A Refém do Capo - Tudo por uma família "feliz"
img img A Refém do Capo - Tudo por uma família "feliz" img Capítulo 2 Desastrada
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Capítulo 11 Divergências conjugais passadas img
Capítulo 12 Mulher ardilosa img
Capítulo 13 Ponto fraco img
Capítulo 14 Uma madrasta exemplar img
Capítulo 15 Uma família feliz img
Capítulo 16 Ela roubou img
Capítulo 17 Um momento a sós img
Capítulo 18 Não roubei nada! img
Capítulo 19 O atrevimento de Giovanna Harrison img
Capítulo 20 As duas amigas img
Capítulo 21 A briga na cozinha img
Capítulo 22 Saia da minha casa img
Capítulo 23 Assuntos da minha família img
Capítulo 24 Uma fera img
Capítulo 25 Desejo proibido img
Capítulo 26 A raiva de Eros img
Capítulo 27 A autoridade de Eros img
Capítulo 28 Você me protege img
Capítulo 29 Limpe essa bagunça img
Capítulo 30 Grávida img
Capítulo 31 A verdadeira culpada img
Capítulo 32 Bisbilhotando img
Capítulo 33 Motivos egoístas img
Capítulo 34 Plano diabólico img
Capítulo 35 Assassina img
Capítulo 36 Veneno img
Capítulo 37 Condenada img
Capítulo 38 O pai desesperado img
Capítulo 39 Submissão img
Capítulo 40 Rendição img
Capítulo 41 Inocência img
Capítulo 42 A sua ex fugiu img
Capítulo 43 Não toque nela! img
Capítulo 44 Salve o nosso filho img
Capítulo 45 O monstro img
Capítulo 46 Minha prioridade img
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Capítulo 2 Desastrada

- Eu derrubei sem querer. - Carina acrescentou de imediato, tentando evitar mais conflitos.

Ryan estendeu os braços e retirou Giulio da cadeira, entregando-o à cozinheira. Depois, agarrou o punho de Carina com firmeza e a levou até a pia.

- Ryan, não... - ela tentou protestar, mas a mão dele era implacável.

Ele abriu a torneira, enfiou a mão dela sob a água corrente. A pressão aumentou o ardor, arrancando-lhe um gemido baixo.

- Sempre tão desastrada - resmungou, segurando-lhe o punho com força.

A água escorria, levando consigo o sangue e pequenos estilhaços de vidro. O sabão caiu sobre o ferimento, provocando uma ardência mais intensa. Ela cerrou os olhos, suportando a dor em silêncio.

A mente evocou a lembrança de como Giovanna Harrison sofreu naquela casa. Recentemente, soube que Giovanna estava grávida novamente, vivendo uma vida que ela jamais teria. O pensamento a feriu mais do que o corte.

- Vai passar. - A voz dele a puxou de volta.

Carina abriu os olhos e por um instante, e então, ela se perguntou se ainda existia um resquício de empatia em Ryan?

Mas o momento passou rápido. Ele fechou a torneira, pegou um pano limpo da bancada e envolveu a sua mão.

- Vá para o seu quarto e cuide disso. - O comando soou frio, definitivo. - Coloque um curativo e fique por lá.

Giulio se soltou dos braços de Carmela e correu até Carina.

- Eu quero ficar com a mamãe.

Ryan o fitou, hesitou por um breve momento. Então, assentiu com um aceno curto.

- Levem comida para eles no quarto. - Desta vez, dirigiu-se aos empregados.

Carina apertou o filho contra o corpo, tentando esconder a dor na mão latejante.

A porta rangeu novamente. Verônica apareceu, sorridente, com o vestido vermelho oscilando em seu corpo esguio.

- O seu pai exige sua presença para tratar de um assunto importante, amore mio. - Sua voz era melíflua, mas o olhar que lançou a Carina estava repleto de desprezo.

Ela ofereceu o braço ao noivo. Ryan aceitou, erguendo-se ao lado dela. Antes de sair, voltou os olhos para Carina e Giulio.

Então se virou e partiu com Verônica, deixando a ex-esposa e o filho para trás.

- Devia ter contado ao patrão! - Carmela cochichou.

- Não adianta. - Após falar, Carina ajeitou o filho no colo e suspirou.

Era inútil falar alguma coisa, pois já sabia como aquela mulher manipulava o seu ex-marido.

Desde que acordou do coma, Carina sabia que o pai de seu filho estava noivo de outra mulher. Tinha voltado para a villa dos Gambino só para ver o filho e acabou ficando, já que Ryan se recusava a deixar a ex levar o garoto.

Não houve um só dia em que o ex-marido não reclamasse do fato dela ter ido embora sem falar que estava grávida. Se não fosse por Eros Velentzas, nunca saberia onde a ex estava e muito menos que tinha um filho.

- Vá cuidar disso, querida... já levo a refeição de vocês... - com doçura, Carmela falou.

- Grazie! - Depois que agradeceu, a jovem mãe rumou para a saída.

A caminho do quarto, Carina abraçava o menino.

- Está doendo, mamãe?

- Não! - Mentiu.

- Odeio aquela bruxa. - Giulio falou.

- Shiu! - Ao fazer um muxoxo, Carina olhou para os lados, temendo que algum funcionário tivesse ouvido. - Vamos conversar quando chegar no quarto.

Mãe e filho chegaram ao segundo piso. Ao cruzar a porta, Carina se trancou lá dentro. Ela o segurava nos braços com cuidado, sentindo o pequeno corpo tremer levemente.

Ligando a televisão, deixou que o filho se distraísse com o desenho dos jovens Titãs e então, foi ao banheiro pegar a caixa com antissépticos e curativos.

O corte ainda sangrava, e ela limpava a ferida com movimentos meticulosos. Cada toque da gaze no ferimento parecia arrancar dela um fragmento de força, mas ela se mantinha firme; era o mínimo que podia fazer pelo filho.

Seus pensamentos corriam em círculos, cada vez mais acelerados. Como sair dali sem provocar a ira de Ryan? Como proteger Giulio sem se expor? Cada plano que surgia em sua mente parecia ser imediatamente destruído pela realidade à sua volta. As paredes do quarto davam-lhe apenas a ilusão de segurança. Ela respirou fundo e olhou para o pequeno, observando os fios finos de cabelo que caiam sobre a testa, o rosto ainda tão infantil, mas já marcado pela tensão de uma casa que jamais deveria ser seu lar.

Ela posicionou cuidadosamente o curativo sobre o corte, verificando se não havia nenhum pedacinho de vidro, e então embalou o filho nos braços, permitindo-se por um instante a sensação mínima de normalidade, apenas o calor do corpo pequeno contra o seu enquanto assistia o desenho.

Quase meia hora depois, as batidas na porta a deixaram em alerta. Carina não tinha certeza se era algum funcionário trazendo o jantar ou a megera da Verônica. "Talvez seja o Ryan", cogitou em seus pensamentos

- Tem alguém batendo na porta, mamãe.

- Fique aqui, - deixou o filho sobre a cama. - Deve ser a nossa comida... - sorriu para não preocupar o filho.

            
            

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