criou para ser um homem de verdade e não um que mente para uma mulher, além de usá-la.

Levo a mão à cabeça e quase deito nos degraus, estou prestes a enlouquecer, esse plano tem me consumido mais que o normal.

- Eu não estou apaixonado. - Resmungo. - Óbvio que não! - Digo convicto. - Ela é bonita e eu sou homem, é somente isso.

Quando percebemos que ela estava sofrendo além do normal a morte do amigo, tive de entrar em cena e ser o novo cuidador dela. Meu amigo ficou desesperado durante o mês que passou, ela chorou quase todos os dias, tanto que quando ouvimos pela escuta o vídeo que ela estava gravando para deixar para a família, o desespero foi maior. Não queremos um dano colateral nessa magnitude, ainda mais de uma pessoa tão boa como ela.

Não queria fazer sexo e me afundar mais ainda na mentira, mas não consigo pensar claramente quando estamos juntos. Apenas tento ser o melhor possível, mesmo sabendo que é um personagem que criei e às vezes, me pego encarando ela sem perceber. Me envolver demais não era parte do plano, Dereck me bateu por causa disso, mas foi inevitável.

- Daniel? - Escuto uma voz e desperto, me sentando rapidamente. - Daniel? Você está aí? - Olho para cima, ela não está no topo da escada, ainda está lá dentro e por isso sua voz ficou mais baixa que o normal.

Pego o celular, coloco no bolso e subo correndo, tentando deixar tudo para trás e focar no que tenho de fazer. Distrair ela, manter ela bem e no processo, investigar Leon e conseguir algo que me leve até sua organização suja.

- Oi? - Ela se assusta quando apareço e pula para trás. Não entendo quando sua testa se franze e me avalia.

- Você sumiu por mais de dez minutos. - Pontua. - Cadê a lenha para a chaminé? - Aponta e lembro do que disse antes de sair. Estava tão disperso pois quase revelei a verdade que não me liguei muito.

- Oh, não achei. - Faço careta. - As que achei estavam molhadas. - Dou de ombros. - Acho que a que tem dá para ficar até amanhã. - Abro um sorriso.

- Tudo bem? - Pergunta com a testa franzida.

- Sim? Por que não estaria? - Finjo não entender.

- É que ouvi uma voz na escadaria, estava falando com alguém?

- Ah, isso. - Finjo lembrar. - Meu parceiro me ligou quando estava voltando, nós cantamos juntos. - Mentir a cada dia parece mais difícil. - Ele estava me contando que contrataram nós dois para cantar em um bar.

- Que legal. Posso ir? Quando vai ser? - Me sinto um monstro quando ela acredita e seu rosto se ilumina, um sorriso lindo aparece. - Gostaria de ver você cantando.

- Tudo bem, vou ver o dia e te aviso. - A mulher assente sorridente.

- Minha irmã e meu cunhado se hospedaram na pousada, acredita?

- Isso é bom, não é? Sinal que você está fazendo sua parte como ganhadora do sorteio. - Comento como se fosse algo positivo, mas seu semblante demonstra que não era essa resposta que esperava.

- Claro, claro. É verdade. - Se senta frente à cabana e faço o mesmo ao seu lado.

- O que foi? - Pergunto afundando o dedo em sua bochecha. - Isso é ruim? - Questiono curioso.

- Não, não. Não é nada. - Dá de ombros enquanto fica brincando com a cordinha do cós da bermuda larga preta.

- O que foi? - Pergunto segurando na cordinha e fazendo com que me olhe. - Isso não é bom?

- Não sei dizer, é a primeira vez que faço algo sozinha e decido aproveitar. Saber que eles vieram atrás de mim é tão frustrante. - Suas sobrancelhas se juntam no centro da testa e fico estático observando cada detalhe de seu rosto. - Eles vão ficar julgando qualquer coisa que eu queira fazer. - Diz emburrada.

- E o que quer fazer que eles poderiam te julgar? - Pergunto encarando seu rosto, mas agora eu que brinco com a cordinha de sua bermuda.

A mulher umedece os lábios, mas não diz nada. Porém, acabo tendo uma noção do que pode ser, já que sua bochecha começa a adquirir um tom bem vermelho. Acabo sorrindo ao notar isso, ela consegue ser fofa e ainda assim, uma mulher irresistível, tudo ao mesmo tempo. Ela morde o canto dos lábios e começo a ficar nervoso, talvez eu não consiga controlar muito bem meu corpo perto dela. É como se reagisse por vontade própria.

Fico sem entender quando ela se afasta de mim e entra na cabana sem dizer absolutamente nada. A mulher senta bem ao meio do espaço restrito e me encara, engulo seco quando ela leva a mão a barra do top e puxa para cima, revelando seus seios que cabem na palma de minha mão. Eu não deveria fazer isso, não posso continuar usando ela e deixando que ...

- Eu quero fazer sexo com você novamente. Me faça sua novamente, por favor. - A mistura de sua timidez e súbita coragem deixam sua voz tão sensual que não me aguento, apenas vou o mais rápido possível para dentro da cabana, obedecendo totalmente sua vontade. Não sei o que é isso, mas me sinto disposto a fazer qualquer coisa que me peça, ainda mais se isso significar sua felicidade ou gemido de prazer.

            
            

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