Capítulo 10 Uma oferta.

Uma semana após o funeral, Luísa recebeu uma ligação do sr. Albert, durante a chamada eles combinaram de se encontrar.

Eram duas horas da tarde, quando Caterine havia voltado para casa da sua entrevista de emprego. Elaestava animada e entrou pela porta da frente saltitante.

- Ai amiga, eu acho que a vaga é minha, estou bem confiante.

- Vai dar tudo certo, tenho certeza que vão te chamar, eles não iriam perder a funcionária incrível que você é.

Luísa deu uma piscadela para sua amiga e abriu um sorriso largo. Caterine podia sentir o calor e carinho da amiga.

- Ai pare! Assim você me deixa com vergonha, eu sou tímida.

- De tímida você só tem a cara, kkk

Caterine riu com o comentário da amiga.

- Luísa, onde você vai assim?

- Estou indo encontrar o sr. Albert, para resolver algumas coisas.

- Amiga, você quer que eu vá com você.

- Não amiga, está tudo bem. Eu vou sozinha, você deve estar cansada, aproveite para descansar.

- Nada disso, você ainda não está bem, eu vou com você, mas antes vamos trocar de roupa e arrumar esse seu cabelo, ânimo Luísa.

Luísa ainda estava abatida com tudo que havia acontecido na última semana, só o tempo seria capaz de curar levemente a dor que ainda estava latente em sua alma.

- Eu sei que deveria estar melhor, mas eu não consigo, acho que os remédios que a psiquiatra me deu são muito fortes, estou com sono o tempo todo.

- Bom, então vou marcar uma consulta com ela ainda essa semana para você.

- Obrigada amiga, por cuidar tão bem de mim.

Caterine, abraçou a amiga fortemente, e sussurrou em seu ouvido "eu sempre estarei aqui para você". Era lindo ver como a relação delas havia se intensificado ainda mais após a tragédia que causou tantas dores e como Caterine havia abandonado seus planos no exterior para dar apoio e cuidar da amiga.

Depois de quinze minutos de atrasos as meninas chegaram até o café horizonte, Albert estava esperando Luísa em uma mesa redonda próxima a uma janela, que possibilitava ver a esquina de uma das avenidas mais movimentadas da cidade de Candle.

- Boa tarde, sr. Albert, nos desculpe pelo atraso.

- Boa tarde, tranquilo Luísa, sente-se meninas.

- Como vocês estão?

- Bom, estou levando. E vc?

Disse Luísa com um sorriso de tristeza.

- Ah eu estou bem, me desculpe ficar lhe incomodando esses dias, mas é que está uma confusão desde qu..., enfim você sabe.

Caterine viu o semblante de sua melhor amiga se apagar novamente, e por ela venho a responder e deixar o clima mais leve na conversar.

- Sem problemas Dr. Albert, não precisa se desculpar nós entendemos perfeitamente, não algo fácil de mencionar, mas estamos nos acostumando.

O homem de terno sentado a frente das duas jovens assentiu com um olhar triste, curvando as sobrancelhas em sentido de compreensão ao que Caterine lhe dissera.

- Bom, meninas agradeço que tenham vindo me encontrar, gostaria de conversarmos sobre muitas coisas, mas preciso ir direto ao ponto, daqui a pouco tenho uma reunião importante. Então Luísa, queria falar com você, porque com o falecimento de seus pais, você como a única herdeira e precisa dar início ao inventário, sei que está passando por um momento difícil, então vim me oferecer para cuidar de tudo, seus pais tem alguns bens que adquiriram ao longo da vida, como você sabe é necessário fazer o inventário desses bens, ele tem também uma conta no banco em que vinha guardando dinheiro para você quando se casa-se, embora seja uma pequena quantia dá para manter seus estudos por um tempo até que você se organize financeiramente. Bom... o que quero dizer, é que se você quiser estou a disposição para organizar a papelada do inventário para você, sem custo algum, sei que está vivendo um momento muito difícil de sua vida, creio que essa é a minha forma de retribuir toda a ajuda e parceria que obtive de seu pai durante todos estes anos. O que você acha?

Luísa estava comovida com as palavras e ajuda que estava sendo oferecida a ela, a verdade é que lidar com tudo isso no momento não era bom para sua saúde mental, ela estava tentando viver um dia de cada vez e lidar com essa burocracia de inventário não lhe faria bem.

- Nossa nem sei o que dizer, muito obrigada por se oferecer em me ajudar, eu ainda nem havia pensado nessas questões, se você puder realmente cuidar disso para mim seria de extrema importância, porém não quero que faça de graça, vou pagar por seus o honorário.

- Não posso aceitar isso, seu pai foi um grande amigo meu, gostaria de fazer isso por ele.

- Dr. Albert não me interprete mal, mas realmente gostaria de lhe pagar os honorários, sei que vai lhe tomar tempo e eu não me sentiria confortável, por favor aceite minha condição, só o fato de ter me ligado e se preocupado com minha situação já é o bastante.

- Bom... já que insiste, acho que não tenho escolha. Pretendo dar início ainda essa semana e assim que necessitar de documentos e assinaturas entro em contato com você novamente.

- Tudo bem, eu agradeço muito por me ajudar.

Os olhos pequenos e amendoados de Luísa demonstravam tamanha gratidão pelo que o amigo de seu pai fizera, nos últimos dias ela havia presenciado como seus pais eram queridos por muitas pessoas, isso a deixava muito feliz em meio a todo sofrimento que estava vivenciando.

- Imagina é o mínimo que posso fazer por você. Aliás se precisar de dinheiro ou alguma coisa até que consigamos resolver o inventário pode me pedir, ficarei muito feliz em te ajudar.

Ambas as meninas assentiram e agradeceram a atenção dada pelo advogado.

Após se despedirem do homem gentil, Caterine foi para casa descansar um pouco enquanto Luísa pegou um uber e foi até o local em que seus pais haviam sido enterrados.

                         

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