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A Vingança Suprema da Esposa Rejeitada
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Capítulo 6

O carro de Eduardo rugiu pela rua, pneus cantando, um borrão de raiva e urgência. Eu o vi desaparecer, depois me levantei cambaleando, meu coração martelando contra minhas costelas. Beto. Ele ainda estava no hospital. Ele não poderia ter atacado Carla. Esta era outra de suas mentiras hediondas.

Peguei meu celular, meus dedos tremendo enquanto tentava ligar para o quarto de hospital de Beto. Nenhuma resposta. Tentei o celular pessoal dele. Direto para a caixa postal. O pânico, frio e agudo, arranhou minha garganta. Eduardo tinha ido embora. Ele acreditaria em Carla. Ele agiria.

Corri para fora de casa, pegando o primeiro táxi que vi. "Para o Hospital São Judas! Rápido!"

A viagem foi um borrão. Minha mente repassava os gritos frenéticos de Carla, as acusações furiosas de Eduardo. Eu sabia que Beto era inocente. Eu sabia que Carla era uma mentirosa. Mas Eduardo algum dia veria isso? Ele estava cego por ela.

Paramos na entrada de emergência. As luzes vermelhas e azuis piscantes de uma ambulância lançavam um brilho sinistro na cena. Uma maca estava sendo rolada, coberta por um lençol branco. Meu estômago revirou.

Saltei do táxi, jogando dinheiro para o motorista. Corri para dentro, meus olhos procurando por qualquer sinal de Beto. Um zelador estava limpando uma grande poça de sangue perto da sala de trauma.

"Com licença!" engasguei, sem fôlego. "O que aconteceu aqui? Meu irmão, Beto Pena, é um paciente aqui."

O zelador, um homem de aparência cansada, balançou a cabeça sombriamente. "Outro acidente. Alguém caiu do quinto andar. Acabaram de trazê-lo. Estão correndo com ele para a cirurgia. Parecia grave."

Meu sangue gelou. "Caiu? Era... era um jovem? Com a perna enfaixada?"

Ele assentiu lentamente, enxugando a testa. "Sim, é ele. Pobre rapaz. Tinha acabado de fazer uma cirurgia."

Caiu do quinto andar. Minha mente girou. Carla. Sua acusação de que Beto ia jogá-la da varanda. Era um jogo doentio e perverso. Ela havia orquestrado isso. Ela o havia empurrado.

Corri em direção à sala de trauma, passando por enfermeiras e médicos. "Beto! Onde está o Beto?"

E então eu o vi. Eduardo. Ele estava do lado de fora da sala de cirurgia, de costas para mim. Carla também estava lá, agarrada ao braço dele, soluçando dramaticamente. O braço dela, aquele que ela supostamente arranhou, estava agora perfeitamente nu. Seu rosto, manchado de lágrimas e pálido, estava pressionado contra o ombro dele.

Ele a estava confortando. Enquanto meu irmão estava morrendo.

"Eduardo!" gritei, o nome rasgando da minha garganta.

Ele se virou, seus olhos se estreitando quando me viu. Carla se encolheu, enterrando o rosto mais fundo em seu ombro. "Laura. Como ousa mostrar seu rosto aqui?"

"Como ouso?" Minha voz estava rouca, carregada de fúria. "Você o deixou para morrer! Ela o empurrou! Ela tentou matá-lo!" Apontei para Carla, meu dedo tremendo. "Ela é uma mentirosa, Eduardo! Ela é uma assassina!"

Carla recuou, seus soluços se intensificando. "Eduardo, ela está delirando! Ela está tentando me culpar! Depois que o irmão dela me atacou, depois que ele tentou me jogar da minha varanda!" Ela olhou para mim, seus olhos brilhando com veneno. "Ele teve o que mereceu!"

Ele teve o que mereceu. As palavras ecoaram em meus ouvidos, uma pronúncia cruel e doentia.

"Ele teve o que mereceu?" gritei, minha mão voando antes que eu pudesse pará-la. Minha palma conectou com a bochecha de Eduardo com um estalo agudo que ecoou pelo corredor silencioso do hospital.

Sua cabeça virou para trás. Um silêncio atordoado caiu. Ele tocou sua bochecha, seus olhos ardendo com uma fúria perigosa. "Você acabou de me bater."

"E vou chamar a polícia!" gritei, minha voz rouca. "Por tentativa de homicídio! Por agressão! Por tudo que você fez ao meu irmão!"

As portas da sala de cirurgia se abriram. Um médico, parecendo grave, saiu. "Família do Sr. Pena?"

"Somos nós," eu disse, minha voz tremendo.

O médico olhou para mim, depois para Eduardo e Carla. "Os ferimentos dele são graves. Um fêmur quebrado, hemorragia interna, múltiplas fraturas. Conseguimos estabilizá-lo, mas... a perna dele. É provável que ele nunca mais ande direito. Ele ficará com uma deficiência permanente."

Meus joelhos cederam. Deficiência permanente. Meu irmão de espírito livre, aleijado. Por causa da devoção cega de Eduardo a uma cobra manipuladora.

Eduardo enrijeceu, um lampejo de algo indecifrável em seus olhos. Mas rapidamente desapareceu, substituído por uma indiferença fria. Carla, enquanto isso, sussurrava em seu ouvido: "É tudo culpa dela, Eduardo. Ela o levou a isso. Ele era uma ameaça."

Encarei Eduardo, meus olhos suplicantes. "Eduardo, por favor. Ele está aleijado. Ele está quebrado. Por favor, não deixe as mentiras de Carla vencerem."

Ele puxou Carla para mais perto, seu olhar varrendo-me com desprezo. "Ele trouxe isso para si mesmo, Laura. Suas ações têm consequências. E a segurança de Carla é minha prioridade." Ele olhou para o médico. "Assim que ele estiver estável, prepare a papelada de transferência. Ele será transferido para uma instalação de detenção federal. Eu providenciarei segurança 24 horas por dia."

"Não!" gritei, lágrimas explodindo dos meus olhos. "Eduardo, pelo amor de Deus! Ele está quase morto! Ele precisa se recuperar! Você não pode mandá-lo para a prisão assim!"

"Ele é um criminoso, Laura. A justiça deve ser feita." Sua voz era monótona, inflexível. Ele não tinha compaixão. Nenhuma misericórdia.

Tropecei para trás, minha mente correndo. Eu tinha que proteger Beto. Eu tinha que. A chave criptográfica. As palavras de Beto ecoaram em minha mente. Vantagem.

Corri para o quarto de Beto, minha mente já formulando um plano. Ele ainda estava inconsciente, ligado a uma série de máquinas. Encontrei um bolso escondido costurado no forro de sua velha jaqueta de couro, aquela que ele sempre usava. Dentro, um pequeno e discreto pen drive. Era isso. A chave criptográfica biométrica.

Voltei para Eduardo, meu rosto sério, minhas lágrimas secas. "Eduardo Monteiro," eu disse, minha voz cortando o corredor silencioso. "Eu tenho algo que pertence a Carla Salles."

Seus olhos se estreitaram. "Do que você está falando?"

"A chave criptográfica biométrica dela," eu disse, segurando o pequeno pen drive. "Aquela que ela usou para roubar os dados da sua empresa. Aquela que ela usa para criptografar suas comunicações com Domenico Perez."

O rosto de Eduardo ficou branco. Ele conhecia o nome Perez. Ele conhecia a ameaça. Ele conhecia o valor da chave. "Onde você conseguiu isso?"

"Beto me deu," eu disse, minha voz firme. "Ele estava tentando te proteger, Eduardo. Ele descobriu que ela estava trabalhando com Perez, roubando seus segredos, e tentou impedi-la."

Carla engasgou dramaticamente. "Eduardo, ela está mentindo! Ela está inventando tudo!"

Eduardo a ignorou. Seus olhos estavam fixos no pen drive, depois no meu rosto. "O que você quer, Laura?"

"Eu quero Beto solto. Todas as acusações retiradas. E quero que ele receba o melhor tratamento médico que o dinheiro pode comprar, pago por você." Minha voz era inabalável. "E em troca, você fica com isso." Segurei a chave. "E eu assinarei os papéis do divórcio. Imediatamente."

Um silêncio tenso encheu o corredor. Eduardo olhou para Carla, depois para o pen drive, depois de volta para mim. Ele sabia que eu tinha todas as cartas.

"Tudo bem," ele rosnou, sua voz carregada de veneno. "Mas se isso for um truque, Laura, eu vou te arruinar."

"E se você não cumprir," retruquei, "esta chave vai direto para a imprensa, junto com um relato completo de como Carla Salles te traiu, e como você tentou incriminar meu irmão inocente. Sua reputação ficará em frangalhos, e sua empresa estará um caos."

Ele me encarou, seus olhos ardendo de fúria. Mas ele sabia que eu estava falando sério.

"Henderson!" ele latiu para seu advogado, que acabara de chegar, parecendo perplexo. "Prepare os papéis. Cobertura médica completa para Beto Pena. Todas as acusações retiradas. E finalize o divórcio. Agora."

Henderson se apressou em cumprir. Carla gritou: "Eduardo, não! Você não pode acreditar nela! Ela é uma mentirosa!"

Ele a ignorou, seu olhar ainda fixo em mim. "Considere o divórcio finalizado, Laura. Você está livre. E seu irmão também. Agora me dê a chave."

"Ainda não," eu disse, minha voz firme. "Primeiro, quero ver Beto transferido para a reabilitação, não para uma instalação federal. E quero os documentos legais, assinados e selados, confirmando sua liberdade e cuidados médicos. Só então você terá isso."

Sua mandíbula se contraiu, mas ele assentiu. "Tudo bem. Mas saiba disso, Laura. Você vai se arrepender deste dia."

"Eu me arrependo do dia em que te conheci, Eduardo," eu disse, minha voz fria e dura. "Eu me arrependo de cada momento que desperdicei com você. Isso não é arrependimento. Isso é liberdade."

Observei enquanto Eduardo latia ordens, seu rosto uma máscara de derrota furiosa. Em poucas horas, Beto foi transferido para uma instalação de reabilitação de ponta, seus cuidados médicos garantidos. Os documentos legais chegaram, assinados e autenticados. Entreguei o pen drive a Henderson, depois assinei os papéis do divórcio novamente, minha mão firme desta vez.

Eduardo nem se deu ao trabalho de me ver partir. Ele já estava cuidando de Carla, que ainda lamentava sua reputação danificada.

Saí do hospital, sob o sol forte da tarde. Meu braço ainda doía, meu rosto ainda estava machucado, e meu coração era uma ferida aberta. Mas Beto estava seguro. E eu estava livre. Eu reconstruiria minha vida. Eu reconstruiria minha família. E eu nunca olharia para trás. Minha próxima parada era Stanford. Educação. Independência. Uma nova vida.

Eu faria Eduardo Monteiro se arrepender do dia em que me conheceu. E eu sabia, com uma certeza que me gelou até os ossos, que ele se arrependeria.

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