Quando o amor é uma mentira
img img Quando o amor é uma mentira img Capítulo 8 Um problema para ela resolver
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Capítulo 11 O que você está fazendo aqui img
Capítulo 12 Lágrimas como tempero img
Capítulo 13 Tudo em excesso faz mal à saúde img
Capítulo 14 Vou visitá-lo com você img
Capítulo 15 Você não vai mentir para mim img
Capítulo 16 Até onde ela seria capaz de ir entre quatro paredes img
Capítulo 17 Senhor A img
Capítulo 18 História sobre cachorros sem-vergonha img
Capítulo 19 Provocações img
Capítulo 20 Tamanho impressionante img
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Capítulo 8 Um problema para ela resolver

O olhar de Laurence faiscava de raiva. Seu peito subia e descia em um ritmo pesado, como se estivesse prestes a explodir.

Depois de um longo minuto tentando controlar a respiração, com a mão pressionada contra o coração, ele finalmente falou: "Se você quer tanto provar seu ponto, então me dê um neto até o fim do ano!"

Katherine congelou. A xícara em sua mão escorregou levemente entre os dedos, quase caindo.

Julian notou o rosto perplexo dela e soltou uma risada seca, não pretendendo intervir.

A seu ver, esse era um problema para ela resolver.

"Não me decepcione, Kathy", Laurence acrescentou, com um tom firme e, ao mesmo tempo, cheio de esperança.

Katherine se sentia encurralada, presa em uma armadilha da qual não conseguia sair, não importava o que dissesse. No fim, apenas acenou com a cabeça, tentando encerrar a conversa quanto antes.

Laurence, esgotado emocionalmente, deu as costas e se retirou para o quarto.

Assim que Katherine e Julian saíram do escritório, ambos deixaram os sorrisos falsos caírem.

Tudo entre eles estava quebrado há tanto tempo que falar sobre filhos era quase uma piada cruel.

Katherine sabia que Julian a via novamente como uma manipuladora. Bastava um olhar para o rosto frio dele para confirmar isso.

De repente, ele parou e se virou para encará-la.

Seus olhos estavam afiados, sua voz seca: "Engraçado, parece que te incomoda o fato de eu nunca ter encostado um dedo em você."

Katherine mantinha a postura, sem se alterar. "Não é bem isso. Estamos casados há três anos e nunca transamos. Só acho que o que eu disse a Laurence faz sentido."

"Então eu sou impotente, é isso?", ele disparou.

"Como eu saberia? Talvez devesse ligar para sua amante e pedir que ela leve essa informação até seu pai", ela retrucou.

Julian soltou uma risada amarga, quase debochada. "Uau! Essa sua língua afiada... pena que tenha ficado muda nos últimos três anos!"

Julian se arrependeu de ter sido piedoso naquela noite - deveria ter continuado até fazê-la desmaiar.

Katherine desviou o olhar, cansada de discussões que nunca levavam a lugar algum. "Você não pode esconder o divórcio para sempre. Ele vai descobrir, então é melhor contar logo."

"Katherine, foi você quem concordou, bem na frente dele", Julian a lembrou.

"Eu só..."

Julian não a deixou terminar, questionando em tom sarcástico: "Você agarrou a oportunidade com as duas mãos, mas agora quer desistir? Tenho que admitir que seus métodos são muito melhores do que os da sua mãe. Você sabe exatamente como usar seu valor quando quer alguma coisa."

O homem não hesitou em insultá-la. Ela compreendeu de imediato o que ele estava insinuando - que ela estava usando a ideia de ter um filho como ferramenta de manipulação.

Seu maxilar se contraiu enquanto ela retrucava, mantendo a voz baixa: "Não é você quem decide se eu fico grávida ou não? Você faz o papel de filho perfeito na frente do seu pai, mas nas costas dele, eu viro a vilã da história? O que foi que eu fiz, Julian? Alguma vez me joguei nos seus braços? Já te supliquei para me engravidar?"

A raiva crescia visivelmente no rosto de Julian, mas antes que ele pudesse retrucar, gritos vindos do lado de fora chamaram sua atenção.

Ambos desceram às pressas e encontraram Camille Nash, madrasta de Julian, recém-chegada e claramente exaltada.

Laurence havia se separado da primeira esposa em circunstâncias delicadas e, cerca de um ano depois, se casado com Camille, com quem dera à luz uma filha, Eloise.

Julian e Eloise eram meio-irmãos, mas mantinham uma relação pacífica. Já com Camille, a convivência era outra história - educada, sim, mas fria e sem afeto.

Camille entrou apressada, ainda visivelmente contrariada, e forçou um sorriso ao ver o casal.

"Julian, já está de saída? Eloise ficou bastante machucada. Acabei de voltar do hospital e não consegui receber você como deveria. Espero que não me interprete mal."

Havia um subtexto claro na fala - uma alfinetada velada direcionada a Katherine.

Mas Katherine não reagiu. Ela já tinha dores suficientes para lidar nesse momento, então não se deixaria afetar por provocações pequenas.

Julian, por sua vez, respondeu com a mesma indiferença de sempre: "Se ela está realmente tão machucada, talvez devesse ter permanecido no hospital e parado de criar confusão."

Camille conteve um sorriso desconfortável, pois sabia que sua filha não era nenhuma vítima inocente.

Assim que Julian e Katherine saíram, seu rosto escureceu, e ela foi direto para o quarto de Laurence.

Camille sabia sobreviver, senão não teria permanecido tanto tempo na família Nash sendo impulsiva. Mesmo que sua filha tivesse sido humilhada, ela não podia se dar ao luxo de começar uma briga agora.

Aos olhos dela, Katherine, que não tinha apoio, sem nenhuma família para protegê-la e agora abandonada por Julian, pagaria mais cedo ou mais tarde!

Enquanto Camille tramava silenciosamente, Laurence continuava seus próprios jogos. "Julian acha que pode me enganar de novo. Estou farto disso. Encontre alguém discreto e mande para a casa deles para ficar de olho. Eu quero um neto."

            
            

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