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Antes que chegássemos na cozinha era possível sentir o aroma que deixava a boca salivando, a comida sobre a mesa convidava qualquer um a se sentar ali, eu comi como nunca na minha vida, depois de quatro meses eu estava tento uma refeição digna. _Então, me conta sobre a minha mãe, sobre a família. Amália levantou da mesa pegou seu prato e levou até a pia. _ah a sua mãe, sempre foi muito decidida desde pequena. Se ela queria uma coisa ela corria atrás até conseguir. depois que seu avô faleceu, tínhamos só uma a outra é isso foi bom até a Elena se juntar com pessoas que eu não queria.
Nós brigávamos muito por isso, até que ela ficou grávida de você, e seu pai... _Meu pai? o que tem ele? Ele está vivo?. Ele ainda mora aqui na cidade. Amália pegou meu prato e levou até pia. _Gostou da comida? Eu vou lavar a louça se quiser pode voltar para o quarto, amanhã eu te mostrarei a cidade. _Não, dessa vez você não irá me enrolar, o que houve com o meu pai o que você não quer me contar? Levantei e fui direto a pia, encruzei meus braços e olhei para ela que estava de cabeça baixa lavando os pratos. _Eu entendo você querer saber de tudo, do nada eu apreço dizendo que sou sua avó, falo do seu pai do seu avô. Sei que queira entender porque sua mãe nunca contou sobre nós mas tudo tem seu tempo. Lhe garanto que na hora certa você irá saber. _Eu não passei por tudo aquilo, eu não vim de tão longe para você me esconder as coisas, já não bastou a minha mãe? Ela precisou morrer para eu saber que tenho uma avô, eu acho que eu meço saber da verdade. _Uma lágrima escorreu sobre o meu rosto, limpei com a mão, e virei a de costas e fui andando direto para a porta entre a cozinha e sala de jantar mas antes que eu passa-se por ela a Amália disse em tom de voz mediano. _Ele sumiu. _Sumiu? Como assim? Amalia enxugou suas mãos no pano de prato que estava novamente estendido no seu ombro esquerdo puxou uma cadeira e disse. _sim, sumiu! Já era tarde e eu já estava preocupada sua mãe não chegava, ela não tinha o costume de chegar a esse horário em casa, quando ela entrou por essa porta eu pude ver o medo no seu olhar, ela não conseguia falar eu perguntava o que tinha acontecido e ela só disse, ele se foi, e logo em seguida desmaiou e só foi acordar no outro dia, a levamos para o hospital mas os médicos não sabiam o que ela tinha. Quando ela acordou ela me disse que o seu pai e toda a família dele havia ido embora, mas eu sabia que tinha acontecido algo a mais porém a Elena nunca me contou. _Toda a família? E ninguém nunca apareceu? mas ninguém suspeitou de nada? Perguntei enquanto me sentava na cadeia. _As pessoas diziam, ela está triste porque ele há deixou. As nossas famílias tinham uma rixa muito antiga. A minha família já não ligava mais para isso mas a dele. Muitos dizem que eles levaram o seu pai a força. Para ele não se casar com Elena pois ela estava esperando você. Mas eu sei que existe algo que Elena não me contou eu a conheço ela parecia estar com medo e não triste. _porque as famílias tinham rixa? _Como eu disse é coisa antiga nem eu sei ao certo deve. Mas já está tarde eu estou cansada da viagem, chega de conversa por hoje. Quando for subir apague as luzes. Amália subiu, mas aquela história não tinha me convencido. Então decide procurar alguma coisa pela casa que me contasse uma pouco da hóstia da minha mãe. Olhei quadros, li alguns livros até vi alguns discos antigos mas nada de muito interessante, o cansaço já estava sobre mim eu bocejei várias vezes enquanto folheava um livro que encontrei na estante. Eu queria continuar procurando alguma coisa mas o sono estava muito forte então subi para o quanto é antes que eu abrisse a porta por completo uma coisa me chamou atenção no correr. Os quadros com as bordas douradas brilhavam incessantemente no escuro dos dois lados do corredor me aproximei e vi que neles haviam fotos muito antigas, nelas não estavam ninguém que eu conhecesse, passei meus dedos no terceiro quadro do lado direito da parede e as fotos começaram a se mover e todas de alguma forma me diziam para continuar caminhando, eu já esteja no vigésimo quadro e a minha frente haviam muito mais, o corredor estava escuro eu não conseguia enxergar o final e do lado de fora a casa nem parecia ser tão grande assim, continuei andando ate aparecer uma porta, virei a maçaneta, meu coração acelerado, eu não sabia o que iria encontrar atrás da quela porta, fui abrindo-a lentamente o barulho da fechadura rangia bem baixinho, quando entrei na quele quarto não acreditei no que eu estava vendo.