De Afogada a Amada: Uma Segunda Chance
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Capítulo 7

Kaio contornou-me, um sorriso cruel brincando em seus lábios. Os três bandidos se aproximaram, formando um círculo apertado ao meu redor. Seus olhos eram duros e impiedosos.

"O que você quer, Kaio?", perguntei, minha voz firme apesar da adrenalina correndo em minhas veias.

Ele me olhou de cima a baixo, seu olhar cheio de desprezo. "Você acha que pode simplesmente roubar o Arthur da minha irmã e sair impune?"

"Ela o deixou, não o contrário", eu disse, tentando argumentar com ele, tentando ganhar tempo. "E se você fizer alguma besteira, o Arthur e a polícia não vão te deixar escapar."

Ele riu, um som baixo e áspero que me irritou os nervos. "Você realmente acha que o Arthur vai se importar com o que acontece com você? Vou garantir que ele nunca mais queira olhar para o seu rosto."

Seus olhos se tornaram cruéis. "Quando você estiver fora de cena, minha irmã finalmente poderá ter o que é dela por direito."

Levantei as mãos, uma última e desesperada tentativa de uma resolução pacífica. "Eu estou indo embora. Estou saindo do seu caminho. Eu prometo."

Kaio apenas riu novamente. "Você? Desistir desta vida? Eu não acredito em você." Ele acenou para os bandidos. "Segurem-na."

Eles agarraram meus braços, seus apertos como tornos de ferro. Kaio deu um passo à frente, tirando uma pequena e afiada faca do bolso. A lâmina brilhou sob a luz fraca do poste.

"Vamos ver o quão bonita você fica depois disso", ele sussurrou, seu sorriso tornando-se sádico.

A faca cortou minha bochecha. Uma dor aguda e ardente explodiu em meu rosto, e eu gritei.

Naquele momento de agonia, lembrei-me da pequena tesoura no bolso do meu casaco. Eu a havia comprado para cortar fios soltos.

Com uma onda de desespero, torci meu corpo, liberando uma mão o suficiente para alcançar meu bolso. Peguei a tesoura e, com toda a minha força, avancei e esfaqueei Kaio na perna.

Seu sorriso triunfante se transformou em um grito de dor que ecoou pelo beco vazio.

...

A delegacia estava fria e cheirava a desinfetante.

Késsia irrompeu pela porta, apoiada por Arthur, seu rosto uma máscara de preocupação frenética.

"Kaio! Você está bem?", ela gritou, correndo em direção ao irmão.

Ele estava sentado em um banco, a perna enfaixada, o rosto pálido e manchado de lágrimas. Eu estava sentada em frente a ele, um pedaço de gaze colado na minha própria bochecha sangrando.

Késsia se virou para mim, seus olhos ardendo de ódio. Ela agarrou a frente da minha camisa e me sacudiu.

"Sua monstra! Como pôde fazer isso com ele? Ele é só um garoto!"

Seu chacoalhão puxou o corte no meu rosto, e eu gemi, mordendo o lábio para não gritar.

Olhei por cima dela, meus olhos suplicando a Arthur. Por favor, acredite em mim.

Ele apenas olhou de volta, a testa franzida em um nó profundo e complicado. "Eva, o que aconteceu?"

Respirei fundo e contei tudo a ele. A emboscada de Kaio, os bandidos, a faca.

"Ela está mentindo!", gritou Késsia. "Kaio nunca faria algo assim!"

Kaio, ignorando-me completamente, virou seus olhos cheios de lágrimas para Arthur. "Arthur, eu não conheço aqueles homens. Eu juro."

Ele começou a girar sua própria versão da história, uma obra-prima de ficção. Ele alegou que eu o estava assediando na loja, com raiva por Arthur ter conseguido o emprego para ele.

"Ela estava furiosa", ele soluçou. "Ela disse que eu não merecia sua ajuda. Então ela simplesmente... ela veio para cima de mim com a tesoura. Ela disse que ia me matar."

            
            

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