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A Esposa Indesejada Dele, Minha Nova Aurora
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Capítulo 7

PONTO DE VISTA DE THEO MONTENEGRO:

A mansão pulsava com as consequências da festa de aniversário de Isabela. Taças de champanhe vazias cobriam todas as superfícies, serpentinas perdidas pendiam dos lustres, e um cheiro fraco e doce de perfume velho pairava no ar. Acordei tarde na tarde seguinte, uma dor surda atrás dos olhos, a ordem meticulosa familiar da minha casa substituída por uma desordem chocante.

Entrei na sala de jantar, esperando ver Laura lá, arrumando meticulosamente o café da manhã, como sempre fazia, mesmo depois das minhas piores indiscrições. A mesa, no entanto, estava vazia. Minha bandeja, precisamente arrumada, estava no balcão, intocada.

- Onde está a Laura? - perguntei à empregada que passava, minha voz mais ríspida do que eu pretendia. O caos da casa, geralmente uma fonte de ansiedade paralisante, era de alguma forma menos premente do que a ausência inesperada.

A empregada pareceu confusa.

- A Sra. Montenegro, senhor? Não a vejo desde... ontem à noite.

- Não, não ela - retruquei, a irritação crescendo. - Quero dizer, minha esposa. Laura. Onde ela está?

Os olhos da empregada se arregalaram ligeiramente.

- Sr. Montenegro, a Sra. Montenegro saiu cedo esta manhã. Ela disse que não voltaria. - Ela gesticulou para uma pilha de papéis cuidadosamente dobrados na mesa de mogno polido. - Ela deixou isso para o senhor.

Um choque percorreu meu corpo. Laura foi embora? Isso era... inesperado. Ela nunca ia embora. Não de verdade. Ela sempre voltava. Uma pontada de aborrecimento, depois um estranho mal-estar, começou a se espalhar pelo meu peito. Por que ela simplesmente iria embora?

Caminhei até a mesa, meu passo se acelerando. A visão dos papéis, nítidos e brancos, provocou uma irritação irracional. Tirei um par de luvas descartáveis do bolso, colocando-as com facilidade praticada antes de tocar nos documentos. O farfalhar do papel, geralmente um som calmante de ordem, agora irritava meus nervos, amplificando a sensação perturbadora.

Meus olhos caíram na folha de cima. "PETIÇÃO DE DIVÓRCIO."

E abaixo dela, uma assinatura familiar e elegante: Laura Almeida Montenegro.

Raiva, fria e rápida, surgiu dentro de mim. Minha mão, ainda enluvada, bateu os papéis na mesa, fazendo as taças de champanhe chacoalharem. Ela estava se divorciando de mim? Ela? Depois de tudo que eu aguentei? A humilhação pública, a limpeza constante, o jeito que ela era sempre tão... sem graça. Tão previsível. Isso era um insulto. Um insulto flagrante e imperdoável à minha autoridade.

Meu sangue ferveu. Minha visão embaçou por um momento. Ela ousava me deixar? Isso era insubordinação. Isso era um desafio.

- Encontrem-na! - rugi, minha voz ecoando pela casa silenciosa. - Mandem todos os guardas disponíveis! Encontrem Laura Almeida! Agora!

Uma agitação de passos, então o chefe de segurança apareceu, o rosto pálido.

- Senhor, qual é o problema?

- Ela acha que pode simplesmente ir embora! - cuspi, apontando um dedo trêmulo para os papéis. - Ela acha que pode se divorciar de mim! Eu não assinei isso! Ela não pode simplesmente ir embora sem minha permissão! - Peguei os papéis, rasgando-os em pedaços, o som uma pontuação violenta para minha fúria. - Ela não vai a lugar nenhum! Não até eu dizer que pode!

O chefe de segurança assentiu, os olhos arregalados.

- Sim, senhor. Imediatamente, senhor. - Ele latiu ordens em seu sistema de comunicação, e a casa vibrou com a súbita agitação de atividade.

Meu peito arfava. Eu me sentia... fora de controle. Laura, indo embora? Era uma sensação desconhecida e perturbadora. Um pavor fraco e frio começou a se infiltrar em meus ossos. Pela primeira vez, senti um tremor em meu mundo perfeitamente ordenado. Uma sensação de algo precioso escorregando por meus dedos, algo que eu não percebi que valorizava até que se foi.

Meu telefone vibrou no meu bolso. Eu o peguei, meus dedos ainda tremendo ligeiramente. Era uma mensagem de texto, de um número desconhecido.

"Divórcio finalizado. Acordo de partilha concluído. Parabéns."

Minha respiração ficou presa na garganta. Finalizado? Mas eu não tinha assinado nada! Eu tinha acabado de rasgar os papéis! Isso era impossível. A menos que...

A menos que a assinatura que Isabela havia forjado nos papéis, aquela que eu ignorei, pensando que era uma piada, tivesse sido realmente submetida. Uma percepção fria e rastejante começou a surgir. Naquele dia, quando Laura apresentou os papéis, Isabela os assinou, e eu, em minha fúria, os descartei. Aquilo tinha sido suficiente?

Encaminhei a mensagem para meu principal conselheiro jurídico, com um comando seco anexado: "Investigue. Imediatamente."

Nesse momento, Isabela emergiu do quarto principal, seu robe de seda agarrado às suas curvas, seu cabelo uma bela bagunça. Ela se espreguiçou languidamente, seu olhar caindo sobre mim.

- Benzinho, que barulho é esse? - ela ronronou, caminhando em minha direção. Ela jogou os braços em volta do meu pescoço, pressionando seu corpo contra o meu. - Você me deixou sozinha naquela cama enorme.

Seu toque, geralmente tão intoxicante, agora parecia... irritante. Não retribuí seu abraço, apenas dei um tapinha em suas costas.

- Nada - murmurei, minha mente ainda se recuperando da mensagem de texto.

- Onde está a Laura? - ela perguntou, a voz deliberadamente doce. - Ela finalmente foi embora? Já vai tarde. Agora, você pode fazer meu café da manhã? Estou morrendo de fome. E eu quero aqueles crepes especiais. Daquele lugar francês.

Suas palavras, geralmente uma fonte de diversão, agora me pareceram incrivelmente egoístas. O pensamento incômodo, a comparação, era inevitável. Laura nunca exigiria o café da manhã daquele jeito, especialmente não depois do caos da noite anterior. Ela já o teria preparado, silenciosamente, eficientemente.

- Isabela, você não acha que isso é um pouco demais? - ouvi-me dizer, as palavras escapando antes que eu pudesse detê-las. Minha voz estava mais fria do que eu pretendia.

Seus olhos se arregalaram de surpresa, um lampejo de choque genuíno cruzando seu rosto. Ela recuou ligeiramente, o lábio inferior tremendo.

- O quê? Theo, você... você está bravo comigo? Depois de tudo que eu fiz por você? Depois que eu salvei sua vida?

A ladainha familiar. A manipulação. Geralmente funcionava, derretendo minha irritação em uma maré de culpa e devoção. Mas desta vez... desta vez parecia diferente. Parecia oco.

- Não, não, meu anjo - eu disse, forçando um tom tranquilizador, embora meu coração não estivesse nisso. - Claro que não. Estou apenas... estressado. Do trabalho. Vou garantir que você receba seus crepes. - Apertei sua mão, tentando reacender a faísca familiar, mas parecia agarrar fumaça.

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