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Jeremy e Harriet se afastaram, deixando Christopher e Emma a sós. Mais adiante, encontraram Luciana parada no canto, nervosa.
- Ei, Lucy? O que está fazendo aqui? - Perguntou Harriet se aproximando dela. - Não deveria estar na casa de Celeste?
- É que, oficialmente, não faço parte do Clã, então... Me senti uma intrusa. Uns vampiros gatinhos me convidaram para assistir a coroação do James, mas... Eu não sei. - Luciana deu de ombros, se sentindo uma tola. - Não gostei da forma como eles me olhavam, me comendo com os olhos. Fiquei com medo e disse que estava esperando meu namorado bruxo, que, por sinal, não existe.
- É, você fez bem em não ir com eles. - Disse Harriet. - Mesmo sendo proibido matar um humano, ainda poderiam fazer outras coisas com você. Nem todos os vampiros são bonzinhos como o Henry ou o Christopher.
- Então... Será que vocês não poderiam me acompanhar de volta até a minha casa? Estou com medo de ir sozinha e um deles me seguir. Estava esperando a Amanda ou a Mary saírem, mas elas estão demorando. - Luciana se abraçou, com frio.
Jeremy tirou sua jaqueta e colocou sobre os ombros dela.
- Podemos sim. - Respondeu Harriet. - De qualquer forma, já estávamos de saída. Isso aqui tá muito chato.
- Obrigada. - Luciana disse sorrindo aos dois.
- Eu não diria chato, mas sombrio. - Falou Jermey e pegou nas mãos de Luciana e Harriet.
Os três foram caminhando sem pressa, conversando aleatoriedades.
Quando chegaram a casa de Luciana, se sentaram na calçada e continuaram conversando, pois, estavam se divertindo juntos. Até que Jeremy percebeu que já eram quase três da madrugada, e Harriet e ele se despediram de Luciana. Ela os convidou para dormirem em sua casa, mas eles recusaram.
Luciana entrou em sua casa e foi direto para seu quarto. Acendeu a luz e foi para o closet.
- Isso são horas de chegar? A festa estava boa, né?! - Falou Alexander, que estava deitado, preguiçosamente na cama de Luciana.
Luciana se assustou quando ouviu a voz dele e bateu a cabeça em alguns cabides.
- Alex? Nunca perde essa mania chata de assustar os outros? É claro que não. Como a Amanda diria? Você parece aquele anjo do Supernatural. Mas claro... De anjo, você não tem nada. - Falou Luciana trocando sua roupa por um pijama.
- Não mesmo. Tem razão. - Falou ele. - Mas e aí? Se divertiu? Conheceu alguém interessante?
- Dois vampiros gatinhos... - Falou Luciana contendo um riso, só para ver a reação dele.
Alexander demorou a falar novamente.
- E?
- E... O quê? - Luciana saiu do closet, já vestida e foi para a cama, deitando-se.
- Não sei... - Alexander deu de ombros, fingindo indiferença. - Você ficou com algum deles?
- Por que quer saber? - Luciana riu.
Alexander ficou vermelho.
- Por nada. Curiosidade, oras. Sou um cara curioso, às vezes. - Falou ele, disfarçando rápido.
- Humm... Então... Amanhã, eu te conto. - Luciana desligou o abajur e virou-se para o outro lado.
- Ah! É assim? - Alexander se sentou, rindo. - Então, vou te assombrar até o amanhecer.
- Você quem sabe... - Luciana deu de ombros e fechou os olhos.
- Lucy.... Lucy... - Alexander sussurrou próximo ao ouvido dela.
- Pode parar! Estou com sono! - Ela cobriu a cabeça.
Alexander esperou passar uns cinco minutos e puxou o pé dela.
- PARA! Alex? - Ela sentou-se, brava.
- Então me conte e prometo que te deixo em paz. - Falou ele levantando a mão direita, e sorrindo com ar de malandro.
- Não aconteceu nada. Tá bom? Satisfeito? Agora, me deixe dormir! - Luciana se deitou e cobriu a cabeça mais uma vez.
- Sabia... - Disse Alex baixinho, sorrindo.
† † †
Emma e Christopher acharam melhor conversarem na casa dela e não protagonizarem mais barracos na rua. Chegando na casa de Emma, ela se serviu de um chá, porém não ofereceu nada ao Christopher pela raiva que ainda sentia.
- Olha Emma... A Maya passou por algo que ela não deveria ter passado. - Christopher começou a falar e Emma teve que se segurar para não estourar de raiva outra vez. - Ela foi como aquela garota do ritual... Ela perdeu a oportunidade de ter uma vida normal.
- Chris, eu entendo o que ela passou, mas isso não é desculpa para ela sair beijando o namorado das outras! - Rebateu Emma, mas mantendo a calma.
- Eu sempre soube que ela gostava de mim... Mas não achei que ela fosse chegar a tanto. - Falou Christopher.
- Mas você deixou ela te beijar, Chris! - Disse Emma, já não se segurando de raiva e ciúme. Muitas vezes ela se perguntara se aquilo era certo. Se ela se envolver com um vampiro mais uma vez não traria algum desgosto mais uma vez. E nesse momento, ela estava se perguntando se tinha razão.
- Eu sei... Eu sei! Eu não deveria ter deixado isso acontecer. Eu errei, e eu espero que você me perdoe. - Disse Christopher a encarando.
- Você quer que eu te perdoe? - Perguntou Emma indignada e se aproximou do Christopher. Ficou o encarando parada e teve vontade de matá-lo nesse mesmo instante, mas o sentimento que ela tinha por ele era maior do que a raiva. Ela o amava, e nada podia mudar aquilo. Ela começou a dar tapas no peito dele, que não reagiu e a deixou colocar toda a sua raiva para fora. - Seu... Cretino! Eu não... - Ela disse enquanto o batia mas acabou deixando as lágrimas escorrerem por seus olhos. Christopher, enfim, segurou suas mãos e a abraçou, enquanto esta chorava incessantemente. - Eu não...- Ela tentou falar mais uma vez mas foi interrompida por Christopher que tocou seus lábios com o dedo.
- Shhh... Eu só quero que você saiba que eu te amo, e sempre te amarei, independente da sua decisão. - Disse Christopher enxugando as lágrimas da Emma com a palma de sua mão.
- Eu não consigo nem pensar na ideia de outra te tocando... - Disse Emma sem se esforçar ao mínimo para parar de chorar. - Eu te amo, Chris.
Christopher a encarou sem surpresa. Como se já soubesse daquilo a um certo tempo. Ele a beijou e ela o correspondeu, fazendo desaparecer toda a raiva e angústia que a mesma sentia a pouco tempo. Eles se separaram do beijo por falta de ar, de ambas as partes, e ficaram abraçados.
- Vamos para o quarto? - Sugeriu Emma que já parara de chorar e ele assentiu com a cabeça.
Christopher a carregou até seu quarto e a deitou na cama, delicadamente, e ficou por cima, a beijando mais uma vez enquanto deslizava as mãos pelo corpo quente dela. Emma sentiu o desejo a dominar, ela precisava dele, e agora ela sabia mais do que nunca.
Christopher tirou sua camisa e após, tirou a blusa de Emma. Ele beijou seu pescoço a fazendo arrepiar o corpo todo. Ele sabia a tocar de um jeito que fazia seu corpo todo queimar, mas sem parecer indelicado ou inapropriado.
† † †
Assim que a cerimônia de coroação de James terminou, Barbora foi entregue às bruxas do Clã Celeste para ser cuidada, e a festa recomeçou.
Tom foi até a casa de Celeste, atrás de sua esposa, e quando viu Amanda, ficou muito feliz por reencontrá-la.
- Amanda! - Tom não pode conter-se e a abraçou, quase emocionado.
Henry que veio logo depois dele, e não sabia que Amanda era a reencarnação de Saoirse, a irmã de Tom e James, ficou cheio de ciúmes. Só não disse nada porque queria que sua cabeça continuasse onde estava.
- Tom? Oh, meu deus! Eu não acredito! Você está vivo? - Falou Amanda feliz.
- Sim, Kátia e eu estamos livres, graças a você. - Falou Tom recuando e a encarando.- Obrigado.
- Eu não teria conseguido sem a ajuda dos meus amigos. - Falou Amanda.
- Ainda assim, todo o mérito é seu, pois a ideia de nos resgatar, sem dúvida alguma, foi sua. - Falou Tom e passou a mão no rosto dela.
- Oi, amor?
- Oi, Henry? - Amanda se lembrou do que acontecera a Bianca ao ver Henry, e ficou chateada.
- Então, é você o famoso Henry, o qual, meu irmão mais velho não se cansa de elogiar?! - Falou Tom sorrindo e estendeu a mão para o loiro. - Prazer? Sou Thomas Montenegro.
- Henry Dornelles. - Disse ele apertando a mão de Tom.
- Espere? Você é irmão do James? - Falou Amanda surpresa.
- Sim, sou. - Falou ele.
- Eu sabia! Sentia que de alguma forma estávamos ligados. - Amanda o abraçou, emocionada.
- Saoirse. - Falou Tom, também emocionado.
Saoirse sempre fora muito ligada a seus dois irmãos, mas, especialmente, a Tom. Ele sempre fora mais atencioso com ela, o tipo de irmão mais velho que adorava contar histórias para ela quando ela era pequena, e ajudá-la a se safar de castigos por suas travessuras. Ao contrário de James, que sempre fora o típico irmão mais velho, responsável, sério e mandão.
- Saoirse? - Repetiu Henry sem entender.
- Oh! Tom e eu fomos irmãos numa vida passada, e Saoirse era meu nome. - Amanda explicou a Henry.
- Então, você se lembra?! - Disse Tom.
- Mais do que gostaria. - Falou Amanda recuando, e alternando olhares entre Henry e Tom.
- Pensei que... - Disse Henry envergonhado e não conseguiu terminar de dizer o que pensara.
- Não! Ela é muito jovem para mim! - Disse Tom, rindo. - E, além do mais, sou casado. E... Mesmo que não fosse... Como eu sentiria qualquer coisa que não fosse carinho por minha irmãzinha. - Tom passou a mão na cabeça dela, bagunçando seus cabelos, e a fazendo rir.
- É muito bom revê-lo! - Falou Amanda.
- Digo o mesmo. - Falou Tom. - Agora, devo ir atrás de Kátia. Nos vemos. - Ele se despediu de Amanda, dando-lhe um beijo no rosto. Se voltou a Henry e disse-lhe: - Novamente... Foi um prazer, conhecê-lo. Cuide bem de minha irmã, hein?
- Pode deixar. - Falou Henry sorrindo e colocou um braço em torno dos ombros dela.
Tom se afastou.
- Seu ciumento! - Amanda disse rindo e deu uma cotovelada nele.
- Desculpe? É que ele é um cara com muito mais a oferecer que eu. - Falou Henry sorrindo, sem graça.
Amanda deu um beijo nele.
- Seu bobo! Não procuro status, mas sim, compreensão e carinho, e tenho isso, ao seu lado. Jamais te trocaria por quem quer que fosse.
- Eu sou um péssimo namorado! - Ele disse.
- Namorado? - Repetiu Amanda sorrindo e jogou seus braços em volta do pescoço dele. - Desde quando?
- Desde o nosso primeiro beijo. - Falou ele.
- Eu sei, seu bobo! Só tô brincando com você! - Amanda disse rindo. - Eu é quem nunca quis rotular nada porque sei que garotos odeiam isso.
- Não sou um garoto qualquer. - Ele a beijou.
† † †
Emma acordou com uma fresta de luz entrando pelo seu quarto e sentindo Christopher afagar seus cabelos.
- Bom dia? - Disse Christopher e beijou a testa da Emma.
- Bom dia. - Respondeu Emma sorrindo e se espreguiçou na cama. Os dois ficaram um tempo na cama, abraçados, até que se ouviu um barulho do lado de fora do quarto.
- Tem alguém aqui. - Falou Emma pulando da cama assustada.
Christopher se levantou rapidamente e começou a se vestir. Emma, apenas enrolada em um lençol se levantou e ficou à espreita na porta, ouvindo que passos se aproximavam de seu quarto. Ela estava pronta para dar o bote a quem quer que estivesse invadindo sua casa, quando a porta se abriu e ela se surpreendeu ao ver quem estava em seu quarto.
- Mãe? Pai? - Perguntou Emma muito surpresa por seus pais estarem ali. Seus pais sorriram, mas ao verem que tinha um garoto em seu quarto, a expressão feliz de seus rostos desapareceram. Emma se deu conta de que Christopher ainda estava ali e ficou muito constrangida.
- Um garoto? - Perguntou Jack.
- Saiba que as minhas intenções com sua filha são as melhores, senhor. - Disse Christopher constrangido, mas tentando demonstrar cordialidade.
- Você diz isso quando está no quarto da minha filha, com ela estando sem roupas? - Perguntou Jack furioso e quase partindo para cima do vampiro.
- Amor, se acalme? - Disse Angie tentando controlar seu marido.
- Pai...
- Nada de pai, Emma! Eu vou matar esse filho da mãe! – Jack partiu para cima de Christopher. Christopher pegou seus sapatos e foi em direção à janela.
- Eu te amo, Emma. - Disse Christopher antes de pular pela janela e ir embora.
† † †
Brittany tentou ligar para seu padrasto, mas seu celular estava fora de área. Então, ela ligou para a polícia e também para uma ambulância.
Iris não conseguiu responder a nenhuma das perguntas dos policiais, não falando coisa com coisa, e teve uma crise nervosa. Os paramédicos a sedaram e a levaram para o hospital. A área foi cercada. Brittany respondeu às perguntas dos investigadores e, assim que foi liberada, voltou até a casa de Michelle. Explicou-lhe a situação e pediu sua ajuda. Já que Michelle era uma jovem advogada. Elas deixaram Catrina com a mãe de Michelle, e foram ver o que podiam fazer por Iris.
Logo o lado de fora da casa da família Grant se encheu de repórteres e curiosos.
Edward Grant estava fora da cidade a trabalho e só saberia sobre a morte de sua esposa, mais tarde, quando ouvisse as mensagens deixadas por Brittany. Ele viria no próximo voo.
† † †
Jordana estava deitada em sua cama pensando no que faria quando Jody acordasse quando ouviu a campainha tocar e foi atender. Era Kentin ele parecia nervoso ou preocupado com algo, mas ela não se importou e o convidou para entrar.
- Então, Jordana... Você se sente melhor? - Perguntou Kentin se aproximando dela um pouco preocupado.
- Sim Kentin... Eu me sinto ótima... - Respondeu Jordana sorrindo de uma forma estranha e se aproximando de Kentin, andando de forma sedutora.
Kentin achou estranho e andou para trás.
- Você tem certeza? Você não parecia muito bem lá... -Disse Kentin com medo...
- Foi só... Uma dor de cabeça, nada demais. - Disse Jordana sorrindo. Ela se aproximou de Kentin e envolveu os braços em seu pescoço. - Não precisa se preocupar. - sussurrou Jordana sedutoramente fazendo Kentin se arrepiar.
Jordana deslizou as mãos pelo peitoral definido de Kentin e mordeu sua orelha o fazendo soltar um suspiro.
- Jordana... Você não parece bem... - Disse Kentin nervoso com o modo como Jordana se comportara.
- Eu já te disse que tô bem. - Disse Jordana encarando Kentin mordendo o lábio inferior de um jeito sexy que o fez sentir muito desejo.
Kentin não se controlou e a beijou o mais vorazmente possível. Ela o correspondeu enquanto deslizava a mão pelo seu abdômen firme. Ele a puxava cada vez mais para perto como se os seus corpos fossem se unir, deslizando as mãos pela silhueta de Jordana. Ele, louco de desejo, subiu as mãos e apertou os seios de Jordana, a fazendo parar de o beijar e soltar um gemido.
Ele a encarou nervoso, como se esperasse levar uma bronca, mas a única coisa que ouviu foi uma risada.
- Você é tão fofo que chega a ser... Sexy. - disse Jordana sorrindo maliciosamente.
Ele sorriu, mas, de repente, ficou muito nervoso.
- Qual o problema amor? - perguntou Jordana.
- Eu tenho que te contar uma coisa... - disse Kentin nervoso. - Lá na festa... Emma viu a Maya beijando o Chris e... Ela surtou e... Ela me beijou.
A expressão ousada e sedutora de Jordana desapareceu de seu rosto e se transformou numa expressão sombria de raiva.
- Ela fez o que? - Gritou Jordana alterada.
- Me desculpe? Foi tudo muito rápido e... Eu não pude evitar... - Kentin tentou se explicar nervoso.
- Aquela... - Jordana começou a falar e Kentin poderia jurar que viu a marca de seu ombro brilhar, mas ela respirou fundo tentando se acalmar para não descontar no coitado do Kentin mas não deu muito certo e ela resolveu mandar ele embora para o seu próprio bem. - Kentin é melhor você ir, não vai querer estar aqui quando eu estiver furiosa! - Ela disse e saiu rebocando o rapaz antes que fosse tarde demais.
- Mas já disse que... Aquela amarrada ali é a sua mãe?!
Droga! Ela fora burra e não se lembrou de esconder melhor a sua "mãe" que estava amarrada antes de abrir a porta.
Antes que ele pudesse falar algo mais a porta se fechou com uma batida como se tivesse dado um vento muito forte. Jordana se virou furiosa, como aquela que se dizia sua amiga pôde ter feito isso com ela?! Num piscar de olhos todas as lâmpadas da casa explodiram acordando Jody.
- Olá mamãe! Será que eu devo te chamar assim?! - Ela disse sombria se aproximando de sua "mãe" exibindo suas garras. - Sabe, já que o Kentin foi embora acho que nós duas vamos nos divertir muito hoje, essa manhã! Só você e eu... - Ela disse e afundou uma de suas garras no rosto de Jody que chorou não apenas pela dor mas também pelo medo do que Jordana poderia lhe causar.
† † †
Jeremy e Harriet estavam sentados no sofá do apartamento dela, dando uns amassos, depois que o pai dela havia saído para trabalhar, quando alguém bateu à porta de forma desesperada. Jeremy e Harriet se afastaram um do outro, assustados.
- Nossa! Quem será? - Falou Jeremy com a mão no coração.
Harriet levantou-se e foi ver quem era. Quando abriu a porta, se espantou com quem viu; um rapaz maltrapilha, e com uma aparência horrível, que quase o tornava irreconhecível... Mas não para ela.
- Jake?
- Por favor? Me ajude? - Disse ele antes de cair desmaiado.
Harriet recuou, chorando.