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A Vingança Suprema da Esposa Rejeitada
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Capítulo 5

A tela acima do palco, destinada a montagens comemorativas, agora exibia meus momentos mais íntimos. Meu rosto, corado e vulnerável, preenchia a tela gigantesca. A filmagem, gravada em confiança, uma tentativa fugaz de proximidade em um casamento desolado, estava agora sendo projetada para centenas de olhos julgadores. Os sussurros começaram imediatamente, uma onda de risadinhas e suspiros que varreu o salão de festas. Senti o sangue drenar do meu rosto, meus joelhos ameaçando ceder.

Ele fez isso. Eduardo fez isso. A percepção me atingiu com a força de um golpe físico, deixando-me sem fôlego e fria. Isso não foi um acidente. Foi um ato deliberado de humilhação pública, orquestrado pelo meu próprio marido.

A sala, cheia da elite da cidade, se transformou em um caleidoscópio de rostos zombeteiros. Eu podia sentir seus olhos em mim, dissecando, julgando, saboreando minha mortificação. Meu corpo ficou rígido, congelado no lugar, uma estátua de vergonha. O ar foi sugado para fora da sala, me deixando ofegante. As risadas, os sussurros, eram um ataque físico, me abatendo, me esmagando.

Eduardo estava ao lado de Carla, sua mão casualmente apoiada nas costas dela. Ele observava a tela, um sorriso quase imperceptível brincando em seus lábios. Nem um pingo de remorso. Nem um indício de preocupação com minha destruição pública. Ele não se importava. Ele estava gostando.

Um grito primal se formou em minha garganta, mas nunca escapou. Eu tinha que parar aquilo. Eu tinha que. Com uma onda de adrenalina, abri caminho pela multidão sufocante, meus olhos fixos na tela. Tropecei, meu braço enfaixado latejando, mas não parei. Cheguei ao palco, ignorando os seguranças que tentavam me interceptar. Minha mão boa procurou o controle remoto, qualquer coisa para fazer aquilo parar.

Carla, seu rosto uma máscara de falsa preocupação, deu um passo à frente, bloqueando meu caminho. "Oh, Laura, querida, não faça uma cena. É só um videozinho. Eduardo só estava tentando mostrar a todos que esposa... amorosa você era." Sua voz era enjoativamente doce, pingando veneno. Ela se inclinou, seus olhos brilhando com um prazer malicioso. "Ele disse que você estava ficando muito confortável. Que precisava ser colocada de volta no seu lugar."

Minha visão se afunilou. Eu a ignorei, passando por ela, meus dedos procurando os controles da tela. Apertei um botão, qualquer botão. O vídeo piscou e, misericordiosamente, ficou preto.

Um silêncio caiu sobre a multidão.

Eduardo, seu rosto indecifrável, deu um passo à frente. Ele colocou um braço protetor ao redor de Carla, puxando-a para mais perto. "Laura, o que foi isso? Você está tentando arruinar o aniversário da Carla?" Sua voz era fria, acusadora.

"Arruinar o aniversário dela?" ri, um som cru e quebrado. Meus olhos ardiam com lágrimas não derramadas. "Você acabou de arruinar minha vida! Você me envergonhou publicamente! Como pôde?"

Ele me olhou com desdém. "Você trouxe isso para si mesma. Você estava saindo da linha. E a Carla... ela estava angustiada. Ela precisava ser tranquilizada." Ele se virou para a multidão, sua voz suave e autoritária. "Minhas desculpas, a todos. Um pequeno distúrbio doméstico. Carla está profundamente chateada com este infeliz incidente. Fiquem tranquilos, eu vou lidar com isso. E Laura cooperará totalmente. O irmão dela ainda aguarda acusações federais por sua agressão a Carla. Não tolerarei mais nenhum desrespeito."

Ele então se abaixou, segurando o rosto de Carla em suas mãos. "Não se preocupe, querida. Vou garantir que isso nunca mais aconteça. Vou proteger sua reputação." Ele beijou sua testa, uma mensagem clara para todos na sala.

Eu fiquei lá, meu mundo desmoronando ao meu redor, minha dignidade despida. Ele tinha feito isso. Ele a havia escolhido. Em vez de mim. Em vez de Beto. Em vez de tudo. Com um último olhar lancinante para o homem que havia sido meu marido, virei-me e saí do salão de festas, de cabeça erguida, embora cada fibra do meu ser gritasse em agonia.

Os dias seguintes foram um inferno. O vídeo se tornou viral. Meu rosto, meus momentos mais íntimos, estavam estampados em toda a internet. Comentários, cruéis e maldosos, inundaram todas as plataformas de mídia social. A empresa da minha família, as Empresas Moreno, foi alvo. Nosso site foi hackeado, nossas contas de mídia social bombardeadas com mensagens vis. Minhas contas pessoais foram inundadas de ódio.

Tentei revidar, apagar os vídeos, denunciar as contas. Mas era uma batalha perdida. Para cada vídeo que eu conseguia derrubar, dez outros apareciam. A internet era uma hidra, e eu era apenas uma mulher, sangrando e quebrada.

Sentei-me em minha casa vazia, o silêncio ensurdecedor, os ecos de risadas e sussurros enchendo meus ouvidos. Meu celular vibrou novamente, outro alerta de notícias. Mais artigos sobre a "devoção" de Eduardo Monteiro a Carla Salles, e o "passado vergonhoso" de sua esposa afastada, Laura.

Fechei os olhos, uma única lágrima escapando. Eu estava me afogando.

Foi quando liguei para ele. Eduardo. Minha voz estava trêmula, mas a raiva era um nó frio e duro no meu estômago. "Como pôde, Eduardo? Como pôde vazar aquele vídeo?"

Sua voz era calma, quase entediada. "É uma questão de registro público agora, Laura. Você fez uma cena. Carla ficou muito chateada. Ela se sentiu ameaçada por sua presença contínua em minha vida."

"Chateada? Ameaçada?" engasguei, uma risada histérica escapando dos meus lábios. "Ela me atacou! Ela fingiu seus ferimentos! E você me humilhou publicamente por causa dela?"

"Ela é frágil, Laura. Você não entenderia." Sua voz endureceu. "E você mereceu. Você estava se tornando um incômodo."

"Um incômodo?" Minha voz se elevou, tremendo de raiva. "Eu era sua esposa! Fiquei ao seu lado por três anos! Suportei sua frieza, sua crueldade, suas fobias nojentas! E você me paga destruindo minha reputação, minha família, tudo o que eu tenho?"

"Você assinou o contrato, Laura. Você sabia no que estava se metendo." Ele fez uma pausa, um silêncio arrepiante na linha. "E você se esquece, Beto Pena ainda aguarda acusações federais. Você está disposta a arriscar o futuro dele por seu orgulho?"

A ameaça, fria e calculada, me atingiu com força. Beto. Meu irmão. Ele o estava usando contra mim. Sempre.

"Você é um monstro, Eduardo," sussurrei, as palavras pesadas de nojo.

"Talvez. Mas sou um monstro com vantagem." Sua voz era totalmente desprovida de emoção. "Agora, você entende? Ou preciso deixar mais claro?"

Nesse momento, o telefone dele tocou ao fundo. Ouvi a risada tilintante de Carla, fraca, mas inconfundível. A atenção de Eduardo mudou imediatamente. "Um momento, Laura."

Ele atendeu a outra linha, sua voz se suavizando, um calor que eu nunca experimentei. "Carla? Querida, o que há de errado?"

Ouvi um choro abafado, depois a voz de Carla, estridente e em pânico. "Eduardo! É o Beto Pena! Ele está aqui! Ele está me atacando de novo! Ele vai me matar!"

Meu coração parou. Beto estava no hospital! Ele não poderia estar lá! Ela estava mentindo!

"O quê?" A voz de Eduardo estava cheia de preocupação frenética. "Onde você está? O que aconteceu?"

"Ele invadiu meu apartamento! Ele está... ele está me machucando! Ele vai me jogar da varanda!" Carla gritou, sua performance assustadoramente convincente.

Meu celular caiu de meus dedos dormentes. Caí no chão, minha mente girando. Outra agressão fabricada. Outra acusação. Tudo para virar Eduardo ainda mais contra nós. Ela era uma mestra manipuladora.

A voz de Eduardo, agora um rugido, encheu a sala através do viva-voz. "Laura! O que você fez? O que seu irmão fez?" Ele não esperou por minha resposta. "Estou indo, Carla! Aguente firme! Estou indo!"

A linha ficou muda.

Fiquei ali, encolhida no chão frio, o horror se infiltrando lentamente. Eduardo acreditaria nela. Ele sempre acreditava nela. Ele viria atrás de Beto. Ele nos destruiria completamente.

Nesse momento, ouvi o barulho de pneus na minha entrada. A porta da frente se abriu com um estrondo. Eduardo estava lá, seu rosto contorcido com uma fúria tão intensa que fez meu sangue gelar. Seus olhos, geralmente tão controlados, estavam selvagens, ardendo com uma raiva aterrorizante.

Ele me viu no chão, encolhida em uma bola. Ele não fez uma pausa. Ele não perguntou. Ele simplesmente me encarou, seu lábio se curvando em nojo, como se eu fosse a própria personificação da contaminação que ele tanto abominava. "Você me enoja, Laura," ele cuspiu, sua voz carregada de puro desprezo. "Saia da minha frente. Você e seu irmão criminoso estão além da redenção." Ele se virou e saiu, batendo a porta atrás de si. O som ecoou pela casa vazia, uma pronúncia final e arrepiante.

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