Fugindo da Obsessão Dele, Encontrando o Amor
img img Fugindo da Obsessão Dele, Encontrando o Amor img Capítulo 5
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Capítulo 5

Uma semana depois, recebi uma ligação de uma velha amiga, dona de uma galeria na cidade.

"Alana", disse ela, sua voz brilhante e alegre, "há um leilão de caridade esta noite no museu. O convidado de honra é Jordan Moraes. Sei que você sempre admirou os projetos sustentáveis da empresa dele. Esta poderia ser uma grande oportunidade para sua firma."

Uma centelha de esperança se acendeu em meu peito. Jordan Moraes. A empresa dele era aquela com a qual eu sonhava em colaborar. Uma saída. Um novo começo.

"Estarei lá", eu disse, minha voz cheia de uma determinação que eu não sentia há semanas.

Eu tinha que sair de casa sem que Heitor soubesse. Disse a ele que ia visitar uma amiga doente. Ele pareceu distraído e concordou, mas insistiu que um de seus motoristas me levasse. Era melhor que nada.

O museu fervilhava de energia. Vi minha amiga, que me deu um abraço rápido e apontou para Jordan Moraes do outro lado da sala. Ele estava conversando com um pequeno grupo, parecendo ainda mais impressionante pessoalmente.

Quando comecei a caminhar em sua direção, ouvi uma voz familiar e enjoativa.

"Alana! Que surpresa te ver aqui."

Eu me virei. Heitor e Catarina estavam bem atrás de mim.

Meu sangue gelou.

"Eu não sabia que vocês viriam", eu disse, tentando manter minha voz firme.

"Decidi que Catarina precisava de uma noite fora", disse ele, sem olhar para mim. Ele estava olhando para além de mim, para Jordan Moraes. "E parece que não somos os únicos interessados na concorrência."

Catarina se agarrou ao braço de Heitor. "Oh, querido, olhe aquele lindo colar de diamantes. Aquele que estão leiloando para o hospital infantil. Eu morreria para tê-lo."

Ela estava olhando para mim, um desafio em seus olhos.

"É adorável", eu disse friamente, me virando.

"Alana vai dar o lance para você", disse Heitor.

Eu parei. "O quê?"

"Você me ouviu", disse ele, sua voz baixa e ameaçadora. "Você vai comprar aquele colar para Catarina. Um presente. Para mostrar que não há ressentimentos."

"Eu não tenho esse tipo de dinheiro comigo", menti.

"Use meu cartão", disse ele, pressionando um cartão de crédito preto em minha mão. "Não faça uma cena."

Catarina sorriu seu sorriso doentio. "Oh, obrigada, Alana. Você é tão generosa."

Senti-me mal. Presa. A sala inteira estava nos observando. Eu não tinha escolha.

Peguei o cartão e caminhei em direção à área do leilão, Catarina me seguindo de perto, sua mão possessivamente em meu braço.

"Você parece miserável", ela sussurrou em meu ouvido. "Combina com você."

Eu a ignorei, focando no palco.

"E nem pense em falar com o Sr. Moraes", ela acrescentou. "Heitor não gostaria disso. Ele sabe que você tem uma quedinha por ele."

O leilão pelo colar começou. Levantei minha placa, meus movimentos rígidos e robóticos. Outro licitante do outro lado da sala me desafiou. O preço subiu cada vez mais.

Finalmente, o outro licitante desistiu.

"Vendido!", gritou o leiloeiro, "para a adorável Srta. Prado!"

Catarina apertou meu braço. "Eu sabia que você faria isso por mim."

Ela praticamente me arrastou para a mesa de pagamento. Enquanto eu assinava o recibo, ela "acidentalmente" esbarrou em mim, com força. Eu tropecei, e meu cotovelo atingiu um grande vaso ornamentado em um pedestal.

Ele balançou por um momento, depois caiu no chão, quebrando-se em mil pedaços.

A sala ficou em silêncio. Todos olharam.

Caí de joelhos, meu corpo batendo no chão de mármore duro com um baque doentio. Uma dor aguda atravessou minha perna. Olhei para baixo. Um grande caco de cerâmica estava cravado na minha panturrilha. O sangue já estava encharcando meu vestido.

Olhei para cima, atordoada, bem a tempo de ver Heitor correndo em nossa direção. Por uma fração de segundo, seus olhos estavam em mim, arregalados de alarme.

Então Catarina soltou um grito de gelar o sangue. "Meu braço! Oh, meu braço! Acho que está quebrado!"

Ela estava segurando o braço, lágrimas escorrendo pelo rosto. Não havia um arranhão nela.

A expressão de Heitor mudou. Sua preocupação por mim desapareceu, substituída por pura fúria dirigida a mim.

Ele passou correndo por mim, sem nem olhar para minha perna sangrando. Ele se ajoelhou ao lado de Catarina, envolvendo-a em seus braços.

"Está tudo bem, meu amor", ele acalmou. "Estou aqui."

Ele a levantou como se ela não pesasse nada e a carregou em direção à saída, gritando para alguém chamar uma ambulância.

Ele me deixou lá, sangrando no chão, cercada pelos destroços.

Sozinha. De novo.

            
            

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