A Refém do Capo - Tudo por uma família "feliz"
img img A Refém do Capo - Tudo por uma família "feliz" img Capítulo 6 Hora de agir
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Capítulo 11 Divergências conjugais passadas img
Capítulo 12 Mulher ardilosa img
Capítulo 13 Ponto fraco img
Capítulo 14 Uma madrasta exemplar img
Capítulo 15 Uma família feliz img
Capítulo 16 Ela roubou img
Capítulo 17 Um momento a sós img
Capítulo 18 Não roubei nada! img
Capítulo 19 O atrevimento de Giovanna Harrison img
Capítulo 20 As duas amigas img
Capítulo 21 A briga na cozinha img
Capítulo 22 Saia da minha casa img
Capítulo 23 Assuntos da minha família img
Capítulo 24 Uma fera img
Capítulo 25 Desejo proibido img
Capítulo 26 A raiva de Eros img
Capítulo 27 A autoridade de Eros img
Capítulo 28 Você me protege img
Capítulo 29 Limpe essa bagunça img
Capítulo 30 Grávida img
Capítulo 31 A verdadeira culpada img
Capítulo 32 Bisbilhotando img
Capítulo 33 Motivos egoístas img
Capítulo 34 Plano diabólico img
Capítulo 35 Assassina img
Capítulo 36 Veneno img
Capítulo 37 Condenada img
Capítulo 38 O pai desesperado img
Capítulo 39 Submissão img
Capítulo 40 Rendição img
Capítulo 41 Inocência img
Capítulo 42 A sua ex fugiu img
Capítulo 43 Não toque nela! img
Capítulo 44 Salve o nosso filho img
Capítulo 45 O monstro img
Capítulo 46 Minha prioridade img
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Capítulo 6 Hora de agir

O celular se movia sobre a mesa com o vibra call.

Tinha quase duas horas que ele estava sentado naquele escritório mal iluminado pelo abajur sobre a mesa. O olhar estava vidrado na ex que abraçava o filho. Ambos estavam dormindo placidamente.

Levando o copo à boca, tomou outra golada Cognac Hennessy XO. Observou a garrafa vazia e amaldiçoou num resmungo.

Outra vez, o celular voltou a tocar. Ele tinha que atender, mas estava sem vontade de ouvir um sermão. Olhando para a tela, viu uma mensagem de Marie pipocando na barra de notificação: "Filho, atenda o seu pai. É muito importante. Io ti amo". As palavras de Marie eram sempre doces e gentis, ao contrário de Don Lorenzo que não media esforços para lhe atacar e dizer o quanto ele o desapontava.

Desde que descobriu que era pai, Ryan vinha tentando apoiar Lorenzo. Logo, iria para uma cidade distante e teria de separar mãe e filho.

Apoiando o cotovelo na mesa, ele passou a ponta dos dedos longos nas veias que saltavam na testa.

Baixando o antebraço, estendeu a mão e pegou o telefone antes que o mesmo tombasse no chão. Entendeu e colocou no viva voz.

- Oi, pai! - Resmungou.

- Que merda aconteceu, Ryan? A sua noiva disse que o Giulio chamou ela de bruxa.

Em silêncio, Ryan cerrou as pálpebras e ficou ouvindo os berros do pai que vinham do outro lado da linha.

- Você se divorciou de Carina e não tem porquê manter essa mulher dentro de casa. - Lorenzo vociferou. - Você precisa zelar pela sua aparência e cuidar da sua família. Hai capito? - A pergunta veio rude.

Mas a resposta não veio. Ryan pousou os dois cotovelos sobre o tampo polido da mesa e uniu as mãos na altura da testa enquanto processava os conselhos do pai. Era hora de tomar uma decisão.

- Ryan, você entendeu?

- Sim, pai! - Por fim, replicou. - Já estou tomando as devidas providências.

- Ótimo! - Don Gambino exclamou severamente. - Espero que não arrume mais problemas.

- Não seja rude com o nosso filho, Lorenzo. - A voz de Marie surgiu do outro lado da chamada.

- Arrivederci! - Aborrecido, Ryan se despediu e logo encerrou a chamada.

Antes de sair, curvou-se um pouco e acessou as câmeras da cozinha na noite anterior. Por alguma razão, cinco minutos deletados antes de mostrar o momento em que a cozinheira dá um pano para que Carina contivesse o sangramento.

Tateando a mesa sem tirar os olhos da tela, Ryan apanhou o celular e então ligou para o líder da equipe de seguranças.

- Sim, chefe!

- Há alguma possibilidade de alguma câmera não estar com defeito na cozinha? Por quanto tempo as imagens ficam armazenadas?

- Chefe, as imagens são apagadas para dar lugar a novas gravações. Mas o tempo de armazenamento varia. Pode ser de 15 a 30 dias, dependendo do sistema.

- Mande verificar as câmeras. - Ordenou sem entrar em detalhes.

Ele clicou na imagem do quarto onde a ex ainda descansava junto ao filho.

Suspirou pesadamente e então, deu um tapa na mesa com a mão aberta, fazendo com que o copo tombasse no chão. Era hora de agir!

_____________

A luz vinha diretamente da janela e batia no rosto da mulher que se virou para o outro lado. Carina estendeu o braço, procurando pelo filho. Rapidamente, abriu os olhos.

- Giulio! - Ela chamou, olhando pela porta entreaberta do banheiro.

Ela se espreguiçou e suspirou. Tinha dormido tão bem naquela noite. Puxou o lençol, descobrindo as pernas e em seguida, sentou e arrastou-se até a beirada. Os pés descalços pisavam no chão. A visão ficou um pouco turva quando ficou de pé. Ela fechou as pálpebras outra vez até melhorar o seu campo de visão.

- Filho! - Continuou olhando para a fresta da porta do toalete.

Saindo da cama, ajeitou o pijama de seda e deu alguns passos cambaleantes.

- Giulinho. - Fez outra chamada ao abrir a porta devagar.

Ela abriu e fechou os olhos mais de uma vez para ter certeza de que o ambiente estava vazio.

- Ah, não será que ele saiu. - Ao cogitar, Carina atravessou o quarto às pressas.

Temerosa, saiu descalça e com roupa de dormir. Os cabelos estavam desgrenhados e o contorno de seus olhos estavam inchados

- Vocês viram o meu filho? - Indagou pausadamente a uma das funcionárias que passava por ali.

A visão estava duplicada e tinha momentos que olhava pra cima. Parecia que podia tocar o teto.

- A senhorita está bem? - A mulher de uniforme preto perguntou.

- Me ajude a encontrar o meu filho. - Carina tornou a olhar para frente.

A jovem mãe descompensada chegou ao topo da escada, gritando o nome do menino:

- Giulio, cadê você?

            
            

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